Review: Phil Campbell and The Bastard Sons – We’re the Bastards (2020)


A morte de Lemmy Kilmister em dezembro de 2015 levou ao inevitável fim do Motörhead, e seus companheiros de banda seguiram caminhos distintos. Enquanto Mikkey Dee assumiu a bateria do Scorpions, o guitarrista Phil Campbell focou na produção de material autoral. O resultado foi um ótimo disco solo – Old Lions Still Roar (2019) – e uma banda formada ao lado dos filhos, a Phil Campbell and The Bastard Sons.

O quinteto traz Phil ao lado dos filhos Todd (guitarra), Tyla (baixo) e Dane (bateria), além do vocalista Neil Starr (que tocou na banda galesa Attack! Attack!). Musicalmente, o som é o que temos de mais próximo do universo do Motörhead, o que é absolutamente natural, afinal Campbell foi o principal parceiro de composição de Lemmy por mais trinta anos, integrando a banda entre 1984 e 2015. Porém, o guitarrista também dá passos adiante, resultando em um álbum que agradará tanto os órfãos de sua ex-banda quanto quem só quer ouvir um bom rock and roll.

Há de se destacar o belo timbre e as interpretações vigorosas de Starr, que são um dos pontos fortes do trabalho. Campbell mostra que segue afiado despejando riffs e solos faiscantes, enquanto a parceria ao lado dos filhos dá uma unidade e segurança profundas ao álbum, como se o plano de Phil fosse erigir o seu próprio mundo no universo musical.

Repleto de boas músicas como a canção que batiza o disco, “Son of a Gun” (a mais Motörhead do CD), “Born to Roam”, “Bite My Tongue”, a ótima “Desert Song” e “Hate Machine”, esse segundo álbum do Phil Campbell and The Bastard Sons tem tudo pra agradar quem curte rock com peso, ótimo riffs e grandes refrãos.

Lançamento nacional da Shinigami Records.

 

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