Review: Royal Republic – Club Majesty (2019)



O Royal Republic é uma banda sueca que está na ativiva desde 2007 e já lançou quatro discos: We Are the Royal (2010), Save the Nation (2012), Weekend Man (2016) e Club Majesty (2019). Meu primeiro contato com o quarteto se deu com o disco mais recente, lançado no Brasil este ano pela Shinigami Records.

Club Majesty traz uma mudança substancial na sonoridade do grupo. A mistura entre hard rock, garage rock e blues rock dos três trabalhos anteriores foi deixada de lado e em seu lugar surge uma amálgama entre disco music, new wave e pós-punk, com a banda mergulhado em sonoridades que trazem um clima bem anos 1980 para o álbum. Ao ouvir a primeira faixa, “Fireman & Dancer”, pensei estar escutando uma banda cujo vocalista era o filho adulto de Fred Schneider, do The B-52’s. As onze faixas do disco seguem esse mesmo caminho, com um forte apelo pop e dançante e sem a energia dos anos anteriores. E isso, certamente, dividirá quem vinha acompanhando o grupo.

Pessoalmente, Club Majesty me soou bastante fraco. Além do aspecto musical, as letras também não são um primor, como prova a quase escatológica “Fortune Favors”. A sensação que tive é a de estar ouvindo algo que já foi feito centenas de vezes antes, e de maneira muito melhor. Curto algumas coisas de disco music e lendo algumas entrevistas entendi que a banda também é fã dessa sonoridade e quis trazer isso para o Royal Republic, no entanto o resultado final é um álbum insosso onde pouca coisa se salva. O som soa muito distante do The Night Flight Orchestra, por exemplo, outra banda sueca que também tem inserido elementos desse período em sua música com uma qualidade infinitamente maior.

Escute e forme a sua própria opinião.

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