Já passou um bom tempinho, mas antes tarde do que nunca. Abaixo, listamos as três melhores apresentações do Noise 2013. Ou pelo menos aquelas que mais encantaram este que vos escreve.
Krisiun
O setlist é bem montado e contempla as duas fases marcantes da banda: os primórdios, com guitarra e bateria na velocidade da luz, e a mais recente, que apresenta um som mais cadenciado, intricado, e com um peso absurdo. Divisão que reverbera e encontra espaço no público, que também mescla fãs diferentes. Há os que preferem os sons mais antigos, do início da trajetória dos gaúchos, bem como os mais novos, que os conheceram a partir do aclamado Works of Carnage (2003). Destaque absoluto para Moyses Kolesne, cada dia mais completo e criativo nos riffs e solos.
Setlist: "Ominous", "Ravager", "The Will To Potency", "Combustion Inferno", "Vicious Wrath", "Vengeance’s Revelation", "Descending Abomination", "Sentenced Morning", "Black Metal" ( Venom), "Slain Fate", "Conquerors of Armageddon", solo de bateria, "No Class" (Motörhead) e "Kings of Killing.
The Baggios
Já tem tempo que o The Baggios vem chamando a atenção, inclusive aqui na Collector's, onde geralmente são mencionados pelos leitores nos comentários. O duo, à la Black Keys e White Stripes, vem de São Cristóvão, munícipio bem próximo de Aracaju. A mistura de blues, rock de garagem e influências dos 60's/70's molda o som dos caras, que também incluem aspectos da cultura e dos ritmos regionais nas canções. Letras em português e, principalmente, o sotaque nordestino de Júlio, que até lembra a voz de Raul Seixas - a guitarra também -, fazem toda a diferença na hora de cativar ainda mais e conferir a eles maior identidade. Boa parte das músicas do setlist vem de Sina (2013), disco mais recente da banda e que é uma belezura, assim como foi a apresentação no Noise. Agradável, despretensiosa e muito divertida.
Setlist: "Afro", "Blues do Aperreio", "Sem Condição", "Salomé Me Disse", "Esturra Leão", "O Azar Me Consome", "Em Outras", "Pegando Punga" e "Rolling Tumbling"
The Exploited
Um desfile de bons riffs e passagens mais aceleradas fez a festa da galera no circle pit, bem como dos que se postavam logo em frente ao palco para poder a ajudar Wattie a cantar. O que prejudicou um pouco a apresentação dos escoceses foram alguns percalços técnicos. Geralmente, o microfone dava problema ao voltar 'castigado' das mãos do público, e o bumbo da bateria foi detonado durante a música "Never Sell Out". O mesmo precisou ser consertado, o que paralisou o show por alguns minutos e deixou impaciente quem queria ver logo o circo pegar fogo. Nada, porém, que comprometesse os méritos do Exploited, que conduziu muito bem a insandecida massa, com direito a invasão ao palco no final. Bela noite.
Setlist: "Let’s Start a War (Said Maggie One Day)", "Fight Back", "Dogs of War", "Maggie" "UK 82", "Chaos Is My Life", "Dead Cities", "Alternative", "Noize Annoys", "Troops Of Tomorrow", "Never Sell Out", "Rival Leaders", "Anarchy", "Beat The Bastards", "Fuck The System", "Cop Cars", "Porno Slut", "Fuck The USA", "Army Life", "Sex and Violence", "Punk’s Not Dead", "Was It Me" e "Why Are You Doing This to Me"
Texto e fotos por Guilherme Gonçalves
Comentários
Postar um comentário
Você pode, e deve, manifestar a sua opinião nos comentários. O debate com os leitores, a troca de ideias entre quem escreve e lê, é que torna o nosso trabalho gratificante e recompensador. Porém, assim como respeitamos opiniões diferentes, é vital que você respeite os pensamentos diferentes dos seus.