Natural da
Irlanda, este quarteto vem ganhando força entre os fãs de metal tradicional com acentuado sabor oitentista. O Stereo Nasty conta com Mick Mahon (vocal), Adrian Foley
(guitarra), Rud Holohan (baixo) e Fran Moran (bateria), e apesar de ser uma
banda relativamente nova, não traz nenhum elemento contemporâneo em sua
sonoridade. O negócio aqui é o metal dos anos 1980, tanto musical quanto
esteticamente.
Nasty by
Nature, estreia dos caras, saiu lá fora em 2015 e acaba de chegar ao Brasil
pelas mãos sempre competentes da Hellion Records. O disco traz dez músicas
feitas com um único objetivo: trazer de volta a aura da década mais clássica do
metal. Isso se dá tanto pela estrutura das canções quanto pela própria produção
do álbum, que soa propositalmente datado e com timbres cortantes que espetam os ouvidos.
Evidentemente,
um grupo com uma proposta tão saudosista como o Stereo Nasty não tem a
originalidade entre as suas maiores prioridades. Apesar disso, os caras sabem
como fazer boas e divertidas músicas. As referências passam por
bandas como Saxon, Accept e outros ícones dos anos 1980, e o quarteto acaba
ganhando o ouvinte pelo bom trabalho de composição e por compartilhar
referências em comum com quem está aqui do outro lado. Em suma: os heróis,
tanto dos músicos quanto dos fãs, são os mesmos.
Não há muito
requinte instrumental na proposta da banda, porém esse aspecto não compromete
em nada o trabalho. A energia, paixão e autenticidade que sai das caixas de som
é tamanha que compensa esse detalhe.
Entre as
músicas, destaque para a abertura bem cartas na mesa de “Black Widow”
(apresentando as credenciais e a proposta da banda sem meias palavras), os ecos
de NWOBHM em “Holy Terror”, a germânica “Interstellar”, o riff clássico de
“Death Machine” (que logo se transforma em um speed metal empolgante e em uma
das melhores músicas do disco), “Under Her Spell”, a ótima “The Warriors” e o
encerramento com a cativante “Demon Halo”.
Um
lançamento certeiro da Hellion e que tem tudo para cair no gosto do fã
brasileiro de metal, tradicionalmente saudosista e avesso às sonoridades mais
atuais e modernas do som pesado.
Pelo jeito vcs nunca ouviram skull fist
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