Review: Pain of Salvation - Remedy Lane Re:visited (2016)


Um dos principais nomes do rock progressivo contemporâneo, a banda sueca Pain of Salvation possui uma discografia sólida e com momentos de pico altíssimos. A trilogia The Perfect Element I (2000), Remedy Lane (2002) e Be (2004) beira a perfeição. E é justamente o disco do meio dessa trinca, considerado por muitos como o melhor trabalho do grupo, que volta às lojas em uma bela nova edição.

Remedy Lane Re:visited foi lançado no início de julho de 2016 na Europa, e recentemente ganhou uma edição nacional através da Hellion Records. Com trabalho gráfico de primeira, embalagem digipak e uma nova leitura para a arte original, o disco (duplo) traz de volta à ordem do dia um dos mais belos trabalhos dos anos 2000.

Conceitual, Remedy Lane chegou às lojas em 15 de janeiro de 2002 e conta em suas letras uma história de auto-descoberta de seu protagonista. Totalmente composto pelo vocalista e guitarrista Daniel Gildenlöw, o disco pode ser considerado quase como uma semi-biografia do músico.

Essa nova edição vem com dois CDs. No primeiro, batizado como Re-mixed, somos presenteados com uma nova mixagem das faixas originais. Em um trabalho digno dos mais talentosos artesãos sonoros, o produtor Jens Bogren (Between the Buried and Me, Symphony X, BabyMetal) revitaliza sobremaneira a obra, inserindo mais profundidade e peso às gravações, o que resulta em uma mixagem mais orgânica e verdadeira, que realça ainda mais as qualidades do álbum original.

O segundo CD, que possui o título de Re:lived, traz o Pain of Salvation tocando Remedy Lane na íntegra durante a edição de 2014 do PowerProg USA Festival. O destaque é a performance arrebatadora e cirúrgica da banda, beirando a perfeição. A entrega de Gildenlöw, notadamente em suas interpretações vocais, deixa as faixas ainda mais marcantes e tocantes, demonstrando o quanto as canções presentes em Remedy Lane representam para o líder do Pain of Salvation.

Remedy Lane Re:visited é uma das raras reinterpretações de um trabalho clássico que conseguem ir além da obra original, soando superior, em diversos aspectos, ao disco lançado em 2002. Uma obra de arte que desde o seu lançamento foi reconhecida pela crítica e pelos fãs, e que soa renovada e apaixonante mais de uma década depois.

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