Estou me conectando novamente à minha coleção nessa fase
de isolamento social. Com o home office, consigo trabalhar tendo sempre uma
trilha sonora vinda direto das minhas estantes. E um CD que ouvi nesses
últimos dias há muito tempo não frequentava meus ouvidos, e ao entrar novamente
em meu sistema auditivo me fez pensar sobre algumas coisas.
A questão é que os discos clássicos possuem um fascínio
eterno. Foi isso que os fez conquistar milhões de admiradores mundo afora: a
qualidade inquestionável, o momento de alinhamento criativo que produziu uma
obra atemporal, a inspiração à flor da pele, a performance antológico, a soma
de tudo isso.
O álbum em questão que me fez pensar sobre esses aspectos
foi Appetite for Destruction, estreia do Guns N’ Roses. Não ouvia esse disco há
muitos anos. Comprei a edição dupla comemorativa lançada em 2018, e confesso
que só agora fui escutá-la. E é impressionante como a força desse trabalho segue
intacta. Appetite for Destruction segue soando impressionante. Suas 12 faixas
formam um dos tracklists mais perfeitos que um disco de rock já deu ao mundo.
De “Welcome to the Jungle” a “Rocket Queen”, não há música fraca. Os hits que
tocam até hoje como “Sweet Child O’Mine”, “Paradise City” e “Welcome to the
Jungle” não perderam a sua magia, assim como as canções não tão faladas mas
igualmente excepcionais como “Nightrain”, “Mr. Browstone”, “My Michelle”, “Think
About You” e “Rocket Queen”.
O fato é que as bandas clássicas, ou eternas, alcançaram
esse status pelo trabalho absolutamente incrível que fizeram, cada uma em seu próprio tempo. O
Guns foi assim, e sabemos de montes de outros exemplos – você já está pensando
em vários nesse momento, tenho certeza. O talento dessas bandas foi o que as
levou a um nível superior e é o que as faz figurar, mesmo décadas após viverem
seus momentos mais celebrados, ainda como favoritas dos fãs. E é o que nos faz
seguir acompanhando jovens rebeldes que hoje são senhores milionários, porque
sabemos que o talento continua dentro de cada uma dessas lendas e que vale a pena
ouvir o que esses músicos seguem produzindo, porque sempre ouviremos algo especial.
Um álbum clássico jamais perde a sua majestade. E
Appetite For Destruction é uma prova cabal disso.
É verdade, Ricardo! Appetite for Destruction é um disco defintivo e, como todos desse clube, atemporal. Também entrei na fase de redescobri-lo há pouco. Nunca me cansarei de tais redescobertas....Excelente texto, amigo! #collectorsrocks
ResponderExcluirDevidamente recomprado em vinil 180 g, e ouvindo neste exato momento!
ResponderExcluirEstou "redescobrindo" Tim Maia (até o Racional) e o Red Album do Grand Funk.
ResponderExcluirEsse é realmente um clássico. No meu caso, "redescobri" alguns álbuns do Rush.
ResponderExcluirÉ um grande clássico. Belo texto.
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