10 anos de atraso. Por quê?

Todos os discos abaixo foram lançados há aproximadamente dez anos. Todos eles foram aclamados pela imprensa especializada norte-americana e europeia como álbuns de exceção, que redefiniram estilos ou criaram novos gêneros - ou, em alguns casos, as duas coisas ao mesmo tempo.

Em 2001 tivemos Blackwater Park do Opeth, Lateralus do Tool, Jane Doe do Converge, A Sun That Never Sets do Neurosis, Prowler in the Yard do Pig Destroyer e Imaginary Sonicscape do Sigh. Em 2002, The Mantle do Agalloch, Oceanic do Isis, The Sham Mirrors do Arcturus, Deliverance do Opeth, Heavy Rocks do Boris, Remission do Mastodon e Nothing do Meshuggah. Em 2003 foi a vez de Boris at Last Feedbacker do Boris, Kivenkantaja do Moonsorrow, Dopesmoker do Sleep, Crimson II do Edge of Sanity, The August Engine do Hammers of Misfortune, Sumerian Daemons do Septicflesh, Coma Wearing do The Angelic Process e The Work Which Transformers God do Blut aus Nord. Chegando em 2004, Panopticon do Isis, Leviathan do Mastodon, The Eye of Every Storm do Neurosis, Salvation do Cult of Luna, You Fail Me do Converge e Witchcraft do Witchcraft foram todos aclamados. E em 2005, Ghost Reveries do Opeth, Verisäkeet do Moonsorrow, From Mars to Sirius do Gojira, The Gathering Wilderness do Primordial, IV - The Eerie Cold do Shining, Catch Thirtythree do Meshuggah e Blessed Black Wings do High on Fire.

O que esses títulos, e essas bandas, têm em comum? Além desse reconhecimento por parte da imprensa europeia e norte-americana, são álbuns e grupos que passaram totalmente batidos pelas revistas brasileiras dedicadas ao heavy metal. E vejam que eu nem citei nomes como Machine Head, Slipknot, Lamb of God, Trivium, Baroness, Torche, The Devil’s Blood, Kadavar, The Sword, Mos Generator e inúmeros outros, que estão fazendo bonito atualmente e são invisíveis para esses veículos.

Esse questionamento é necessário, pois trata-se de uma falha gritante e sem justificativa aparente naquela que é, goste-se ou não, a principal publicação dedicada ao metal que temos por aqui. Por que isso acontece? Qual é o motivo que leva a Roadie Crew, o principal veículo impresso especializado em música pesada publicado em nosso país, a ignorar o que está acontecendo com o gênero que, teoricamente, ela cobre?

Existem várias possíveis explicações para essa postura. A primeira conclusão a que se pode chegar, de maneira simplista, é que essas bandas não aparecem nas páginas da Roadie Crew pelo fato de não estarem afinadas com o gosto pessoal dos seus editores e equipe. Bem, se a razão para a ausência for essa, o buraco é mais embaixo e a situação é mais feia do que aparenta. Em primeiro lugar, um veículo jornalístico, principalmente de jornalismo cultural, como é o caso, jamais deve se pautar seguindo exclusivamente o gosto pessoal de seus editores. Eles podem dar o norte, mas não são a única fonte pela qual a publicação deve seguir. Ao cobrir um gênero tão vasto, rico e multifacetado como o metal é preciso manter os ouvidos e a mente abertos para todas as possibilidades, inovações e propostas sonoras que ele oferece. Não dá para fazer escolhas. Ou dá-se voz para todo o estilo, sem preconceitos, ou assume-se uma postura, ao meu ver, equivocada. Pautar o que sai na revista pelo gosto pessoal de quem a edita está muito distante de ser jornalismo - está mais para um fanzine direcionado a um nicho específico. Se você tem uma publicação que se vende como “a revista de heavy metal e classic rock do Brasil”, você deve entregar aos leitores o que está oferecendo, e não apenas aquilo que os seus editores acham “legal” ou “massa”.

A segunda hipótese é que as bandas mencionadas não aparecem na Roadie Crew pelo simples fato de a equipe que faz a revista não as conhecer. Isso não é possível, e está longe de ser verdade. A razão é simples: nomes como Slipknot, Trivium, Mastodon e Machine Head, só para ficar em alguns, são populares em todo o planeta, e só quem não vive neste planeta que todos nós habitamos nunca ouviu falar neles. É dever de um jornalista que se diz especializado em um gênero musical estar sempre atualizado com o estilo sobre o qual escreve, independentemente do seu gosto pessoal. Isso é ser profissional, postura cada vez mais rara nos dias de hoje, infelizmente.

Uma terceira possibilidade seria a demanda do público, que não quer nada novo e deseja apenas se manter informado sobre as bandas clássicas e os nomes de sempre. Bem, no meu entendimento, uma revista sobre música nunca deve se pautar exclusivamente pelo desejo de seus leitores. O compromisso dela deve ser divulgar e cobrir o gênero no qual está inserida, e suas inúmeras variações. Tem que vender? Tem. Não pode empacar na banca? Não, não pode. Mas também não pode virar refém do seu público, dos seus leitores. Uma boa revista de música é um guia para quem a lê, falando de bandas novas e clássicas com o mesmo peso, com espaços equivalentes. É através de um veículo assim que eu, você e os leitores nos mantemos informados e conhecemos novos grupos, novos discos, gente que está fazendo um trabalho legal dentro do estilo que gostamos. Se até uma revista como a inglesa Classic Rock, que tem o seu direcionamento estampado no nome, dá espaço para os novos nomes que estão surgindo, porque aqui isso não acontece? É através de um veículo com a exposição e a popularidade da Roadie Crew que as dezenas de bandas interessantes que surgem todos os dias mundo afora devem ser apresentadas aos headbangers brasileiros. Esse é um dos principais papéis de um veículo que se diz especializado.

Uma boa publicação deve surpreender o leitor, servir de guia para ele, e nunca ficar acomodada, publicando sempre a mesma coisa. No último ano, a Roadie Crew deu capa para, respectivamente: Saxon, Metallica, King Diamond, Destruction, Led Zeppelin, Aerosmith, Testament, Scorpions, Rush, Kreator, Slash e Soulfly. Mergulhando mais doze meses no passado, tivemos Motörhead, Lamb of God, Nightwish, Chickenfoot, Megadeth, Anthrax, Machine Head, Dream Theater, Ozzy, Sepultura, Whitesnake e o Big 4 alemão. É preciso ousar mais, sair do lugar comum. Houve, e isso deve ser reconhecido, Machine Head e Lamb of God na capa da RC nesse período, destoando das demais bandas, eu sei. Mas aqui vai outra pergunta: o Lamb of God está na estrada desde a década de 1990 e já lançou sete discos, enquanto o Machine Head foi formado em 1991 e também já gravou sete álbuns. Porque apenas agora, depois de todo esse tempo, foram ser capa? E o Trivium, quando será? E o Mastodon? E o Ghost, para ficarmos em um nome com grande exposição no momento? Só daqui há uma década ou mais, também?

É preciso mais ousadia, sair mais do comum, nunca ficar sentado em berço esplêndido. É evoluindo sempre que a liderança que hoje existe pela absoluta falta de concorrência será mantida, além de atrair novos leitores. Uma revista de música, por exemplo, não pode ser apenas composta por entrevistas, como é o caso da Roadie Crew. Onde estão as matérias especiais, investigativas, retrospectivas? Porque toda a revista é baseada em conversas com os músicos? Isso é legal, mas é apenas uma das características que uma revista deve ter. Aliás, até onde eu sei a RC é a única publicação do mundo onde 95% do conteúdo são entrevistas com bandas. Não há problema algum em se basear, se inspirar e até mesmo copiar quem é referência no segmento, e quem faz melhor esse papel em todo o planeta é a Metal Hammer inglesa. Porque não parar, analisar as edições dos caras do início ao fim, ver como é feito e apresentar uma nova proposta para os leitores? Não há demérito algum nisso, muito pelo contrário. Seria uma evolução não somente necessária, mas há muito tempo esperada pelos leitores, pelo mercado e pelos próprios músicos.

Há uma visão equivocada por parte de uma parcela de apreciadores de som pesado de que o Brasil é o país do heavy metal. Não, não somos. E mais: estamos longe de ser. Somos, isso sim, o país do saudosismo metálico, terra onde se endeusam artistas veteranos e muitas vezes medianos, que não tem espaço em mais nenhum lugar do planeta, apenas aqui, onde sobrevivem tocando em lugares cada vez menores. É necessário se atualizar, abrir espaço para quem está chegando, para a nova geração do som pesado. É preciso levar esses nomes até os leitores, senão teremos cada vez mais essa geração que renega o novo e acha que tudo de bom que poderia ser feito já foi produzido. Eu sei, por experiência própria, que é difícil. Na verdade, bem difícil. Mas é dando o primeiro passo que se aprende como fazer, o que funciona e o que não funciona.

Ouvir e acompanhar o que as grandes bandas da história do metal estão produzindo é necessário. O mundo é um lugar melhor com o Black Sabbath, o Iron Maiden, o Metallica, o Slayer e todos os outros que definiram o gênero que curtimos, por perto. Mas ele continuará sendo sempre agradável para os ouvidos se esse estilo seguir se renovando, nos provocando, se reinventando a cada nova banda que surge em todo o planeta. E essa renovação precisa chegar até os consumidores, e não apenas através da internet.

Infelizmente, a imprensa brasileira especializada em heavy metal apresenta um delay, um atraso médio de aproximadamente 10 anos em relação ao que acontece no resto do mundo. Isso precisa mudar, e já! Só não pensa assim quem, atrasado uma década, não faz ideia do que anda acontecendo ali na esquina, bem na frente do seu umbigo.

Espero que os editores e a equipe da Roadie Crew, ao invés de ficarem chateados com esse texto, mudem a sua reação habitual ao que publico e tentem ouvir as críticas de forma construtiva. Sou um leitor da revista, já escrevi para ela. O objetivo dessas críticas não é derrubar ninguém, mas sim justamente o contrário: apontar o que há de errado e deficiente para que tenhamos uma publicação melhor, mais completa e abrangente.

Por Ricardo Seelig

Comentários

  1. Esse discos listados são só lixo moderninhos

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  2. O comentário acima diz tudo: o público pensa exatamente como os editores rsss

    Eu acho lamentável também, existe muita coisa boa além das bandas clássicas...

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  3. A despeito do que muitos costumam pregar, o apreciador de metal (em suas váias manifestações) tende a ser um dos mais relutantes quanto a novidades e "quebras de paradigma" em âmbito sonoro.
    Vários dos discos citados na matéria não me agradam, por questões de gosto - que é, em última instância, o que define o que alguém ouve ou não -, mas acho complicado o sujeito que se considera "do metal" sequer conhecer essas bandas e seus trabalhos.
    O que acontece nas já putrefatas publicações nacionais é um exemplo disso. Vou além e radicalizo: qual a validade, hoje em dia, de programas no formato "video-clip" x entrevistas x "lançamentos" quando a internet disponibiliza isso tudo em menos tempo e com muito menos defasagem?
    A validade, na minha opinião, é nula, porém expressa o estado de preguiça mental e acomodação do "banger". É no mínimo questionável que a pessoa que ouve uma música cantada majoritariamente em inglês alegue não saber a mesma língua a ponto de ler 9ao menos ler!) entrevistas em revistas gringas (de graça, muitas vezes).

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  4. A melhor revista de música do Brasil é a Poeira Zine, mas ela não se dedica ao Heavy Metal. O dia que o Bento Araújo quiser montar um time pra cobrir outros segmentos ele vai se tornar o magnata da mídia musical LOL (seria um sonho de consumo).

    Sem comentários...

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  5. Eu já acredito que faz tempos que as publicações só comentam aquilo que recebem. Sou do tempo da Rock Brigade fanzine (xerox ), quando se tinha que correr atrás. Hoje a realidade é outra, não tiro a razão dos editores da revista, se esse for o caso, mas acho a matéria do Seelig válida. Quanto ao comentário anterior, pode ter até coisas mais "moderninhas", mas tem muita gente que curte, e a revista publica sim, muita coisa que eu mesmo não gosto.

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  6. Pra mim o problema da Roadie Crew é que além de cara, só abrange entrevistas. Falta uma interatividade maior além de inumeras entrevistas.as coberturas dos shows são curtas e com poucas fotos.pq não volta a cobrir os maiores festivais de metal na europa e tentar sempre pegar como exemplo a organização e o preço do ingresso barato. Nunca vi uma materia sobre o Loud Park,o Mayhem Energy Drink Festival ou um Big Day Out, alguma coisa que seja além de Wacken. Pra mim a RC poderia ser melhor, não que não seja boa.

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  7. Fora isso, desconfio de certas coisas. Outro dia a capa era do Destruction. E a contra-capa era de uma PROPAGANDA do novo disco do Destruction. Mera coincidência?

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  8. Eu nunca ouvi nenhum desses discos novos que foram citados aqui, até por que não conheço as bandas, mas acharia muito interessante que a roadie crew passasse a dar espaço a essas bandas! se a musica for boa com certeza irei ouvir

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  9. Pensar no Brasil é sinônimo de dor e sofrimento. Sair da caixa pra que?! Engula o que lhe enfiam de maneira seca e direta, ao invés de selecionar o que lhe é permitido.

    Acho que assim se resume a postura daqueles que se definem apreciador de música de qualidade e mal conhecem o que está tocando ali na esquina.

    Concordo com o texto e muita coisa boa se faz no Brasil e fora e merece destaque. Gostar do novo não é largar o passado. Afinal, o básico sempre será lembrado, valorizado e seu legado sempre será mantido.

    Vivo em BH, a capital do cover, onde as mesmas bandas tocam os mesmos cover com mesmo set list, as mesmas roupas, nos mesmos horários, com os mesmos discursos entre as músicas... e nada de som novo, nada de produção independente ser valorizada e respeitada.

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  10. Boa tarde. Vou expor minha visão sobre o que diz sobre a sua critica a RC. Acredito que o que o autor diz seja mais sobre o espaço maior, ou mais cobertura, ou tentar mostrar mais um retrato da cena atual, das bandas novas, que é o dever do jornalismo cultural,do que a revista de fato se pautar somente pelo "saudosismo metalico". Pois eu acho que essas bandas citadas tem o espaço na RC sim. O Mastodon por exemplo, em 2004 quando saiu leviatan,não era tão conhecido ainda mas o André Delamanha dava um jeito de falar dos caras toda hora, em todo lugar na revista, chegando a me impressionar a babação de ovo. Outras bandas que surgiram, como aquela que gravou cosmogenesis, esqueci o nome mas vi lá pela primeira vez. Meshuggah, mais de uma vez vi entrevista com eles lá. Matérias de retrospectiva, tinha uma mensal que mostrava uma avaliação da discografia das bandas, classificando como otimo, imperdivel,etcetera, outras sobre bandas desconhecidas do passado acho que o nome era hidden tapes, e a sessão background. Descordo do rapaz que comentou acima pois já vi sim matéria cobrindo o Loud Park e também uma matéria de como é a cena metal na Finlandia, e outros eventos fora o wacken. Concordo que eles são saudosistas, mas acredito que o espaço para essas coisas que o autor do texto reclama é pequeno, mas existe. A RC joga pra galera e talvez eles precisem disso pras vendas,porque publicar uma revista de Heavy Metal no Brasil deve ser complicado(até demais), mas também traz coisas novas, concordo que o espaço para coisas novas é menor, mas não concordo que são tantas coisas que passam batido por eles.

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  11. Majayme, isso é normal.
    Qualquer veículo de comunicação faz 'publieditoriais'.

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  12. Se Septicflash é "lixo", vai de gosto, mas "moderninho"? Rapaz, tem gente que fica voluntariamente presa nos anos 70\80 que chega a dar medo.

    Aliás, só eu acho engraçado esse povo usar a palavra "moderno" como pejorativo sendo que eles mesmos - com as redes sociais - estão desfrutando de tal "modernidade"?

    E ah, Jane Doe >>>>> qualquer disco que ganhou 10 nas edições que li dessa revista.

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  13. cara tu escreve para uma revista que bota claudia leite na capa

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  14. Cada publicação tem sua linda editorial. Se a RC é conservadora, que seja. Cada um lê aquilo que é do seu interesse. Não é papel de nenhuma revista escrever sobre tudo. A RC é revista de heavy metal tradicional e de classic rock. Ponto. E outra uma capa com Saxon vende mais que uma com Mastodon.
    Como fã não me sinto obrigado a seguir as bandas atuais, nem as antigas. Apenas gosto do que faz bem as meus ouvidos. Acho Trivium uma merda gigantesca assim como odeio o Stratovarius.

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  15. Não gosto muito da revista...acho que ela herdou muitos dos defeitos da Rock Brigade que tão bem/mal fez a cena metalica brasileira...(não vou cita-los pois esses defeitos já foram levantados em n posts e comentários)

    Tinham que copiar/adaptar o formato da Metal Hammer/Classic Rock/Uncut .... tornaria a revista muito melhor... mas não sei se venderia...bom eu pelo menos compraria a revista.... mas não sei se o nosso público esta pronto pra isso...colhemos ainda muido do mal que a Rock Brigade fez ao público consumidor de metal (embora reconheça a importância da mesma no inicio de divulgação do gênero)

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  16. A banda Irlandesa Primordial, mencinada neste artigo, chegou aos meus ouvidos no ano passado, e imediatamente se tornou uma das minhas favoritas. Desconhecida no Brasil, famosa na Europa, principalmente na Alemanha, tive que comprar pela internet os seus cds. Uma mistura de black/folk/viking metal, que apesar de nao ser o meu estilo favorito, como eu disse, se tornou uma de minhas bandas favoritas. Será inacreditável se um dia publicarem algo sobre esta banda. Procure pelo album To The Nameless Dead, e entenda o que estou falando,

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  17. O maior problema Ricardo é mudar o cenário, se arriscar no mercado, o público tem certa resistência ao novo, e a revista não quer dar nada de novo para se manter estável, ou seja, se retro alimentam.

    Vou ser sincero, este blog vem me ajudando muito na busca de novas bandas, até público reviews em meu blog pessoal, e muitos dos lançamentos eu fico antenado por aqui, não tenho vergonha de admitir.

    A questão é existe vontade de mudar, de acabar com a velha opinião formada de anos? Acredito que as questões mercadológicas e ideológicas se misturam e causam essa estagnação.

    Também gostaria de uma RC mais dinâmica...

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  18. " --> majayme comentou: Fora isso, desconfio de certas coisas. Outro dia a capa era do Destruction. E a contra-capa era de uma PROPAGANDA do novo disco do Destruction. Mera coincidência?
    --> Philipe Mendes comentou:
    publicar uma revista de Heavy Metal no Brasil deve ser complicado."

    Foi o que me veio à cabeça, assim que li o artigo.
    Como dito no primeiro comentário, um dos motivos para esse delay, pode ser a motivação financeira [talvez não citada aqui para evitar processos rs], os famosos publieditoriais. Mas, se assim fosse, o que impediria essas outras bandas que não aparecem tanto na publicação de fazerem o mesmo?
    Creio que o motivo principal reside no fato de que a maior parte dos headbangers não gosta de inovações e demora a digeri-las... tanto é que muitos dos cd's hoje considerados obras-primas e clássicos do gênero, à época de seu lançamento foram massacrados, tanto pelas mídias, quanto pelos fãs. Outra evidência disso, são as diversas subcategorias que temos, dentro do rock e do metal. Inclusive, para dar liberdade à sua criatividade sem "contaminar" [na opinião do fã mais extremista] o som produzido por sua banda, muitos artistas tendem a criar projetos paralelos.
    E, relativo ao segundo comentário, realmente, levando-se em consideração o quão extremista muitos dos fãs podem ser, é um sério risco uma publicação não se render ao que a maioria dos leitores aprecia... lógico que quem perde com isso, são os próprios fãs, mas daí já é outra estória...

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  19. Se essa é a publicação que define a mentalidade dos headbangers brasileiros, então já está mais do que na hora de mudar. Chega de deixá-los presos ao passado, existe uma excelente leva de novas bandas e elas são comentadas em pouquíssimos lugares. O preconceito com o novo existe justamente porque poucos vieram mostrar que esse novo é bom. Viremos a página e iniciemos um novo capítulo na cena do Metal (e da música, no geral) no Brasil.

    PS: procurei sobre a banda Primordial comentada no texto e pelo colega alguns comentários acima e curti bastante. Obrigado, pretendo saber mais sobre a banda e outras citadas no texto.

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  20. melhor revista é a collectors room....rsrs
    é a pura verdade isso do latino americano, beirando a burrice, enaltecendo so o que é antigo, muitas vezes bandas ruins. e virando as costas para o que esta acontecendo na atualidade.
    nao é a toa que todas bandas decadentes anos 80 fazem do brasil e da america latina seu paraiso, seu ultimo reduto.

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  21. Eu acho que o autor do texto deveria lançar a sua própria revista impressa, ao invés de viver reclamando das publicações existentes...

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  22. Eu acho que o autor do texto deveria lançar a sua própria revista impressa, ao invés de viver reclamando das publicações existentes...

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  23. Headbanger fanático geralmente é BURRO!!!! Alienado de mente fechada

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  24. Boa Matéria Ricardo, comprei apenas duas edições da RC e achei uma porcaria, alem desses problemas levantados nesse post há um outro também que já foi comentado neste site algum tempo atrás, o excesso de notas altas nos reviews (o que mais me incomoda nesta revista) tenho algumas edições da Rock Brigade e Show Bizz/Bizz de 90-96, e a coisa era bem diferente até albuns clássicos como Apocalyptic Raids do Hellhammer foi (erroneamente)malhado pela Brigade(um tempo depois o album foi lançado pelo selo da própria revista recebendo uma outra critica bem diferente da primeira), eu as vezes discordava da avaliações achando que alguns albuns mereciam uma nota maior

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  25. Confesso que não acompanho a revista. Mas tudo o que foi dito nesse texto sobre como deve ser a postura de uma publicação e dos jornalistas é a mais pura verdade.

    Abraços

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  26. Eu já li entrevista do Mastodon e do Trivium na Roadie Crew, e algumas resenhas também. Concordo o espaço deveria ser maior e talvez uma capa, porque não.

    As resenhas eu nem perco meu tempo, se eu gostar eu compro o disco e dou eu mesmo a nota. O Ghost, o Mastodon, o Trivium e o Lamb of God só quando tiverem um status de semi deuses.

    Eu moro no interior de São Paulo numa cidade relativamente grande e fal: o Mastodon aqui não pegou o Crack the Skye foi para a Saraiva e ninguém comprou e segundo um amigo que trabalha lá, os discos foram devolvidos para a matriz.

    Aqui o povo é bem conservador e isso influi até na hora de fazer amizade, o cara, fica seu camarada ou ao menos fala contigo se você tiver alguma afinidade musical com você. Sobre revista nem é preciso falar porque fica claro e aqui a Roadie Crew tem status de bíblia.

    O Ricardo Seelig ignore a Roadie Crew e siga com a Collector's Room, que já dá esse espaço a essas bandas e o faz muito bem, eu pelo menos gosto apesar de discordar de alguma coisa minima, mas ai é questão de opinião, pois cada um tem a sua.

    Se for esperar a Roadie Crew vai demorar muito porque o pessoal lá é bitolado só nos clássicos.

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  27. a revista já foi melhor na época que ela foi lançada , substitui a Rock Brigade que andava um lixo e passei a adquirir somente a RC, por ser a única revista especializada em Heavy Classic Rock. Acho que ela é muito relevante vendo a carência que o publico brasileiro tem em ter tal publicação, só acho que ela deveria sim falar mais sobre algumas bandas que quase ou nunca foram citadas na publicação, tais como MUNICIPAL WASTE , GAMA BOMB dentre outras.

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  28. Dificilmente vai acontecer alguma mudança substancial na linha editorial da Roadie Crew, até porque tudo indica que capas com nomes menos conhecidos pelo público não vão vender tanto quanto as que estampam nomes mais tradicionais. O interessante é que hoje as propostas mais ousadas e interessantes na imprensa musical estão na internet, como a Collectors e a Van do Halen. O que eu percebo quando converso com o pessoal que curte metal é que poucos conhecem e curtem bandas mais novas. É muito raro encontrar alguém que goste do Mastodon, por exemplo. E atualmente existem muitas opções pra quem quer conhecer outras bandas na internet, então é falta de interesse do público da revista mesmo. Acredito que se a Collectors se tornasse uma revista conseguiria manter boas vendagens, porque já tem seu público formado aqui na internet, e o perfil desse público é diferente.

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  29. Meu Deus...
    olha o nível do comentário do Leonardo de Castro....

    Eu acho a seleção brasileira um lixo... devo jogar nela então ????

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  30. Um adendo: Existem outras bandas que são sumariamente ignoradas e que estão fazendo bonito. O Uncle Acid and Dead Beat, o Kadavar, o Baroness que só teve resenhas publicadas e mais outras.

    Eu gosto muito de ler a Roadie Crew sou assinante, mas pelo prisma variedade a revista peca, erra feio. Bandas como: o Trivium eu não gosto, mas do Torche eu gosto e tenho o último disco que por sinal é ótimo e o The Sword também lançou um ótimo disco e também o tenho e só teve uma resenha na revista.

    Dessas duas últimas que citei não lembro de ter visto nada além de resenhas. Acho que falta o distanciamento profissional e compromisso com o rótulo "Heavy Metal & Classic Rock" e o lado fã. é claro que é legal você ler uma revista feita por fãs de metal e classic rock como você, mas o lado fã nessas horas deve ficar a margem.

    Faz muito tempo, que a Roadie Crew deixa a desejar nesta questão e além de matérias como: Background, Roadie Collection, Hidden Tracks, Classic Cover entre outros deveria ter uma diversidade maior assim como tem a Metal Hammer e a Classic Rock, da Inglaterra.

    Ultimamente, eu tenho partido para a aquisição de biografias as fontes utilizadas para a construção destas obras é mais segura e possuem informações mais nítidas. Atualmente eu vivo um dilema "ler ou não ler a Roadie Crew", cada mês que passa eu considero ainda mais essa possibilidade ser real, mas para o negativo.

    No momento no Brasil, não existe nenhum periódico dedicado a música pesada que reúna, que faça essa ponte entre o novo e o velho e essa conexão é necessária, pois daqui a duas décadas o cenário vai sofrer grandes alterações e muitas aposentadorias vão ser inevitáveis e depois vai ser o que o cenário.

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  31. A grande maioria dos ouvintes de metal e de classico são puristas, conservadores e xiitas. Se tomam como eruditos e inteligentes, mas sofrem do que o camarada disse aí acima: "preguiça mental". Ótima essa expressão. Bem, o empresário da RC precisa fechar as contas no fim do mês, num é? Onde ele vai? Na jugular do público dele: o dos preguiçosos mentais.

    Não vejo diferença de um cara "fútil" que só gosta do top10 hot100 da Billboard e de um metaleiro "erudito" que acha que só o que é dos anos 70 e 80 (ou clássico) é que presta. Ambos estão fossilizados em suas zonas de interesse. Não que seja errado, porque gosto é gosto. Mas é estático. Isso é fato.

    E essas revistas escrevem pra consumidores ou pra ouvintes apaixonados? Tem gente que quer informação e mais coisas pra ouvir. Tem gente que só quer ver mais uma enésima resenha da sua banda preferida publicada.

    Sobre linha editorial e capitalização da publicação: a Bizz e Showbizz sempre tinha resenhas ótimas de discos, mas as capas e matérias especiais sempre eram da Madonna e Michael Jackson. Era uma forma de capitalizar. A Rolling Stone nacional eu nem leio, mas já vi uma capa com Ivete Sangalo. Não acho errado pelo lado de capitalizar e nem da brasilidade, mas pra mim como roqueiro não faz sentido essa edição com ela na capa e nas matérias especiais.

    Na Rolling Stone, que anda hipster que só, já vi anúncio de roupas de MMA e até de suplemento maromba. Fico de cara com isso ... tem que entrar dinheiro. Mas é engraçado os hipsters no UFC ... Hahahahahaha

    No Whiplash, tem noticiário do Guns and Roses falando até os termos nos quais o gatinho, o cachorrinho e o peixinho de estimação e o tamagochi do Axl Rose morreu.... É arrepiante essa "linha editorial" de um forum, mas vai fazer o que com os metaleiros que confundem o medieval do Iron Maiden com as celebridades do Castelo de Caras? Fico pensando como o fundador do Whiplash não se sente algumas horas com a própria audiência do site que ele criou, que certamente não era noticiário de celebridades metaleiras. Fora as notícias de obituário: hoje, faz 17,8 anos, 2 meses, 3 semanas, 1 dia e 4h que Cliff Burton morreu. Amanhã, publicam a mesma nota acrescentando 1 dia de distanciamento entre nós e o Cliff (#momento melindre-metal).

    Então, eu acho que a revista só entrega a demanda que o público quer. Eu venho ao collectors porque, de certa forma, oferece a demanda que eu quero: textos como este aqui ou que façam uma reflexão sobre discos diferentes ou cultura metal-clássico-hardrock, tendo o noticiário em vários gêneros musicais. Odeio as babações em torno do David Bowie, mas gosto de notícias diferentes tipo as colunas de bandas novas de metal, perfil de produtores (tipo rick rubin) e as listas de melhores ...

    E tem a coisa tb de vc ir num lugar pelo colunista. Na Bizz e Showbizz, eu acompanhava mais pelo Pedro Só. Na MTV, as coisas do Massari e do Gastão eram ótimas. Do Kid Vinil eu já não curtia muito. Tlz, a Roadie Crew tenha pegado mais um perfil específico quase como coluna do passado-metal-clássico do que do que "o que está acontecendo no rock?". Acho que a base por trás da Roadie Crew é: "vamos falar sobre as bandas que nós gostamos. E só!". O Whiplash também é isso. E como uma hora as notícias musicais acabam, inevitavelmente cai no noticiário castelo de caras com Axl Rose ou obituário do Cliff Burton.

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  32. O publico de metal do brasil é extremamente conservador. Sei porque tenho amigos que reclamam e falam mal da maioria das bandas citadas na matéria. Você elogiar Mastodon ou Trivium é quase um sacrilégio pra maioria dos "headbangers" nacionais. Pior que muita gente reclama sem nem ouvir as bandas. Então a conclusão que eu chego é que a revista atende ao público que tem.

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  33. Quero saber o que tem de errado alguém somente escutar heavy metal tradicional.
    O que tem de errado uma revista se dedicar a escrever para essas pessoas?
    O que acho absurdo são pessoas se achando os 'intelectuais' do metal por gostar de bandas 'inovadoras'.
    Foda-se a inovação. O que importa é a qualidade do som. Se a música for boa não importa se é novidade ou releitura, todos vão gostar. Querer empurrar isso para as pessoas é que é nocivo.
    O que me deixa puto é ver no heavy metal pessoas chatas, pretensiosas, esnobes... pensava que isso era característica daquela merda de índie, mas vejo que o mesmo pensamento chegou no metal. Intelecualóides no metal, era só o que faltava...

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  34. Então Leandro...o problema é ser uma revista que coloca em sua capa: Heavy Metal e Classic Rock... e não cobrir nem um terço da cena....

    Quer ver como ela tem pés de barro: Já que ela é classic rock...onde estão as matérias sobre Sonic Youth, Nirvana, Pixies, Tom Waits, Patti Smith ????

    Acho justo ela ter linha editorial...mas seria mais interessante ela ser mais clara sobre esta linha...pois ela não segue o que diz e tem todo o direito de não seguir...como eu tenho o direto de não concordar e não comprar....
    A única coisa que realmente me preocupa é as pessoas se irritarem com quem cobra da ÚNICA revista de rock e metal brasileira uma postura diferente.... não sou obrigado a aceitar o que a revista me empurra, gosto de imprensa em papel impresso e gostaria de ter uma opção nacional...
    seria mais fácil uma revista consagrada como a RC do que uma nova publicação se adaptar e atender ao meu gosto...gostaria que isso acontecesse...mas sei que sou minoria...portanto entendo que ele não será atendido....mas isso não quer dizer que não tenho o direito de expressar minha opinião em relação a um veiculo formador de opinião que ainda tem peso importante na formação de um mercado consumidor de música

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  35. Bom, além de tudo isso que já comentadp, e concordo com quase tudo da matéria, vale citar outro ponto fraquíssimo tanto da Roadie Crew como de todas as outras revistas nacionais: o projeto gráfico é ridiculamente ruim. MUITO. Fotos péssimas, diagramação fraquíssima e capas nem um pouco atrativas.

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  36. Respondendo a um e-mail que recebi: eu não fui chutado da Roadie Crew. Eu fui convidado para colaborar com a revista, e escrevi algumas matérias para ela. Depois, resolvi não continuar escrevendo por não concordar com algumas posturas da publicação.

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  37. Conte como você foi convidado para escrever para a RC. Conte o episódio do bootleg do UDO e a treta com o Johnny Z. Explique de vez essa treta que todo mundo que acompanha você desde o orkut quer saber. Aproveita e não censura o post.

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  38. Em relação ao bootleg do UDO, informamos o erro cometido pela revista ao resenhar um bootleg feito por fãs - erro que eu mesmo já cometi no passado, só que em relação a um bootleg do Kamelot. Esse post informando sobre a pisada de bola fez com que um dos colaboradores da publicação, conhecido como Johnny Z, surtasse implorando para que a matéria fosse retirada do ar. Recebi, em apenas um dia, 53 e-mails deste cidadão, todos com o tradicional linguajar chulo utilizado pelo indivíduo. Mais tarde, resolvi ligar para o trabalho do rapaz e conversar com ele pessoalmente, onde acertamos as nossas diferenças.

    Então, em uma troca de e-mails com o editor-chefe da revista fui convidado a colaborar com a Roadie Crew. Porém, após algumas matérias, resolvi me afastar da revista por não concordar com algumas das políticas e práticas postas em vigor por ela.

    Nesse período, entrei em conflito novamente com o Z, que é conhecido no meio, inclusive por você, por ser um cara muito difícil de lidar.

    Em relação ao post "censurado", qualquer comentário que ofender diretamente qualquer um dos colaboradores do site não será colocado no ar, como está escrito claramente no texto que antecede os comentários. E no seu, como você bem sabe, sobrou até para o meu filho, que não tem nada a ver com a história.

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  39. Cadão Cadão, quando que eu coloquei seu filho no post??? Deixe disso... O que eu falei do seu filho???
    Você tem como recuperar o post e postar?
    Se eu bem me lembro, coloquei que essa perseguição com a Roadie Crew era dor de corno. Isso com relação a revista. Uma expressão muito usada aqui no Norte do país, caso você não conheça. Nunca iria baixar o nível dessa forma, até porque tenho 2 filhas e não gosto que envolvam minha família em assuntos que não dizem respeito a ela.

    Com relação ao seu texto, a Roadie Crew tem o direito de escrever para o público que ela quiser. Se a revista está defasada 10 anos, o que dizer do Poeira Zine, tão idolatrado pelos "metaleiros intelectuais"? Faço parte do perfil de leitores da revista e prefiro ver Saxon na capa do que um Korn da vida.

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  40. Jairo, o problema da RC é se vender como revista de heavy metal e cobrir, quando muito, 30% do que acontece no estilo. Não há problema em colocar Saxon na capa, mas sim em apenas colocar bandas clássicas como capa.

    Em relação à Poeira Zine, a revista é direcionada para o passado, essa é a sua proposta. O que, até onde eu sei, não é a linha editorial da RC, que se vende como "a revista de heavy metal", e não de metal clássico.

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  41. No Brasil o que vende mais: uma capa com o Saxon ou uma capa com o Mastodon?

    Concordo que algumas bandas deveriam ter espaço na revista, como Slipknot, Ramones, Trivium, etc. Só acho que o público brasileiro prefere as bandas clássicas, assim como o público do Japão prefere as bandas melódicas e assim por diante.
    E concordo com o Leonardo no post acima quando diz que você deveria publicar a própria revista.
    Lembro uma vez que você colocou no blog que a Collector´s Room era a sua visão e o seu gosto pessoal com relação a música. Por que a revista não pode ser o a visão e o gosto pessoal dos donos?

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  42. Porque eu percebi que estava errado com essa postura, e chamei uma equipe para me ajudar a produzir a Collectors e que está hoje ao meu lado, deixando o site mais dinâmico e amplo.

    Em relação às capas, a do Saxon vende mais que a do Mastodon hoje em dia, ok. Mas porque existe esse preconceito com bandas recentes? Sou da opinião que cabe a um veículo especializado em um estilo ajudar a quebrar isso. É um trabalho longo, mas que precisa ser feito. Existem tantas bandas legais no heavy metal hoje em dia, porque ficar sempre preso às mesmas?

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  43. "Por que a revista não pode ser o a visão e o gosto pessoal dos donos?"

    Porque perde o cunho jornalistico e vira um Zine...um blog.... um diário... pra isso já temos vários blogs na internet !!!!

    Gostaria de uma revista ampla...com opinião ... mas despida o máximo de possivel de preconceitos e com uma linha editorial clara !

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  44. "No Brasil o que vende mais: uma capa com o Saxon ou uma capa com o Mastodon?"

    O Mastodon eu até concordo que não tenha um público muito grande por aqui, o que dificultaria na hora de botar na capa da revista. Mas e bandas como Slipknot e SOAD, por exemplo, venderiam menos revistas do que Saxon, Kreator ou Destruction?

    É claro que eles só não ganharam capa até hoje porque não devem estar entre as preferências dos que comandam/colaboram com a revista (pelo menos a maioria), ou mesmo porque eles temem que os leitores chiem por serem bandas "moderninhas" ou "nu-metal", o que é patético.

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  45. O Classic Rock da Roadie Crew é inadequado porque é um termo genérico e se qualquer pessoa refletir vai entender, que o termo se refere ao melhor de uma época e o que foi o melhor na década de 1970, 1980 e 1990. Isso significa, que o Nirvana, o Alice in Chains e demais bandas grunge podem ser classic rock.

    No caso da Roadie Crew eles resumem o termo a gênese do heavy metal e hard rock. Classic Rock você incluí o cenário da década de 1960, que a revista em questão ignora e faz questão de fazê-lo. O Cream só entrou na revista porque influenciou meio mundo na década de 1970.

    Essa revista está muito defasada não só no conteúdo, mas no time de jornalistas também. Aqueles Backgrounds, que eles apresentam são extraídos de biografias e algumas passagens me pareceram partes na íntegra sem nenhuma citação e mesmo que seja autoral a pessoa tem que citar as fontes, pois aquelas idéias foram extraídas de algum lugar e não são de domínio popular não (não estou acusando ninguém de plágio).

    Como já disse um participante, as biografias são o melhor caminho para se buscar alguma informação sobre o artista.

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  46. Não é a primeira vez que o CR comenta o caso, e concordo que seja um problema essa mentalidade fechada. Contudo, faço um alerta para que o blog não caia na mesma armadilha, afinal, nas inúmeras listas publicadas aqui sobre discos clássicos do heavy metal, houve pouquíssima ousadia da equipe em alçar álbuns mais recentes a tal patamar. Cito como exemplo o "Unto the locust" do Machine Head. O referido disco figurou em todas as listas de melho9res de 2011, sendo quase unânime a opinião de que ele representava uma "evolução" em relação ao "The blackening". Ora, então por que apenas este último figurava entre os clássicos?
    A contradição é evidente e a lista acaba reforçando a ideia de que bom mesmo era o metal dos anos 80. Quando "Master of puppets" foi lançado, a Metal Hammer não teve dúvidas em classificá-lo como divisor de águas. Se quisermos que Mastodon e Machine Head sejam tão respeitados quanto o Metallica, não podemos nos esquivar de colocar seus álbuns no mesmo patamar.

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  47. Pessoal, hoje me aconteceu um fato inédito e inacreditável e foge do assunto revista. Habitualmente aos sábados, eu faço as compras no supermercado para a semana toda porque não tenho tempo de fazê-las durante os dias úteis.

    Eu moro, Ribeirão Preto, interior do Estado de São Paulo e aqui tem Wall Mart e essa empresa aqui também vende livros, mas é restrito aos best sellers de vários gêneros e algo mais extravagante são os diversos títulos da LP&M Pocket.

    Ás vezes, eles fazem uma mega promoção de livros, ponta de estoque e derrepente aparece algum t´titulo clássico, mas desta vez tinha uma mesa enorme posta próxima aos caixas rápido e a editora, bola da vez é a Larousse e o surpreendente era biografias e de quais bandas e títulos?

    Led Zeppelin Quando os Gigantes Caminhavam sobre a Terra - Mick Wall
    Can't Buy Me Love - Jonathan Gould
    No Home Direction A vida e Música de Bob Dylan - Robert Shelton

    Além da disponibilidade era o preço, pois nas livrarias cada um dos título custa R$ 100,00, enquanto no Wall Mart a do Bob Dylan e a do Led Zeppelin cada uma me custou R$ 24,90 e dos Beatles R$ 19,90 (e já esta fora de catálogo na editora) e total desembolsado nessa compra foi R$ 69,70 e se fosse numa livraria seria R$ 300,00.

    Eu senti uma alegria enorme e uma revolta também enorme também. Eu sempre quis comprar as três, mas o preço sempre me afastou dessa possibilidade e eu pensei se um super mercado pode vender isso a preço de banana porque as livrarias tem que vender tão caro e tornar o acesso tão difícil e em alguns caos impossível.

    Bom se na sua cidade tiver Wall Mart e se você de ler vá para lá o mais rápido possível e veja se tem esses títulos disponíveis por lá. É só um aviso. Quem paga os preços caros deve ficar revoltado e com razão porque dá a impressão que a indústria cultural quer te fazer palhaço.

    Seelig desculpe-me fugir do assunto, mas diante disso achei que deveria informar e talvez isso sirva para você também, que além de colecionar discos também é colecionador desse gênero de livros. Obrigado!

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  48. Preços excelentes, mesmo. Parabéns pela barbada!

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  49. Escrevi um texto em 2009 sobre o suposto fim das revistas de Rock... Acho que cai bem com esse post aqui! Excelente tapa com luvas de pelica!

    Caso se interessem por ler, o link é:

    http://indaiarockzine.blogspot.com.br/2009/12/opiniao-sera-o-fim-das-revistas-de-rock.html

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  50. A Roadie Crew atingiu o sucesso sem seguir tendências de gosto duvidável. Slipknot não aparece na revista? Por isso que a acompanho há cerca de 10 anos. Sou o tipo de fã que tem a cabeça fechado por opção e não para manter a pose de "true". Que a Roadie Crew continue imune à doença da "mente aberta" que destruiu a Rock Brigade por exemplo. Que fique impassível ao tempo e surda para protestos de pessoas como você. Não gosta da Crew, crie sua própria publicação, como aliás eles fizera. E boa sorte, porque vai ser dureza vencer a concorrência.

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  51. Esse negócio de opinião pessoal é algo complicado, concordo que uma revista deve ser algo tão pessoal, lembro que o Iced Earth no auge de sua forma era constantemente "achincalhado" na Rock Brigade pelos seus editores, não lembro se era o ACM ou o Fernando Souza Filho, o primeiro foi uma nota 6 para o Alive In Athens(um dos melhores albuns ao vivo de Heavy Metal já lançado, NA MINHA OPINIÃO) dizendo que somente fãs teriam coragem de comprar um CD Triplo pelo preço que era, o detalhe que o Cd lançado pela Century Media custava 36,00 R$ na época haviam alguns albuns simples que custavam este preço, e deram também uma nota muito baixa ao Tribute of the Gods, dizendo que Matt Barlow era um "vocalistazinho" que tinha a petulancia de assassinar clássicos de Judas, Iron Maiden e Kiss, porra quem ouviu o disco sabe que um dos destaques é justamente o Barlow.

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  52. O oposto do atraso é o adiantamento.

    Veja isso:

    Coachella: jovens hipsters fingem conhecer bandas que não existem
    http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=jovens-hipsters-fingem-conhecer-bandas-que-nao-existem-04024D1A396ED0A14326

    Antenados com modernidade até o cúmulo, né? Pelo menos as bandas jurássicas existiram, mas e essas?

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