Rise to Remain: crítica do álbum 'City of Vultures' (2011)


Por Ricardo Seelig

Nota: 7,5

O Rise to Remain ganhou destaque na mídia especializada por ser o grupo de Austin Dickinson, filho de Bruce Dickinson. Nascida em Londres em 2008, a banda é formada também por Ben Tovey (guitarra), Woll Homer (guitarra), Joe Copcutt (baixo) e Pat Lundy (bateria). Contratada pela toda poderosa EMI, contou com a produção de Colin Richardson (Behemoth, Carcass, Trivium) em City of Vultures, seu primeiro disco, que chega às lojas no próximo dia 5 de setembro.

O som é um metalcore com duas características bem marcantes: partes bastante melódicas, onde Austin canta com a voz limpa, e momentos mais extremos e de pancadaria pura, onde o gutural toma conta e a banda pisa fundo no peso e na velocidade, aproximando-se do death metal.

Austin herdou do pai não apenas a semelhança física, mas também a potência vocal. O timbre do jovem Dickinson é bastante agudo, na melhor tradição do seu progenitor. Mostrando inegável talento, Austin Dickinson divide os holofotes do Rise to Remain com a dupla de guitarristas, responsável por bases pesadíssimas e solos muito bons, repletos de melodia.

City of Vultures é um disco consistente, o passo inicial de uma banda com um futuro promissor. Tanto a Metal Hammer como a Kerrang apontaram o quinteto como uma das revelações de 2010, e ouvindo o primeiro álbum dos caras percebe-se porque.

Pra finalizar, apenas uma dica: se por algum motivo inexplicável você esperar encontrar aqui algo similar ao Iron Maiden, irá se decepcionar. O Rise to Remain tem cara própria e não tem nada a ver com a banda do papai Bruce. O grande acerto do grupo é conseguir tirar o metalcore da mesmice em que se encontra, e a principal ferramenta para isso são as bem construídas guitarras de Tovey e Homer, o inegável talento de Austin e a grande atenção e espaço que a banda está alcançando na mídia.

A dinastia Dickinson está garantida!


Faixas:
  1. Intro
  2. The Serpent
  3. The Day is Mine
  4. City of Vultures
  5. Talking in Whispers
  6. God Can Bleed
  7. Power Through Fear
  8. Nothing Left
  9. We Will Last Forever
  10. Illusions
  11. Roads
  12. Bridges Will Burn

Comentários

  1. Não gostei. Achei muito genérico o som, mas quem sabe num próximo lançamento eles tenham encontrado uma identidade.

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