Na lista dos cinco melhores discos de agosto segundo o About.com, tem para todos os gostos. Witherscape, Exhumed, DevilDriver, James LaBrie e, na primeira colocação, Norma Jean com o álbum Wrongdoers.
Particularmente, ouvi apenas Necrocracy, do Exhumed. Disco muito bom. Ótima pedida para amantes de death metal e grindcore. Quem ouviu os outros? Qual ficou faltando? Deixem também seus favoritos do mês.
Para ver os cinco melhores ao longo de 2013: julho, junho e maio (já na Collector's, com os comentários traduzidos); abril, março, fevereiro e janeiro (só no original do About.com).
1. Norma Jean - Wrongdoers
Wrongdoers não apenas está no mesmo nível de O God, the Aftermath, do próprio Norma Jean, como também está entre os registros de metalcore mais excitantes dos últimos tempos. Do pretérito perfeito ao futuro indefinido, músicas como "Hive Minds", "Wrongdoers", "Sword in Mouth", Fire Eyes" e "Sun Dies, Blood Moon", farão queixos caírem e deixarão pulmões em colapso por vários anos.
O Norma Jean colou e misturou várias influências. Do estilo caótico do Converge até o desrespeito do Black Dahlia Murder pelas estruturas musicais convencionais, a banda rabiscou uma espécie de potente e emocionante carta de amor para o... próprio amor.
Wrongdoers funciona dentro de um padrão novo da indústria, com 11 faixas espalhando um som obscuro e determinado ao longo do álbum. Cory Brandan Putnam canta com o coração como se finalmente tivesse encontrado as palavras que precisava dizer.
2. James LaBrie - Impermanent Resonance
A composição é o ponto alto de Impermanent Resonance uma vez que as canções vão direto ao ponto e não ficam infladas em excesso. A maioria das faixas dura entre três e quatro minutos e tem refrão pegajoso. Na verdade, LaBrie aparenta ser mais adequado para esse tipo de música do que a de sua banda principal. Seus vocais são melódicos, ele consegue um ótimo alcance e esse é o registro com o melhor gancho de sua carreira. Ouça os refrães marcantes em "Undertow", "Back on the Ground" e na contagiante "Holding On".
Impermanent Resonance é mais agradável do que o último trabalho do Dream Theater porque as músicas são simplesmente mais memoráveis. Os pequenos arranjos funcionam e LaBrie é a grande vitrine, ao invés da musicalidade. Mesmo com 14 faixas ao longo de quase uma hora, o disco nunca fica monótono ou soa datado, o que certifica a qualidade das composições.
3. DevilDriver - Winter Kills
Assim como nos discos anteriores, o groove é soberano em Winter Kills. Os guitarristas Jeff Kendrick e Mike Spreitzer mantêm a locomotiva groove ao longo de todo o álbum. Com a maioria dos tempos variando entre o mediano e o veloz, monotonia até poderia ser um problema, mas o DevilDriver evita e escapa dessa armadilha. Um bom exemplo são as introduções das músicas.
Trata-se de um álbum bastante consistente, sem firulas e enchimentos. Duas canções se destacam perante as demais: a faixa-título e "Ruthless", cheia de riffs. O DevilDriver apresenta mais um trabalho vencedor com Winter Kills. É exatamente o que se espera da banda, mas com alguns toques de novidade para manter as coisas frescas e interessantes.
4. Exhumed - Necrocracy
Necrocracy mostra que o Exhumed continua aderindo aos bisturis, mas, se All Guts, No Glory (2011) era uma espécie de evisceração explícita, desta vez a banda opta pelo processo de dissecação e de uma forma levemente mais refinada. Continua arrancando cabeças, mas não sem antes apresentar várias melodias pelo caminho.
Fãs mais inveterados podem lamentar a (leve) falta de intensidade, mas é de se aplaudir o som mais pegajoso que a banda desenvolveu. Certamente poderemos ver Necrocracy sendo eleito um dos melhores lançamentos de death/goregrind do ano.
5. Witherscape - The Inheritance
Witherscape é o projeto mais recente do produtor e músico Dan Swanö (Edge Of Sanity). Ao formar a banda, Swanö recrutou Ragnar Wierberg, que cuidou das guitarras e do baixo no álbum, enquanto o próprio ficou responsável pelo teclado, vocal e bateria. Fruto do trabalho coletivo dos dois, The Inheritance marca a estreia do Witherscape e se mostra um trabalho extremamente sofisticado, com todo peso e sutileza que poderiam vir apenas de quem carrega bastante experiência.
O tom é uma profunda e suntuosa combinação de riffs doom, passagens à la Opeth e o perfeito equilíbrio entre luz e sombra. "Astrid Falls" é o ponto alto do álbum, com os vocais limpos de Swanö dando lugar a guturais de death no momento que dá mais arrepio. Embora haja elementos que impeçam esse disco de conquistar o ouvinte de uma vez, tecnicamente e em termos de composição The Inheritance é excelente.
Por Guilherme Gonçalves
O mais recente álbum do Whorecore, Headless, também foi lançado há pouco. Death/grind bem foda, não é linear como outros do gênero.
ResponderExcluirDesses eu só ouvi o do LaBrie. Faltou mencionar o refrão de I Got You que é FANTÁSTICO, mas no geral e endosso tudo que falaram. Ouvi sem compromisso e me impressionei muito (positivamente), foi o primeiro play da carreira solo dele que eu ouvi.
ResponderExcluirLançamentos de Agosto eu não ouvi muitos, então fecho só com o Impermanent Resonance (LaBrie), Wild Card (ReVamp) e Colours In The Dark (Tarja).