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Os CDs que o Fúria Metal fez você querer ter na estante


Durante os anos 1990, o Fúria Metal foi mais que um programa de TV: foi uma espécie de farol sonoro para quem amava música pesada no Brasil. E sua influência ia além da tela — era direto nas lojas de discos. Cada clipe que estreava na MTV podia desencadear uma corrida ao centro da cidade no sábado seguinte.

Abaixo estão 10 CDs que se tornaram febre entre os colecionadores da época depois de passarem pelo Fúria Metal. Álbuns que moldaram gostos, abriram portas e deixaram marcas profundas na formação de toda uma geração.


1. Sepultura – Chaos A.D. (1993)

Com esse disco, o Sepultura deu um passo decisivo rumo a uma identidade própria. A mistura de thrash, groove e elementos tribais fez de Chaos A.D. um marco do metal mundial. A exibição de “Refuse/Resist” no Fúria levou o orgulho nacional ao máximo e consolidou a banda como referência global.


2. Pantera – Far Beyond Driven (1994)

Lançado no auge da popularidade da banda, Far Beyond Driven levou o som agressivo do Pantera ao topo da Billboard. Foi uma afirmação brutal de que o metal ainda era relevante comercialmente e artisticamente — e “I'm Broken” na MTV foi o empurrão que faltava para muitos descobrirem isso.


3. Slayer – Divine Intervention (1994)

O álbum marcou uma nova era para o Slayer, com Paul Bostaph assumindo as baquetas. Divine Intervention manteve a ferocidade da banda intacta e mostrou que eles ainda estavam em guerra contra tudo. A violência de “Dittohead” ressoava alto nas madrugadas da MTV.


4. Iron Maiden – Fear of the Dark (1992)

Mesmo em um momento de transição, o Iron Maiden entregou um de seus maiores hinos com a faixa-título. O clipe ao vivo virou clássico instantâneo do Fúria e apresentou a banda a uma nova geração, especialmente no Brasil. Um disco que virou sinônimo de iniciação ao heavy metal.


5. Cannibal Corpse – Vile (1996)

Com a entrada de George “Corpsegrinder” Fisher nos vocais, Vile elevou o Cannibal Corpse a outro patamar. A brutalidade técnica, somada ao impacto visual de “Devoured by Vermin” no Fúria, fez do disco uma referência do death metal extremo nos anos 1990.


6. Korn – Life is Peachy (1996)

Com sua estética urbana, som dissonante e letras confessionais, o Korn transformou o metal para uma nova geração. Life is Peachy consolidou o estilo nu metal e conectou milhares de jovens que viram no clipe de “A.D.I.D.A.S.” algo novo, estranho e instintivamente viciante.


7. Helloween – The Time of the Oath (1996)

Esse disco marcou uma fase sólida do Helloween após turbulências internas, e trouxe de volta a força do metal melódico com refrões poderosos e estrutura épica. “Power” foi um sucesso no Fúria e reaproximou muitos fãs da sonoridade clássica da banda.


8. Morbid Angel – Domination (1995)

Um dos trabalhos mais atmosféricos do Morbid Angel, Domination manteve a brutalidade, mas explorou texturas mais densas e sombrias. O clipe de “Where the Slime Live” deu visibilidade ao death metal técnico em horário nobre do metal brasileiro.


9. Megadeth – Youthanasia (1994)

Com um som mais limpo e acessível, Youthanasia mostrou que o Megadeth sabia evoluir sem perder identidade. Músicas como “A Tout le Monde” e “Train of Consequences” ganharam força no Fúria e tornaram o álbum parte essencial da trilha sonora dos anos 1990.


10. Type O Negative – October Rust (1996)

Gótico, romântico, sarcástico e pesado, October Rust foi um disco único. A exibição de “Love You to Death” mostrou que o metal podia ser sensual e melancólico, e apresentou Peter Steele como um dos frontmen mais carismáticos da década.

Esses discos não venderam apenas porque eram bons — eles se tornaram parte do imaginário coletivo de uma geração graças ao espaço que conquistaram na MTV Brasil. O Fúria Metal foi curadoria, formação musical e identidade. Foi ali que muitos começaram suas coleções — e boa parte das estantes de hoje ainda guarda esses títulos como troféus de uma época em que descobrir uma nova banda era uma pequena revolução pessoal.


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