Os cinco melhores discos de heavy metal lançados em abril segundo o About.com

Bastante interessante a lista dos cinco melhores discos de abril segundo a editoria de heavy metal do About.com. Variada, premia desde o mestre Thomas Gabriel Fischer e seu Triptykon, no topo do pódio, até o death metal melódico do Insomnium, passando pelo curioso Admiral Sir Cloudesley Shovell, pelo black metal do Thantifaxath e pelo doom/sludge do Lord Mantis.

De acordo com as escolhas do editor norte-americano Chad Bowar e sua equipe, 2014 segue generoso com o metal extremo. Vale lembrar que nos três meses anteriores o primeiro lugar também ficou com bandas de death ou black metal: Avichi, Behemoth e Morbus Chron.

Para relembrar as listas passadas, basta clicar: janeiro, fevereiro e março.

Não esqueça de deixar sua opinião. Qual o álbum mais bacana de abril?

1. Triptykon - Melana Chasmata

Muitas das músicas são contundentes, tais como a abertura com "Tree of Suffocating Souls" e, em particular, "Breathing", que certamente é a canção mais rápida do Triptykon até então, tendo uma levada thrash metal e vários grandes riffs. No entanto, Melana Chasmata brilha realmente com as faixas mais calmas, faixas que ressoam com um padrão alternado de melodia e crueldade.

Vários dos melhores discos de heavy metal demandam tempo do ouvinte, não apenas uma única audição, mas uma interação de meses para revisitar o álbum a fim de formar uma impressão duradoura e uma opinião. Mais do que qualquer outro trabalho lançado este ano,Melana Chasmata é tal tipo de disco. Alguns já estão se referindo a Melana Chasmata como a obra-prima de Tom G. Warrior. Uma definição que pode, de fato, estar correta.

2. Admiral Sir Cloudesley Shovell - Check 'Em Before You Wreck 'Em

Explodir as portas de um pub local o tomando de assalto com um hard rock como se fosse o ano de 1971 é mais ou menos o que faz o Admiral Sir Cloudesley Shovell em seu segundo álbum, sucessor do aclamado Don't Hear It... Fear It! (2012). Só que Check 'Em Before You Wreck 'Em apresenta uma excelência proto-metal ainda maior.

Com o segundo trabalho, este trio de Hastings (ING), solidifica seu lugar na cena com um blues rock simples, mas habilmente composto e que soa tão vigoroso que você poderia jurar estar dirigindo seu Chevelle na estrada ouvindo o mesmo. Certifique-se de que irá escutar Check 'Em Before You Wreck 'Em antes que você acabe perdendo ou deixando passar em branco algo realmente especial.

3. Thantifaxath - Sacred White Noise

Assim como os membros de algumas bandas escondem sua identidades, o black metal do Thantifaxath em Sacred White Noise, seu barulhento disco de estreia, é mascarado com características não convencionais. Embora contenha elementos tradicionais, a banda também apresenta uma atitude musicalmente progressiva. Guitarras melódicas fornecem o refúgio para a intensidade esmagadora que pulsa através dos momentos mais audaciosos.

As músicas não caminham por uma rota de composição pré-determinada e tê-las se contorcendo em lugares sinistros, ainda desamparados, é emocionante. Essa mentalidade faz com que uma canção como a discreta instrumental “Eternally Falling”, de quase seis minutos, funcione muito bem. O Thantifaxath evolui em relação a seu ótimo EP e apresenta um disco de estreia igualmente louvável.

4. Lord Mantis - Death Mask

Colocar doom, sludge e black metal juntos foi o fator necessário para o Lord Mantis alcançar o ápice criativo. A banda não recua dessa mistura em Death Mask, canalizando circunstâncias emocionais e pessoais em uma música angustiante que esmaga qualquer positividade que cair em suas mãos.

Teria sido simples o suficiente para o Lord Mantis aumentar um pouco a intensidade e escrever outro Pervertor (2012), mas a banda é capaz de separar com facilidade Death Mask de seus outros dois lançamentos anteriores. O progresso realizado por esses quatro músicos é fundamental para o quão nítido esse álbum é, mesmo mergulhando ainda mais fundo no poço de ácido sonoro. Embora desagravável às vezes, o benefício de se desafiar ao longo de todo o álbum é a revelação de uma banda que atinge um novo pico criativo.

5. Insomnium - Shadows of the Dying Sun

A força do Insomnium reside na capacidade de escrever linhas melódicas de guitarra para acompanhar os vocais guturais de Niilo Sevänen. Cada canção é preenchida com linhas que funcionam como paisagens exuberantes e que levam o ouvinte a uma jornada épica. Isso gera bastante emoção na música.

Shadows of the Dying Sun fica um nível acima no extenso catálogo da banda. Ao nunca se conformar com os limites do gênero ou com o que os outros grupos estão lançando, o Insomnium tem sido notavelmente consistente e sólido desde sua estreia. O mais recente lançamento é a prova de que estão conseguindo abrir caminho dentro de um estilo lotado, saturado.

Por Guilherme Gonçalves

Comentários

  1. Certamente uma escolha justa. Se "Melana Chasmata" é a obra definitva de Tom Warrior, não sei (gosto muito do "Monotheist"), mas é certo dizer que o passar dos anos lhe fez muito bem enquanto artista. Basta ouvir o que ele tem feito desde o final do Celtic Frost até agora, com o Triptykon.
    Por ora, Behemoth e Triptykon lançaram os mais interessantes e criativos álbums do ano da vertente obscura do metal. Resta esperar agora pelo Septic Flesh...

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  2. "Melana Chasmata" já é um clássico! só um aviso para a equipe collectors room: POR FAVOR FAÇAM A RESENHA DO PLAY "SEJA FEITA A NOSSA VONDATE" DO PROJECT46! um dos melhores lançamentos do ano!

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