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Mostrando postagens de outubro, 2016

Ouça “Atlas, Rise!”, mais uma inédita do Metallica

O Metallica divulgou a terceira canção que estará em seu novo disco, Hardwired … To Self-Destruct , com data de lançamento marcada para o próximo dia 18 de novembro. Depois de “Hardwired" e “Moth Into Flame”, temos agora “Atlas, Rise!”. Com mais de seis minutos e meio de duração, trata-se de uma faixa que revisita a veia thrash da banda, com inserção de alguns elementos de NWOBHM, notadamente na ponte antes do refrão e na excelente interação de guitarras que surge na parte final. Aumente o volume, coloque o fone de ouvido e ouça abaixo:

Quadrinhos: Y, O Último Homem

Como seria o mundo sem homens? Essa é uma das questões que o roteirista Brian K. Vaughan e a desenhista Pia Guerra tentam responder em Y: O Último Homem , história em quadrinhos criada por ambos e que é considerada uma das melhores HQs dos anos 2010. Publicada nos Estados Unidos entre setembro de 2002 e março de 2008, a série saiu no Brasil pela Panini em dez encadernados lançados entre 2009 e 2012. Agora, a editora está trazendo de volta a obra de Vaughan e Guerra em luxuosos álbuns de luxo com capa dura.  Com o subtítulo Edição de Luxo, o primeiro volume chegou às livrarias em setembro de 2015 e reuniu em suas 260 páginas os dois primeiros arcos da trama, chamados Extinção e Ciclos . Já o segundo chegou em julho deste ano, e em suas 320 páginas compilou os arcos seguintes, Um Pequeno Passo e A Senha . A história explora uma ideia que remete ao livro The Last Man , ficção científica pós-apocalíptica escrita em 1826 por Mary Shelley, a romancista inglesa que tem com...

Judas Priest e o disco que redefiniu o heavy metal

É impossível questionar a importância que Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward tiveram para o desenvolvimento do que hoje chamamos de heavy metal. Ainda que bandas como Cream, Blue Cheer, Jeff Beck Group e principalmente o Led Zeppelin tenham lançados álbuns importantes anteriormente, e por isso muitas vezes também levem a alcunha de “pioneiros”, todos os cinco (ou seis) primeiros discos do Black Sabbath, lançados na primeira metade dos anos 1970, continham peso e agressividade incomparáveis para a época, ajudando a definir o gênero - e praticamente todos os seus subgêneros por tabela - e permanecendo influentes até os dias de hoje. Mas há outra banda fundamental de Birmingham, na Inglaterra, surgida pouco depois das citadas, mas que há 40 anos atrás lançou um disco que, ainda que tenha passado longe de ser um grande sucesso, mudaria completamente o curso da história da música pesada. Isso sem falar que, junto ao também aclamado Rising , do Rainbow, deu ao est...

Discoteca Básica Bizz #068: Public Image Ltd - Metal Box (1979)

A origem da expressão "álbum musical" está nas velhas coleções de discos de 78 RPM, que vinham reunidos em uma capa única, como um álbum fotográfico. Foi na virada para a década de 1970 que um outro tipo de disco associou-se ao termo: o álbum conceitual, tara dos progressivos, com suas suítes, capas duplas ilustradas, encartes e outros bichos em torno de um mesmo tema (para distrair o ouvinte da banalidade do som, segundo um crítico). Pois a capa deste Metal Box recupera, maldosa e paradoxalmente, as duas noções: o conceito é o desconcerto, um disco triplo (em 45 RPM) sem roteiro fixo de audição, saudavelmente desordenado como seu próprio som. E ainda por cima metido num container de segurança (ideia também sugerida no lúgubre e contemporâneo Fear of Music , dos Talking Heads) - para proteger-nos da música corrosiva ou para protegê-la do ouvinte? Tanto o invólucro encanta que a Second Edition do disco, em LP duplo com capa convencional (incluindo letras), parece p...

As 10 melhores capas de álbuns de bandas progressivas

Grandes capas de discos adquirem status de obras de arte por mérito próprio, acrescentando profundidade e significado aos álbuns que embalam. Enquanto as músicas fornecem um trampolim para a imaginação do ouvinte, as capas das bandas progressivas ajudaram a eliminar fronteiras e definiram novos padrões estéticos. Abaixo estão as dez melhores. 10 Caravan - In the Land of Grey and Pink (1971) A graciosa ilustração de Anne Maria Anderson e sua colorização delicadamente suave trocam o clima idílico explorado até então pelo Caravan por uma fantasia ao estilo de J.R.R. Tolkien. Evocativa e graciosa, é curiosamente desprovida de pessoas. Talvez elas estejam todas em outro lugar, curtindo uma atmosfera romântica em um campo de golfe invisível? 9 The Nice - Elegy (1971) Definindo grande parte da sofisticada linguagem visual multi-camadas dos anos 1960 e 1970, o estúdio criativo Hipgnosis não pensou em fugir do deserto para montar uma duna ondulante com bolas estrat...

Quadrinhos: Xampu, de Roger Cruz

Xampu é uma HQ quase biográfica escrita e desenhada por Roger Cruz, artista brasileiro que já assinou diversos trabalhos para a Marvel e para a DC. A trama conta a história de uma turma de amigos adolescentes na São Paulo dos anos 1980 e 1990, tudo regado com doses cavalares da tríade sexo, drogas e rock and roll. São inúmeras referências à cena musical do período, com discos, bandas e músicas sendo citados à toda hora. Os próprios personagens estão inseridos na cena, com bandas e shows que acontecem em casas reais do período - inclusive a Rock Brigade é citada em certo momento. O ponto forte de Xampu é tratar dos anseios, medos e sonhos universais da adolescência. Assim, as contextualizações temporal e regional são apenas molduras para algo muito maior: o vazio sobre o futuro, a luta em busca dos sonhos, os primeiros amores, experiências sexuais marcantes e muito mais. A forma como Roger Cruz conta tudo isso, com um texto simples, direto e sem muitos floreios, e com um...

O ocaso de uma grande banda: o que está acontecendo com o Sepultura e os irmãos Cavalera?

Em 1996, o Sepultura era uma das bandas mais inovadoras e vanguardistas do heavy metal. Com a trinca Arise (1991), Chaos A.D. (1993) e Roots (1996), o quarteto natural de Belo Horizonte e formado por Max Cavalera, Andreas Kisser, Paujo Jr. e Igor Cavalera crescia a cada minuto, e era apontado por todos como uma espécie de novo Metallica, o próximo nome a estourar no metal.  E realmente explodiu, só que da maneira errada. O ego inflado, as diferenças sobre os rumos do grupo e as questões familiares envolvendo Max e sua esposa Gloria, também manager da banda (a morte traumática e repentina do enteado de Max, Dana, foi o gatilho final desse processo), levaram o Sepultura a se dividir, com o vocalista deixando a banda enquanto o trio restante ficou sem rumo. Pausa, casa arrumada, Derrick Green como vocalista e a retomada da carreira. Do outro lado, Max intensificando a sonoridade de Roots com o Soulfly e seguindo a vida com uma nova banda nos Estados Unidos. Entã...

Review: Leonard Cohen- You Want It Darker (2016)

Nós, seres humanos, somos jogados nesse mundo sem nada compreender e cheios de confusão, confusão que só faz aumentar quando a passagem dos anos não traz consigo nenhum sinal de sentido. Pois é. Porém, se a luz do esclarecimento for inalcançável afinal, ao menos através da poesia podemos entrar em contato com um estado de, digamos, "reconhecimento". Articulando na forma escrita toda essa peculiar barafunda, onde prazer e dor e alegria e tristeza convergem e se alternam de maneira tão curiosa, o poeta se presta à (muitas vezes ingrata) tarefa de encarnar uma persona literária que dá voz e forma a tais sensações conflitivas. Por outro lado, que tarefa inglória a do poeta, de se fazer entender! Dylan, recente Nobel em literatura, por exemplo, é repetidamente e veementemente retratado como um dos principais baluartes da "canção de protesto". Ele, por sua vez, diz que não tem nada a ver com isso. " Minhas canções são sobre a vida ", afirma, "...

Capas de álbuns clássicos recriadas com personagens de Pokémon

Sim, isso mesmo que você leu: a ideia está sendo postada na página Pokécovers no Facebook, e brinca com capas de discos históricos que ganham novos contornos com a inserção de personagens da série Pokémon. Uma ideia legal, bem legal, e que gerou um resultado divertido e curioso. Abaixo, alguns exemplos:

Discoteca Básica Bizz #067: Genesis - The Lamb Lies Down on Broadway (1974)

Esta é a terceira vez que um grupo progressivo clássico chega à Discoteca Básica. Por mais controversa que seja a posição deste movimento dentro da história do rock, ele marcou seus tentos. The Lamb Lies Down on Broadway faz parte do score favorável ao time dos dinossauros. Antes de The Lamb Lies Down on Broadway , o Genesis já havia superado sua imagem de mera college band inglesa dos anos 1970 com Nursery Crime (1971), em que estabeleceu as coordenadas de seu estilo particular a partir da formação mais consistente do grupo - Peter Gabriel (voz, letras), Steve Hackett (guitarra), Phil Collins (bateria), Michael Rutherford (baixo) e Tony Banks (teclados). Este estilo, para quem gosta de etiquetas, carregaria sem problemas a marca de "rock programático", ou seja, uma música de intenções pop inspirada por uma ideia não-musical, uma espécie de descrição de imagens elaborada através dos sons. Esta trilha sonora das letras alegóricas de Gabriel - que se colocava em...