Por
Ricardo Seelig
Nota:
7,5
O
Rise to Remain ganhou destaque na mídia especializada por ser o
grupo de Austin Dickinson, filho de Bruce Dickinson. Nascida em
Londres em 2008, a banda é formada também por Ben Tovey (guitarra),
Woll Homer (guitarra), Joe Copcutt (baixo) e Pat Lundy (bateria).
Contratada pela toda poderosa EMI, contou com a produção de Colin
Richardson (Behemoth, Carcass, Trivium) em City of Vultures, seu
primeiro disco, que chega às lojas no próximo dia 5 de setembro.
O
som é um metalcore com duas características bem marcantes: partes
bastante melódicas, onde Austin canta com a voz limpa, e momentos
mais extremos e de pancadaria pura, onde o gutural toma conta e a
banda pisa fundo no peso e na velocidade, aproximando-se do death
metal.
Austin
herdou do pai não apenas a semelhança física, mas também a
potência vocal. O timbre do jovem Dickinson é bastante agudo, na
melhor tradição do seu progenitor. Mostrando inegável talento,
Austin Dickinson divide os holofotes do Rise to Remain com a dupla de
guitarristas, responsável por bases pesadíssimas e solos muito
bons, repletos de melodia.
City
of Vultures é um disco consistente, o passo inicial de uma banda com
um futuro promissor. Tanto a Metal Hammer como a Kerrang apontaram o
quinteto como uma das revelações de 2010, e ouvindo o primeiro
álbum dos caras percebe-se porque.
Pra
finalizar, apenas uma dica: se por algum motivo inexplicável você
esperar encontrar aqui algo similar ao Iron Maiden, irá se
decepcionar. O Rise to Remain tem cara própria e não tem nada a ver
com a banda do papai Bruce. O grande acerto do grupo é conseguir
tirar o metalcore da mesmice em que se encontra, e a principal
ferramenta para isso são as bem construídas guitarras de Tovey e
Homer, o inegável talento de Austin e a grande atenção e espaço
que a banda está alcançando na mídia.
A
dinastia Dickinson está garantida!
Faixas:
- Intro
- The Serpent
- The Day is Mine
- City of Vultures
- Talking in Whispers
- God Can Bleed
- Power Through Fear
- Nothing Left
- We Will Last Forever
- Illusions
- Roads
- Bridges Will Burn
Não gostei. Achei muito genérico o som, mas quem sabe num próximo lançamento eles tenham encontrado uma identidade.
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