O que é um tanto estranho, pois a banda de Dave Grohl vinha de um bom álbum, o enérgico e cheio de hits Wasting Light (2011). Talvez o vocalista, guitarrista e baterista tenha vestido a carapuça de salvador do rock que sites e revistas mundo afora o aplicaram e isso o tenha tirado do curso. Talvez os problemas internos que foram mostrados no documentário de alguns anos atrás não tenham sido superados completamente e a banda voltou a se corroer. Sei lá. O que sei é que Sonic Highways é um álbum sofrível, pra dizer o mínimo.
Os 42 minutos do disco demoram quase 2 horas pra passar, e isso nunca é um bom sinal. O riff chupado de “Holy Diver”, do Dio, em “Something for Nothing” já prenunciava algo de errado no reino de Davi, e isso fica claro com a audição completa. Melodias fracas, ideias repetitivas, um ar de preguiça - e repito, preguiça mesmo, no pior sentido - misturado a um tanto de prepotência e arrogância levaram a banda a gravar um disco que, sem muito esforço, figura entre os piores registros de sua carreira.
O que é uma pena, pois é impossível não simpatizar com Grohl e sua gangue, que passam um ar de gente boa, de serem bons de papo e de copo, daqueles brothers que sempre garantem a diversão quando reunidos.
Pra não dizer que tudo se perde, “Outside" merece destaque, com lampejos da banda que conquistou fãs em todo o mundo unindo energia, agressividade e melodia. As melodias vocais grudentas, os backing vocals e os trechos instrumentais fazem com que essa faixa seja um ponto fora da curva de Sonic Highways, contrastando totalmente da mediocridade que impera em todo o trabalho. O que, convenhamos, é muito pouco em um disco com oito novas canções.
Sonic Highways é um dos piores discos que ouvi nos últimos anos. Ele redefine o conceito de álbum de rock ruim. Muito ruim.
Acho que não era isso que Dave queria …
Cara, dá uma segurada na emoção. Não sei se você é músico, com certeza aposto que não. Veja a dinâmica usada nas músicas, o instrumental individualmente. Não, não é o melhor CD da banda, mas não é tão ruim como você fala. Músicas longas? concordo, até demais. Mas preguiça? Os caras gravaram em 8 estúdios diferentes ao redor do país, e não sei se você entende algo sobre a cultura americana, mas cada faixa traz consigo um pouco da história (pelas participações especiais que cada uma delas traz) e da sonoridade do estado/cidades homenageados. Não sei também se você é músico, ou toca algum instrumento pra entender disso, ou se pra você álbum bom é do Sum41 (rs).
ResponderExcluirEntão, se não gostou, vai uma dica de alguém que está acessando pela primeira vez o site: escolha palavras melhores. Crítica chata, como essa que você fez, afasta leitores. Li muitas outras críticas negativas a respeito do álbum em outros sites que não tiveram metade da arrogância que você teve no texto.
Forte abraço!
gbiasotto seja muito bem vindo ao Collectors, realmente acredito que a preguiça descrita pelo Ricardo seja mais intelectual do que física. O fato de ter viajado a várias localidades não transforma a obra em algo louvável, talvez na logística do processo. As participações também não tendenciam a uma grande obra, vale lembrar que os últimos discos do Santana, e todas suas participações, são sofríveis. As palavras foram duras sim e são sempre que merecem, entretanto o amor a música faz com que eu visite esse site todos dias, religiosamente. Veja as críticas feitas ao último álbum do Baroness ou Opeth e entenderá essa paixão.
ExcluirAh, e eu sou músico profissional a 19 anos, sustento 3 filhas lindas com essa paixão.
Abraço parceiro.
Não sou músico, gosto do Foo Fighters e não do Sum41. Aproveita que você está conhecendo o site agora e dá uma fuçada nele, daí dá pra sentir qual é a minha pegada.
ResponderExcluirE obrigado pelo acesso, seja bem-vindo.
O autor do texto falou em prepotência e eu acho que esse foi o ponto chave do disco. A ideia é revolucionária: contar a história da música americana tocando essa música com símbolos das mais variadas vertentes, mas acho que o ego falou mais alto, parece que os caras não quiseram tocar a bola com os convidados, talvez essa coisa de "herói do rock" tenha deixado Dave meio deslumbrado mesmo. Em tempo: existem caras muito mais competentes fazendo muito mais pelo rock atualmente do que o próprio Grohl, vide Jack White e Mike Patton. A questão é que carisma e vontade de aparecer fazem toda a diferença...
ResponderExcluirConcordo plenamente com a crítica. Depois da paulada que foi o Wasting Light ouvir esse treco não foi fácil.
ResponderExcluirIdeias repetidas, pegada forçada... praticamente nada salva. Tb só gostei da Outside.
Sempre desconfio quando o marketing vêm antes da música...
ResponderExcluire aí está o resultado, realmente um disco muito aquém do já clássico Wasting Light.
Eu ja achava metade do Wasting light chato rs.....sempre achei q eles fazem cds medianos com músicas boas e ruins..mas esse novo se superou em ser chato!
ResponderExcluirEu prefiro Dave Ghrol na cozinha: Nirvana, Killing Joke, Probot, Queens of Stone age que o digam. Abraço. Muito boa a crítica.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSonic Highways tão chato quanto Ghost Stories. Só salvou Outside, que mesmo assim não achei a melhor coisa do mundo. Tô até ouvindo Lazaretto pra voltar ao meu estado de espírito normal.
ResponderExcluirEu acho que as músicas funcionam muito bem separadas como estão sendo apresentadas no documentário, pois vc está sendo bombardeado com as informações sobre a cultura norte americana e isso enriquece muito. Não funcionou muito bem como um disco. Há músicas excelentes sim como Congregation, In The Clear e I Am River. Sonic Highways me parece a versão extendida do Sound City. Ideia genial, mas o que vale mesmo é o documentário.
ResponderExcluirTive a mesma sensação do meu xará acima, o Dave Grohl tentou levar para o Foo Fighters a idéia do Sound City.
ResponderExcluirEu até gostei do álbum, ficou meio experimental para uma banda como o FF, mas é inevitável pensar que a banda consegue fazer melhor que isso. Não tem um hit sequer no álbum, uma "These Days" ou uma "Walk"... Isso fez falta.
Não vou deixar de ouvir e curtir e irei ao show em janeiro, porém, quando ouvimos um álbum de uma banda, simplesmente gostamos e já queremos o próximo, tem algo errado.
Acho que Congregation e Outside são as duas melhores músicas do álbum.
Na primeira vez que ouvi o disco todo não curti, achei fraco.
ResponderExcluirMas depois de duas, três audições já achei ele beem melhor, agora gosto de todas as músicas, menos da In A Clear, êêê musiquinha fraca.
Congragation, Outside, the Feast and the Famine e what did i do/god as my witness são muuuito fodas!
Problema é comparar com o anterior, ouvir esperando Wasting light foi a ruína de muita gente que criticou negativamente o álbum... Ouçam agora depois de quase 10 anos, álbum é ótimo! Sempre achei ele mediano, somente bom, hoje acho ele ótimo, inferior ao Wasting Light que acho o melhor da banda, mas é um ótimo álbum!
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