O futuro do Iron Maiden



Os próximos meses serão interessantes para os fãs do Iron Maiden. Após fazer história com a espetacular The Legacy of the Beast Tour, que trouxe para o palco o show mais teatral da carreira da banda e repassou o catálogo de clássicos do grupo, o Iron Maiden entrou em modo stand-by.

Essa parada terá dois eventos que mexerão com os fãs. O primeiro é o lançamento do segundo disco do British Lion, projeto solo de Steve Harris onde o líder, baixista e principal compositor do Maiden toca ao lado do vocalista Richard Taylor, dos guitarristas Graham Leslie e David Hawkins e do baterista Simon Dawson. O quinteto lançou o seu disco de estreia, British Lion, em 2012, trazendo influências dos anos 1970 e de nomes como Wishbone Ash, Thin Lizzy e UFO, bandas que Harris sempre admirou. Com boas músicas, o álbum dividiu os fãs principalmente pela voz de Taylor, aguda e um tanto incômoda, e que destoa bastante do que os devotos do Iron Maiden estão acostumados a encontrar no timbre de Bruce Dickinson – leia o review aqui. No entanto, há um belo trabalho de composição no álbum e o timbre de Taylor é mais uma demonstração de como Steve quer experimentar outras possibilidades sonoras fora do Maiden, onde faz um trabalho espetacular há décadas. O novo álbum do British Lion, ainda sem título, será lançado no início de 2020, segundo declarações do próprio baixista.


Mas o principal atrativo está no aguardadíssimo novo disco solo de Bruce Dickinson. O vocalista está trabalhando ao lado do guitarrista e produtor Roy Z no sucessor de Tyranny of Souls (2005), que deve vir ao mundo entre o final de 2020 e o primeiro semestre de 2021. A excelente recepção do box que reuniu todos os álbuns solo de Bruce (a caixa vendeu mais de 200 mil cópias em todo o mundo) deu uma injeção de ânimo em Dickinson, que está compondo e quer sair em turnê com Roy Z e uma nova banda solo. É sempre bom lembrar que a sonoridade dos discos do vocalista é muito mais moderna e agressiva do que a do Iron Maiden, e mostra Bruce conversando com elementos atuais do metal.

E, claro, há a possibilidade de um novo disco do Iron Maiden, que imagino vir ao mundo de maneira mais provável em 2021. O sucessor do ótimo The Books of Souls (2015) é uma enorme incógnita, mas acredito que a banda gravará um novo trabalho de estúdio nos próximos anos, para alegria dos fãs.

E você, o que espera dos próximos projetos de Steve, Bruce e do Maiden?

Comentários