Eu gosto de pop. Sempre gostei e sempre irei curtir.
Acredito que não é o gênero musical que determina a qualidade de uma música ou de um
artista. Tem muita coisa ótima na música pop e muito material péssimo no rock e
no metal. Vejo a música de duas maneiras: a boa e a ruim. Rótulos são
importantes, mas apenas nos guiam nesse oceano de infinitas possibilidades.
Dua Lipa é uma cantora londrina que lançou em 2020 o seu
segundo disco, Future Nostalgia. Ele é o sucessor da estreia batizada apenas
com o nome da vocalista, e que chegou às lojas em 2017. Future Nostalgia vem
com onze faixas em pouco mais de 37 minutos, e é excelente. Não à toa foi
aclamado pela crítica mundo afora, com notas beirando o máximo em diversos
sites e revistas. Aqui não vai ser diferente.
Musicalmente, o que temos é um trabalho que traz
elementos de gêneros como disco music, dance pop e synth pop, além de influências
de house, new wave e R&B. O resultado é um som invariavelmente dançante,
cujas bases instrumentais vêm sempre carregadas de muito balanço e groove. Como
acontece com diversas cantoras pop, a melodia das canções vem quase sempre
das linhas vocais de Dua Lipa, e aqui tudo muda de figura. Criativa e com um
tom de voz grave e extremamente agradável, a inglesa mostra que tem tudo para
voar alto como um dos maiores nomes do pop nos próximos anos.
O tracklist de Future Nostalgia é repleto de hits já
consolidados e potenciais como “Don’t Start Now”, “Cool”, “Physical”, “Levitating”,
“Hallucinate”, “Love Again” e “Break My Heart”, em uma sonoridade agradável e
que destoa da pasteurização produzida em massa no pop atual, onde os timbres
similares do pro tools e outros softwares fazem todas as vozes parecerem iguais.
Pelo contrário: a voz de Dua Lipa é calorosa, quente, viva e pulsante, com
interpretações também cheias de personalidade.
De tempos em tempos encontramos o cobiçado pop perfeito
pelo caminho. Em 2020 ele atende pelo nome de Dua Lipa.
Interessante, vou conhecer
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