Por que temos uma coleção de discos? Na prática, porque
gostamos de música. E mais: porque gostamos de OUVIR música. Os CDs, LPs ou
seja lá o formato que você coleciona estão em suas estantes para serem ouvidos e não para servirem de decoração de ambientes. Ainda que alguns hipsters
alimentem o mercado de vinis aqui e lá fora comprando discos mesmo sem ter uma
vitrola para tocá-los, o objetivo não é esse.
Uma coleção precisa ser curtida, usada, ouvida,
descoberta. Precisamos estar em contato com ela, e não apenas para tirar o pó
de vez em quando. Precisamos ouvir nossos discos. E agora, que estamos em casa
devido ao isolamento social causado pela pandemia de coronavírus, essa conexão
fica ainda mais forte.
Então, olha essa ideia: além de fazer o que você já está fazendo,
que é ouvir seus discos e usar a música como terapia para esses tempos
estranhos que estamos vivendo, que tal dar aquela arrumada geral na sua
coleção? Além de ocupar o tempo, tenho certeza de que você descobrirá itens que
nem lembrava que possuía.
Há algumas formas de organizar seus discos. Com raras exceções,
durante a minha vida toda de colecionador (e já são quase 35 anos nesse
universo), minha coleção foi organizada por ordem alfabética. Simples e direto:
A a Z, ordem cronológica do mais recente para o mais antigo lançamento de cada
artista. É assim que eu me organizo e acredito que esse é forma mais fácil,
pelo menos para mim, de me encontrar no meio de quase 2 mil CDs.
Mas a boa e velha ordem organização alfabética não é a única
forma de organizar seus discos, obviamente. Você pode separá-los por país, por
gênero, por gravadora e por qualquer outro critério que vier à sua cabeça.
Afinal, a coleção é sua e um toque pessoal é sempre bem-vindo. Indo mais fundo
e se você possuir um conhecimento histórico enciclopédico, pode organizar seus
discos por ordem cronológica, começando pelo ano de lançamento mais antigo e
indo até as mais recentes novidades – a questão é que, nesse método, itens de
artistas diferentes ficarão juntos, o que pode confundir um pouco a cabeça. No entanto, essa forma monta um painel
interessante de como o seu gosto musical foi evoluindo com o passar dos anos.
Parece interessante, no fim das contas ...
Para aqueles que possuem um dos pés no universo dos
acumuladores, a divisão entre “ouvidos” e “não ouvidos” é bastante útil. Confesso
que eu faço isso com frequência. Recebo bastante material de gravadoras e
bandas, e eles só vão para a estante após escutá-los algumas vezes – na prática, ouço no mínimo duas vezes um CD antes de guardá-lo na coleção. Essa
forma de organização facilita a vida de quem possui um número relativamente
grande de itens, porque é praticamente impossível lembrar de tudo que chegou se
você encaixar essas novidades no meio do seu acervo sem ouvi-las com atenção
antes.
Para os que assistiram ou leram Alta Fidelidade, o
personagem principal, Rob Gordon, se embrenha em uma organização bastante
curiosa: arrumar seus discos usando um parâmetro autobiográfico. Essa é um
pouco complicada para mim. Até lembro de meus primeiros discos e o que eles
significaram para a minha vida – Thriller, ’74 Jailbreak, For Those About to
Rock (We Salute You) -, mas não consigo encaixar milhares de álbuns nas milhões
de fases, pessoas e sentimentos que vivi e conheci ao longo de 47 anos.
Dá ainda pra organizar separando os formatos – CDs para
um lado, LPs para o outro -, ou até mesmo separando, por exemplo, os CDs jewel
case dos digipacks e boxes, que são mais sensíveis. Outro método é separar os
itens de artistas nacionais e internacionais, e sei que muita gente faz isso,
mas é algo que nunca curti muito.
Pra encerrar, lembrei que há alguns anos decidi organizar
minha coleção por cores. Ficou legal, formou um painel bem bonito, mas na
prática foi dificílimo encontrar os discos para ouvir porque eu simplesmente
não lembrava a cor que cada CD tinha em sua lateral.
E você, como organiza seus discos? Nessa quarentena, além
de se manter conectado com a sua coleção, experimente também organizá-la por um
dos critérios acima ou por outro que você decidir. É uma terapia e tanto e faz
um bem danado pra cabeça, posso garantir.
Costumava organizar separando as bandas por ordem alfabética e por ordem cronológica, infelizmente uso porta cds para organizar a coleção e nunca dá certo. Sempre tem aqueles álbuns duplos (antigos que parecem duas caixas de acrilico juntas) que atrapalham a ordem. Também tenho algumas edições em digipack que são alguns milímetros mais largas que a caixinha padrão. Tentei então separar por gênero em ordem alfabética e cronológica mas ocorre o mesmo problema, acho que só vou conseguir resolver mandando fabricar um móvel para esse fim.
ResponderExcluirCostumo separar por tipo de som. Começo com Rock Progressivo em seguida passando pelas bandas que serviram de base pro Heavy Metal (Black Sabbath, Led Zeppelin...) daí vem Hard Rock e assim vai até chegar no Black Metal. Ainda tenho um rack a parte para clássicos como Beatles, Stones, Bob Dylan, Blues, Jazz, Alternative Rock, Punk e MPB. Essa forma facilita pra mim pois quando vou ouvir música escolho o disco pelo humor do momento. Assim se eu quiser ouvir algo mais relaxante, empolgante ou brutal já sei direto onde ir. Coisa que em ordem alfabética me perderia facilmente pois Cannibal Corpse estaria ao lado de Chico Buarque mas não estaria ao lado de Asphyx, por exemplo. De toda forma existem diversas possibilidades de organizar uma coleção, como foi dito na postagem. Cada um escolhe aquela que mais lhe agrada.
ResponderExcluirNo que diz respeito a CDs, consegui deixar de forma biográfica até perto de uns 200, pelo simples fato de encaixar os CDs na sequencia que eu ia comprando e acabava "decorando" o lugar em que ele estava. Porém, tive que deixá-los em ordem alfabética por ser muito mais prático (mas por incrível que pareça, é mais trabalhoso, principalmente se vai chegando alguns para a coleção). Já os LPs, deixei em ordem alfabética e, também cronológica, conforme artista/banda (já tive LP perdido no meio da coleção por meses, antes disso).
ResponderExcluirJá organizei por ano de lançamento mas nunca por gênero (até pq tem banda que nem sei definir, e outras que nem concordo com determinadas classificações).. Mas hj em dia só ordem alfabética mesmo, e quando é mais de um disco de um mesmo artista, coloco na ordem do álbum mais antigo ao mais novo. Mais fácil e prático assim.
ResponderExcluirQue nem eu, não consigo pensar em outro método! Minha estante tem 6 gavetas com capacidade de 90 vinis cada, aí abro na letra,e acho na hora! Foda é o Clapton, porque tenho todos, aí até chegar no álbum pretendido...
ExcluirVou pela ordem alfabética mesmo. Quando passei dos 2 mil CDs, resolvi separar por bandas, trilhas sonoras, artistas nacionais, artistas solo feminino e artistas solo masculino. Vinis eu separo nacionais dos estrangeiros e DVDs filmes de um lado e shows de outro.
ResponderExcluirParabéns pelo ótimo trabalho aqui no CR
Rapaz, assim que começou o isolamento eu pensei, vou reorganizar minha coleção de discos, botando por cores, vai ficar um painel bonito. Aí me toquei que nunca que ia lembrar qual era a cor de cada disco, e do quanto eu ia ficar perdido na hora de encontrar o que eu queria ouvir, e desisti. Aí fiquei no feijão com arroz da ordem alfabética + lançamento. Mas sigo tentando encontrar um jeito diferente de organizar mas que não dificulte encontrar os discos.
ResponderExcluirEm casa fica em ordem alfabética, mas separado por Internacional e Nacional hehehehe apenas Sepultura fica na Inter .
ResponderExcluirFala Cadão, beleza?
ResponderExcluirComo te acompanho há bastante tempo, sei que você era adepto e usava o Rate Your Music antigamente.
Ainda não entrei no Discogs, mas pelo que vi até em comentários seus, acho que os dois sites são relativamente parecidos.
Na real, queria só a sua opinião se o Discogs é melhor do que o RYM. To pensando em cadastrar e catalogar a minha coleção lá.
Valeu, abs
Oi, Eduardo. Eu usei o RYM por muitos ano e ainda o utilizo como fonte de pesquisa frequentemente, mas acho o Discogs mais completo. As edições são mais detalhadas, é possível comparar as fotos com o item que você possui e ver se os detalhes batem. Além disso, o Discogs também uma plataforma de compra e venda, então serve como fonte para avaliar o valor do que você possui. Em relação ao RYM, eu perdi o tesão pelo site devido ao perfil dos usuários atuais, mas é a vida e vamos em frente. Entre os dois, recomendo o Discogs.
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