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Os 10 CDs que todo fã de metal comprou nos anos 1990 - e por que eles continuam relevantes até hoje


Os anos 1990 foram uma década de transformação para o heavy metal. O grunge dominava as paradas, o nu metal surgia no horizonte e o thrash se reinventava. Nesse cenário, uma geração inteira descobriu a música pesada pelas lojas de discos — muitas vezes começando a coleção em CD com os álbuns abaixo. Eles marcaram época, formaram caráter musical e seguem essenciais até hoje.


1. Metallica – Metallica (1991)

O Black Album foi a porta de entrada para milhões de pessoas no universo do metal. Com produção polida, hits como “Enter Sandman” e “Nothing Else Matters” e um som mais acessível, conquistou o mundo sem abandonar a identidade da banda. Ainda hoje, é um divisor de águas na história do gênero — amado por uns, criticado por outros, mas impossível de ignorar.


2. Pantera – Vulgar Display of Power (1992)

Phil Anselmo e companhia redefiniram o peso com atitude e groove. “Walk” virou hino instantâneo. A capa agressiva, o som seco e a brutalidade controlada influenciaram gerações. Nos anos 1990, quem queria algo mais “real” e direto encontrou nesse álbum um novo caminho para o metal.


3. Sepultura – Chaos A.D. (1993)

O disco que consolidou o Sepultura como potência mundial. A mistura de thrash, groove, tribalismo e crítica social deu um passo ousado além do death/thrash de Arise (1991). “Refuse/Resist” ainda soa urgente. É o retrato perfeito de uma banda em evolução — e do Brasil se impondo no cenário global.


4. Slayer – Seasons in the Abyss (1990)

Último disco da formação clássica com Dave Lombardo até o retorno em 2006, Seasons in the Abyss equilibra a velocidade do thrash com atmosferas mais densas. “Dead Skin Mask” e a faixa-título demonstram maturidade sem perder brutalidade. Um favorito de muitos fãs, comprado logo após descobrir Reign in Blood (1986) ou South of Heaven (1988).


5. Iron Maiden – Fear of the Dark (1992)

Para muitos fãs brasileiros, esse foi o primeiro contato com a Donzela de Ferro — impulsionado pela exibição massiva dos clipes do álbum na MTV e pela clássica faixa-título. Apesar de divisões entre os fãs quanto ao álbum como um todo, Fear of the Dark virou item obrigatório nas prateleiras da juventude metaleira da época.


6. Angra – Angels Cry (1993)

O nascimento do metal melódico brasileiro em escala internacional. A mistura de virtuosismo, arranjos clássicos e técnica irrepreensível chamou atenção no Japão, Europa e por aqui. “Carry On” virou clássico instantâneo, e o CD passou a figurar ao lado dos gigantes internacionais nas estantes dos fãs.


7. Megadeth – Countdown to Extinction (1992)

Mais limpo e acessível que os trabalhos anteriores, o álbum trouxe faixas memoráveis como “Symphony of Destruction” e “Sweating Bullets”. Foi o maior sucesso comercial da banda, essencial nos anos 1990 para quem buscava um thrash mais melódico, mas ainda com atitude e crítica.


8. Judas Priest – Painkiller (1990)

Um dos maiores retornos à forma já registrados no metal. Painkiller trouxe o Judas Priest mais agressivo, veloz e moderno, com a entrada de Scott Travis na bateria e Rob Halford em seu auge vocal. A faixa-título virou hino, e o disco ganhou status lendário entre os fãs, sendo item obrigatório nas estantes dos colecionadores que buscavam peso e tradição com impacto.


9. Dream Theater – Images and Words (1992)

O CD que redefiniu o metal progressivo para uma nova geração. “Pull Me Under” ganhou espaço até em rádios comerciais, e o virtuosismo técnico da banda encantou fãs que buscavam complexidade sem abrir mão do peso. Era comum ver esse CD ao lado de Metallica e Angra nas coleções da época.


10. Slipknot – Slipknot (1999)

Fechando a década com fúria, o disco de estreia do Slipknot foi um choque sonoro e visual. Com nove integrantes mascarados, uma sonoridade agressiva, caótica e moderna, e faixas como “Wait and Bleed” e “Surfacing”, o álbum capturou a atenção de uma nova geração. Era fácil encontrar este CD ao lado de Pantera, Korn e Sepultura nas mochilas de adolescentes metaleiros no fim dos anos 1990.


Além do fator nostalgia, esses álbuns resistem ao tempo porque representam marcos sonoros e culturais. Eles foram a trilha sonora de uma geração que cresceu entre fitas VHS da MTV, revistas importadas e a descoberta do metal pelas lojas físicas. Hoje, são lembrados com carinho — e frequentemente revisitados nas plataformas digitais, nos relançamentos em CD e vinil, e nas coleções físicas que continuam crescendo Brasil afora.

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