Cinco álbuns que parecem campeões de vendas, mas não são


A lista de discos mais vendidos de todos os tempos está repleta de clássicos do rock que se tornaram lendários, tanto pela música que apresentaram quanto pela performance comercial que alcançaram.

Back in Black (1980) ressuscitou o AC/DC após a morte de Bon Scott e superou as 50 milhões de cópias. O Pink Floyd encontrou a sua sonoridade definitiva em The Dark Side of the Moon (1973) e bateu recordes com mais de 45 milhões de discos vendidos. O Led Zeppelin soou redondo como nunca em Led Zeppelin IV (1971) e ultrapassou as 37 milhões de cópias vendidas. Bruce Springsteen entregou baldes de inspiração na coleção de hits que foi Born in the U.S.A. (1984), que vendeu mais de 30 milhões de unidades. O Dire Straits gravou seu nome no inconsciente coletivo com Brothers in Arms (1985) e ultrapassou as três dezenas do milhão com o disco. Santana se reinventou em Supernatural (1999) e encarnou uma fênix com mais de 30 milhões de cópias. Os exemplos são muitos.

Mas existem alguns álbuns que as pessoas acreditam que estão entre os mais vendidos da história por serem parte indivisível de suas vidas, mas passam longe disso. Discos clássicos que são fantásticos e marcaram vidas em todo o planeta, mas cujos números de vendas são bem menores do que aqueles que o senso comum imagina.


Paranoid
, segundo álbum do Black Sabbath, chegou às lojas em 18 de setembro de 1970 e é considerado por muitos como o melhor álbum da banda inglesa, além de ser um sério candidato a melhor disco de heavy metal de todos os tempos. Um trabalho que marcou milhões de vidas, mas que não alcançou um número descomunal de vendas. Nos Estados Unidos, Paranoid vendeu aproximadamente 5,6 milhões, e no mundo esse número sobe para 9,9 milhões. É o disco mais vendido da carreira do Black Sabbath, e sua performance comercial é equivalente a de Human Clay (1999), segundo álbum do Creed.


Além de possuir a música com o riff mais conhecido da história do rock, Machine Head traz um dos tracklists mais impressionantes já apresentados em um disco, com clássicos do tamanho de “Smoke on the Water”, “Highway Star”, “Space Truckin’”, “Pictures of Home” e “Never Before”. O sexto trabalho do Deep Purple foi lançado em 25 de março de 1972 e é um dos álbuns mais conhecidos e reconhecíveis da história. No entanto, quando nos deparamos com a sua performance comercial, o impacto não é tão positivo. Foram 3,2 milhões de cópias vendidas nos Estados Unidos e aproximadamente 9 milhões de cópias em todo o planeta, o que faz de Machine Head o álbum mais vendido do Deep Purple. O número é semelhante ao alcançado pelo controverso Reload, lançado pelo Metallica em 1997.


The Number of the Beast
, terceiro disco do Iron Maiden, foi lançado em 22 de março de 1982 e marcou a estreia de Bruce Dickinson na banda inglesa, substituindo o então vocalista Paul Di’Anno. O álbum foi o primeiro do quinteto a chegar ao primeiro lugar na Inglaterra e é o mais vendido da história do Iron Maiden, com 2,4 milhões nos Estados Unidos e aproximadamente 8,3 milhões de cópias no mundo todo. Para efeitos de comparação, é praticamente o mesmo número de The Long Run (1979), dos Eagles, que sucedeu o clássico Hotel California (1976) e foi considerado um fracasso comercial.


Uma das melhores bandas da história e dona de uma legião de fãs apaixonados em todo o planeta, o trio canadense Rush tem como seu disco mais vendido o magnífico Moving Pictures, lançado em 12 de fevereiro de 1981. O álbum vendeu 4 milhões de unidades nos Estados Unidos e 6,1 milhões em todo o mundo. Esse número é inferior, por exemplo, à performance de For Those About to Rock (We Salute You) (1981), disco que sucedeu o campeão de vendas Back in Black (1980) na discografia do AC/DC e alcançou cerca de 7 milhões de cópias comercializadas em todo o mundo.


A carreira do imortal David Bowie está repleta de trabalhos magníficos, e o mais bem sucedido de todos é Let’s Dance, seu décimo quinto disco, lançado em 14 de abril de 1983. O álbum, que conta com as guitarras de Nile Rodgers e Stevie Ray Vaughan, vendeu 2,7 milhões de cópias nos Estados Unidos e 8,7 milhões em todo o mundo. É um número inferior ao alcançado por Eliminator (1983), disco mais vendido do ZZ Top, que superou a marca de 11 milhões de cópias apenas no mercado norte-americano.


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