Wander Wildner posta texto sobre os problemas ocorridos em show em bar paulista


Wander Wildner finalmente se pronunciou sobre os problemas ocorridos no show realizado na Fatiados Discos & Cervejas Artesanais durante um show ocorrido sábado, onde o músico gaúcho teve a apresentação interrompida após ser acusado de proferir ofensas machistas e racistas ao público.

Após manifestações do produtor de Wander e do proprietário do bar onde o show ocorreu, trazemos a versão do próprio músico.

A declaração de Wander Wildner está na íntegra abaixo:

"Eu gostaria aqui de me manifestar sobre a bola de neve que se formou em cima de uma opinião postada na rede social por um dono de bar onde me apresentei sábado (na opinião dele eu tinha sido racista e machista). Ele postou isso domingo, eu li e fiz um post dizendo que o que tinha acontecido tinha sido um mal entendido, até porque não sou racista nem machista. Ele retirou o post no domingo mesmo, mas na rede continuou a discussão. Não imaginei que um mal entendido tomasse tamanha proporção, até porque ele retirou o post da rede. Pensei que ele tinha se tocado da besteira que fez e fiquei tranquilo. Mas como na rede a história tomou uma proporção maior tenho que explicar o que aconteceu. O som do lugar estava péssimo e fiquei varias vezes no começo do show tendo que parar e arrumar. Acho quase que certamente que o dono do bar não gostou das minhas reclamações. Meus shows solos são repletos de textos, histórias engraçadas e comentários entre as músicas. No final da música “Eu queria morar em Beverly Hills” eu termino sempre pedindo uma bebida para a Daryl Hannah (personagem da música), e nesse dia eu disse para a personagem da música “Traga-me una IPA, sua vadia”, fazendo uma alusão ao fato de Daryl estar namorando o Neil Young, o que levou ao fim um casamento de muitos anos dele com Pegi Young e como fan isso me tocou. Talvez quase que certamente eu não devesse tratar ela como vadia, sorry Darryl. E aqui estendendo as minhas sinceras desculpas a todas as mulheres. Seguindo a história, em outro momento do show antes da música “Mares de cerveja” eu costumo pedir uma cerveja para brindar com o público. Nesse bar trabalha um amigo e parceiro meu, que é negro, e eu fiz uma cena, olhando pro dono do bar dizendo - aquele teu funcionário negro está aí? Daí olhei para o público e disse – eu chamo ele de negro e ele me chama de alemão, e não temos problema nenhum com isso. Ok, talvez quase que certamente não devesse ter feito esse texto, sinto muito.


No final do show olhei para o dono do bar e disse – já que nenhuma vadia me trouxe uma cerveja vou cantar a última música. Daí ele desligou o som, o show acabou e eu fui embora. Talvez com certeza não devesse me referir ao dono do bar como vadia, mas minha maior chateação na verdade desde o começo era com ele. O Tribunal do facebook de Tom Zé acabará de me julgar... Minha decisão de não falar textos entre as músicas está tomada, porque podem haver mal entendidos, o que não é nada legal. Reforço pedido de desculpas pelo ocorrido.


Aproveito também para colocar o depoimento do jornalista Mauro Garcia Dahmer, presente no show: Eu estava lá e a história foi mais ou menos assim: O show estava marcado para as 19h00. O Wander chegou às 18h30 e a casa estava lotada. Não havia técnico de som e o equipamento não estava montado. O Wander começou ele mesmo a montar tudo e o show começou pontualmente às sete da noite. Às sete e meia chegou o Alan (dono da casa) e surpreso perguntou "já começou?". O som da casa é ruim e começou a apitar e foi apitando até a última música com várias paradas e mesmo assim o público todo se divertindo pra caraca... Mas quem conhece o Wander percebeu que ele estava ficando irritado... Pediu uma cerveja e nada, outra cerveja e nada, nem água... Ele operando o som e tocando... Todo mundo bebendo vinho, cerveja artesanal e a casa ganhando dinheiro. Mais ou menos na metade do show o Wander começou a fazer piadas bem mal humoradas para o dono da casa..."O Negão que trabalha pra ti não pode me trazer uma cerveja? (até onde sei o Malásia e o Wander se tratam de Negão e Alemão desde que se conhecem). O show foi ficando cada vez mais punk mas o público seguia se divertindo e achando tudo engraçado mesmo com as paradas pelo som ruim. Nesse momento eu já estava do lado de fora porque não aguentei tanta microfonia...Começou a tocar Daryl Hanna que é uma música que narra uma paródia de um playboy que quer morar em Beverly Hills. É uma paródia ao machismo consumista e a última fala da letra é "Traga-me tequila babay", e foi aí que o Wander, dentro do personagem, largou um "já que nenhuma vadia me trouxe cerveja vou fazer a última canção". O Alan ficou puto da cara e cortou o som... --> fato: ninguém vaiou ou reclamou de machismo ou racismo durante o show porque era evidente que o Wander estava reclamando da casa e lutava contra o som ruim e a falta de cerveja. O show estava lotado de mulheres e nenhuma me pareceu ofendida ou demostrou isso. O Alan publicou no Facebook só a versão dele sem contar o contexto e depois apagou do mas daí o tribunal já estava armado. A casa é legal e o Alan é gente fina e preocupado com questões sociais mas o Wander, com razão, estava puto da cara com o tratamento e a falta de atenção da casa ao trabalho do artista --> conclusão: se eu fosse feminista não tentaria formular discursos numa briga de dois punkrockers sem ter visto a cena. Foi um bate boca de machos daqueles que qualquer mulher com juízo deveria evitar. A banda do Wander em SP é um trio composto por ele e duas mulheres fodonas que mandam na banda e fica bem difícil acusar ele de machismo, ainda mais porque não houve discurso nenhum... Foi mais ou menos isso. Uma bobagem que o tribunal do facebook repercutiu sem ver ou saber os fatos″.

Comentários

  1. Só prova duas coisas, uma é o Wander continua punk, macho, amigo de negão e apoia mulheres, e o outro ex-punk aviadou no mimimi do politicamente correto de virou fofoqueirinha vitimista de redes sociais. Nem pra empresário serve, menospreza e trata mal o músico, não cumpre a qualidade do som, pra banda e clientes. Brasileiro fdp.

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  2. Mais um filho da puta que trata o músico como lixo. Bom saber, não vou comprar uma pipoca nessa porra de loja.

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  3. Wander e´um alemão bebado, mais machista e racista não

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