O que eu ouvi em maio


Retomando uma série de posts que iniciei em 2019, vou postar todos os meses comentários sobre os discos que ouvi durante o período. Para mim, serve como um arquivo pessoal de audições. E pra quem lê, como um guia rápido com dicas sonoras bem legais.

Vem comigo!


Orishas – Emigrante (2002)

Segundo álbum desta banda cubana, que foi formada em 1999. Hip hop cantado em espanhol, sonoridade que eu gosto bastante e que me foi apresentada pela compilação Los Grandes Éxitos en Español, lançada pelo Cypress Hill em 1999. O som do Orishas guarda alguma similaridade com o Cypress Hill, mas os temas líricos deixam a maconha de lado e abordam aspectos sociais e do cotidiano. O CD traz participações do rapper francês Passi, do colombiano Yuri Buenaventura e do rapper Niko Noki. Canções fortes como “Mujer”, “Así Fue”, “Ausencias”, “Emigrantes” e “La Vida Pasa” são os destaques. Vale lembrar que o Orishas segue na ativa e fez um certo sucesso por aqui na primeira metade da década de 2000.


U2 – Go Home (Live From Slane Castle, Ireland) (2003)

Esse DVD traz, na minha opinião, o melhor show lançado oficialmente pelo U2. Gravado durante a turnê do excelente All That You Can’t Leave Behind (2000), é o segundo registro da tour, já que Elevation 2001: Live From Boston (2001) também é focado em um tracklist semelhante. Porém, o show de Boston foi em uma arena fechada, enquanto o concerto de Go Home foi realizado ao ar livre, na área que cerca o castelo Slane, construído na década de 1780 no país natal do U2. O show foi realizado no dia 1 de setembro de 2001 e traz uma performance selvagem da banda, com uma pegada pesada intensificada pela participação massiva do público. O tracklist vem com dezenove faixas e inclui resgates importantes do repertório do quarteto como “Out of Control” (vinda direto do disco de estreia, Boy, lançado em 1980)  e “Wake Up Dead Man” (uma das melhores do controverso Pop, de 1997).


Vitor Ramil – Tambong (2000)

Escrevi sobre Tambong nesse review. O álbum é, provavelmente, o meu disco favorito de Vitor Ramil, irmão mais novo dos irmãos Kleiton e Kledir, que fizeram sucesso nacional nos anos 1980. A música de Vitor é mais complexa que a dos irmãos, mais imersiva e com grande influência de Bob Dylan. E vale compartilhar aqui uma boa notícia: Vitor acaba de lançar um novo álbum, Avenida Angélica, que pode ser adquirido pela sua loja oficial, que tem disponíveis também seus outros discos.


Twisted Sister – Stay Hungry (1984)

Não ouvia esse álbum desde que me desfiz da minha coleção de LPs, desapego feito de forma gradativa durante os anos 2000. Então encontrei um CD usado em um sebo aqui de Floripa, e quando fui cadastrar no Discogs descobri que trata-se da primeira edição em CD do terceiro disco do grupo. Conhecido por trazer os hits “We’re Not Gonna Take It” e “I Wanna Rock”, o álbum logicamente vai muito além de suas canções mais populares. Com uma sonoridade crua e os vocais ótimos de Dee Snider, traz excelentes faixas como a música título, a sombria “Burn in Hell” (uma das minhas preferidas), a balada “The Price” e a grudenta “Don’t Let Me Down”, uma das canções mais menosprezadas da banda e um dos clássicos perdidos da década de 1980.


Giant – Shifting Time (2022)

Falei sobre o Giant aqui. Esse álbum marca o retorno da banda norte-americana, agora com o vocalista Kent Hill, do Perfect Plan. Sai o metal que trouxe atenção aos caras no final dos anos 1980 e início da década de 1990, e em seu lugar vem um AOR/melodic rock bastante agradável, repleto de melodias e refrãos pra cantar junto. Ótima surpresa!


The Police – Every Breath You Take (The DVD) (2003)

O The Police foi não apenas uma das bandas mais populares dos anos 1980, como também responsável por definir a sonoridade que marcou aquela década. O super trio formado por Sting (vocal e baixo), Andy Summers (guitarra) e Stewart Copeland (bateria) influenciou até mesmo o Rush, como ficou claro nos álbuns Permanent Waves (1980) e Moving Pictures (1981). Este DVD, lançado no início dos anos 2000, traz quatorze videoclipes com os grandes hits da banda, canções sensacionais como “Roxanne”, “Can’t Stand Losing You”, “Message in a Bottle”, “Walking on the Moon” (gravada ao lado de um dos ônibus espaciais da NASA), “So Lonely”, “Every Little Thing She Does is Magic”, “Spirits in the Material World” e “Every Breath You Take”. A união entre influências de reggae e punk, tudo com uma abordagem minimalista e que foi ficando cada vez mais refinada devido à técnica impressionante dos músicos e ao poder composicional de Sting, levou o The Police ao topo do mundo. Assistindo esse DVD, fica claro o motivo do porque o Police ter se tornado gigantesco em todo o planeta.


Comentários

  1. Vou dar uma olhada nesse Shifting Time dps.
    Esse mês ouvi mto Sunbather do Deafheaven, The Satanist do Behemoth e Max & Match do grupo coreano "LOONA". O último me impressionou dms, talvez melhor pop que ouvi recentemente

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  2. Tenho ouvido vários shows do Rockpalast: MSG group, UFO, Mothers Finest, Wishbone Ash, The Mission, Public Image, Dr Fellgood, Tito & Tarantula. Também ouvi o Lock up Wolves do Dio e o live at Hammersmith. Agora, até o fim do mês pretendo reouvir bastante os discos do Rainbow sem o DIO e algumas pérolas da NWOBHM e algo de música brasileira. No próximo post eu conto :)

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  3. Encontrar o Stay Hungry dos Twisted Sister é dar uma sorte danada! Estou atrás desse item faz uma data. Por enquanto estou apenas com o álbum digital baixado do ITunes.

    No mais, ótimas audições, só material de alto nível.

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