Meschiya Lake, uma cantora de jazz danada de boa!


Por Márcio Grings

Existe um tipo de som que nunca morre. O jazz nasceu em Nova Orleans, cresceu embebido na francesia local, imerso na cultura negra e diretamente relacionado ao vernáculo dos músicos de rua.

Turistas e moradores que atualmente passeiam pelas ruas da tradicional urbe da Louisianna irão naturalmente se deparar com o gorjeio de Meschiya Lake, talentosa cantora de 30 anos que descende diretamente dessa cepa artística, e que encontrou nas esquinas o habitat perfeito para o seu tipo de som.


Como herdeira natural do legado mais tradicional do jazz de Nova Orleans, ela lançou no ano passado Lucky Devil, espetacular álbum de estreia que tem sua voz a flutuar sobre trompetes, trombones, violões, baixos acústicos, banjos, sapateados e outros adereços que carimbam com um selo de autenticidade a música norte-americana.

Confira a apresentação da baixnha em um tradicional bar de Nawlins (One Eyed Jacks). O bailinho comeu fouxo no salão!



Se a cantora não tivesse corpo e rosto tatuado, teríamos a certeza que Meschiya foi materializada por algum tipo de máquina do tempo maluca. Ela tem postura e canta como uma diva decadente da Era da Depressão americana, ou como uma daquelas crooners de bordéis que aparecem em certos filmes antigos.

Saquem só a rapazeada tocando em uma rua da cidade do jazz (Royal St, no bairro francês):



E tem mais: sua jovem banda, a Little Big Horns, não é apenas um grupo de acompanhamento – a trupe tem talento e competência de sobra. Não espere encontrar meros coadjuvantes satisfeitos em apenas dar suporte à menina em frente dos holofotes ou sob o sol escaldante do sul dos Estados Unidos. Repare na performance da trompetista Shaye Cohn.



Dá vontade de antecipar as férias, pegar um avião pra New Orleans e assistir a um dos shows de Meschiya ...

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