Review: Bruce Dickinson – Resurrection Men (2024)


The Mandrake Project
dividiu a opinião dos fãs de Bruce Dickinson. Primeiro álbum solo do vocalista do Iron Maiden em quase duas décadas, não soa como uma sequência da trilogia Accident of Birth (1997), The Chemical Wedding (1998) e Tyranny of Souls (2005) – o que, convenhamos, seria bastante improvável – e aposta em uma sonoridade que remete aos anos 1970 e à paixão do cantor pelo rock progressivo, além do óbvio heavy metal que o consagrou.

“Resurrection Men” é uma das faixas mais fortes do álbum e quem assistiu aos shows da turnê do disco constatou isso in loco, com a canção funcionando muito bem ao vivo e levantando o público. Pois bem, ela encabeça o segundo single de The Mandrake Project e, para alegria dos fãs brasileiros, o EP ganhou uma edição nacional.

Além de “Resurrection Men”, o material traz duas músicas gravadas ao vivo no show realizado por Bruce em São Paulo em 4 de maio de 2024, “Afterglow of Ragnanok” e “Abduction”, a primeira vinda do novo álbum e a segunda a música de abertura do trabalho de 2005. Essas versões, além de serem um documento de como Bruce está soando no palco, eternizam a ótima banda que ele montou para acompanhá-lo e que conta com os guitarristas Chris Declercq e Philip Naslund, o tecladista Mistheria, a baixista Tanya O’Callaghan (que também faz parte do Whitesnake) e o baterista Dave Moreno (do Puddle of Mud). As gravações ao vivo estão muito bem feitas e com ótima qualidade de som, e apresentam versões muito fieis às gravações de estúdio, devidamente adicionadas de uma dose maior de peso e a participação sempre marcante do público brasileiro. A execução da banda é primorosa, com destaque para a dupla de guitarristas e para o baixo de Tanya, além da performance sempre primorosa de Bruce Dickinson.

A edição brasileira do single de “Resurrection Men” inclui um card com a arte criada para a canção e, no seu verso, um texto autenticando a originalidade do item e a numeração limitada, que teve prensagem de apenas 500 cópias.

Um item que, musicalmente, é muito bom, e que fica ainda mais desejável pelos detalhes que inclui. Obrigatório para fãs e colecionadores de Bruce Dickinson.


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