Entre as bandas que executam o que podemos chamar de
metal tradicional retrô, o Stereo Nasty certamente é uma das mais divertidas. Após
a estreia com Nasty by Nature (2015), os irlandeses retornaram em 2017 com
Twisting the Blade – ambos os discos foram lançados recentemente em CD no Brasil pela Hellion Records.
O que se percebe logo de cara em Twisting the Blade é que
tudo que já era bom no primeiro disco, aqui ficou melhor ainda. As músicas
estão maduras, a evolução da banda é clara em todos os aspectos. Além disso, a
produção é bem melhor.
Temos um álbum curto, com apenas 34 minutos e nove
faixas, e que vale o investimento. A abertura com “Kill or Be Killed” já mostra
serviço. O riff e o clima Accept de “No One Gets Out Alive” tornam a canção um
destaque imediato. “Reflections of Madness” une o speed metal às mudanças de
andamento e à enxurrada de riffs do thrash, enquanto a ótima “Through the Void”
é uma espécie de balada thrash metal. Falando no gênero, a abordagem do grupo
nesse segundo disco conversa, em diversos momentos, com a onda de bandas que há
poucos anos revisitou o estilo e teve como principais expoentes nomes como o Toxic Holocaust. “Hauting
the Night” é um exemplo claro dessa aproximação.
Twisting the Blade é um disco muito bom, e que agradará
sem muito esforço qualquer fã de heavy metal, principalmente quem curte a
pegada dos anos 1980. Recomendo fortemente!
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