A mistura de hardcore com metal executada pelo Hatebreed diferencia-se da grande maioria das bandas de metalcore por não utilizar a característica variação entre vocais guturais e passagens melódicas com vozes limpas. Isso faz com que as músicas soem mais intensas e agressivas, fato que, somado ao groove onipresente, faz surgir uma sonoridade que, mesmo não sendo exclusiva, é pra lá de eficiente e cativante.
Apesar de a banda ter sido vendida erroneamente em seus primeiros anos como “o novo Pantera”, a influência da turma de Dimebag é evidente e convive lado a lado com elementos de nomes como Metallica, Slayer, Black Flag e Suicidal Tendencies. A excelência do Hatebreed está em combinar de maneira eficientíssima as principais qualidades do metal e do hardcore, sabendo extrair, com sabedoria, o melhor dos dois gêneros.
Dessa maneira, a agressividade, a urgência e o peso se transformam nos principais elementos de The Divinity of Purpose, trabalho que é o ápice de uma sonoridade construída ao longo de sete discos e 18 anos de carreira - e a decisão de focar mais no metal do que no hardcore é a principal razão disso.
Com um tracklist bem equilibrado, o disco apresenta alguns destaques óbvios, como “Put It to the Torch” (primeiro single), “Honor Never Dies”, “The Language”, “Before the Fight Ends You” e “Dead Man Breathing” (com um riff que é puro thrash).
Intenso, eficaz, convincente e persuasivo, The Divinity of Purpose tem combustível para colocar a carreira do Hatebreed em outro nível. Estejam todos preparados para a decolagem!
Nota 8
Faixas:
1 Put It to the Torch
2 Honor Never Dies
3 Own Your World
4 The Language
5 Before the Fight Ends You
6 Indivisible
7 Dead Man Breathing
8 The Divinity of Purpose
9 Nothing Scars Me
10 Bitter Truth
11 Boundless (Time to Murder It)
12 Idolized and Vilified
"The Language" e "Dead Men Breathing" têm riffs totalmente Slayer (fase "South Of Heaven"). Esse disco é mesmo muito bom.
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