O Jack Slamer é uma banda suíça formada em 2006 e que
lançou em 2019 o seu terceiro disco – batizado apenas com o nome do grupo, o
trabalho completa uma discografia que conta ainda com Noise Form the
Neighbourhood (2012) e Jack Slamer (2016). A sonoridade do quinteto formado por
Florian Ganz (vocal), Cyrill Vollenweider (guitarra), Marco Hostettler
(guitarra), Hendrik Ruhwinkel (baixo) e Adrian Böckli (bateria) é um hard rock
com forte pegada dos anos 1970, influenciado por nomes como Led Zeppelin, Deep
Purple e outros ícones.
O novo álbum do grupo foi lançado no Brasil pela
Shinigami Records e é uma boa opção para quem curte bandas na linha do Rival
Sons, por exemplo. Mesmo com uma sonoridade não tão elaborada quanto o quarteto
californiano, o Jack Slamer certamente possui qualidade para cair no gosto de
quem adora esse revival do hard rock clássico que temos ouvido nos últimos
anos.
O disco vem com doze músicas em 53 minutos. Todas contam
com bons riffs, enquanto a voz de Florian é similar a de Joakim Nilsson, do
Graveyard (outra pérola do “moderno hard rock dos anos 1970”), porém sem a
rouquidão suja do vocalista e guitarrista sueco. A banda também equilibra
referências mais atuais ao lado das clássicas, e elas são perceptíveis na
identificação de ecos do já citado Graveyard e de outros grupos que apostam
nessa proposta revisionista aliada à uma abordagem mais direta e até mesmo mais
crua.
O fato é que o Jack Slamer possui boas composições, e isso
faz toda a diferença. A cativante “Entire Force” é um dos pontos altos, assim
como o blues psicodélico apresentado em “The Truth is Not a Headline”. Há uma
alternância entre momentos calmos e explosões sonoras, como bem demonstra a
dobradinha “Red Clouds” e “Biggest Mane”. Isso sem falar de uma pérola como “Secret Land”, que dá saudades dos álbuns iniciais e
extremamente viajantes do Siena Root.
Parabéns a Shinigami Records por lançar no Brasil um
disco como esse terceiro trabalho do Jack Slamer. Trata-se de uma banda que
está ganhando projeção agora lá fora, e que chega nesse mesmo momento por aqui.
A edição em CD é muito bem feita, com o cuidado que a gravadora tem demonstrado
em seus lançamentos, cada vez mais focados nos colecionadores e na parcela do
público que busca itens diferenciados e não abre mão da mídia física.
Se você curte hard rock com sabor setentista, vá atrás
porque vale a pena.
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