Review: Entombed – Live Clandestine (2019)

O Entombed é, facilmente, uma das bandas mais influentes do death metal. Com ao menos três clássicos na bagagem – Left Hand Path (1990), Clandestine (1991) e Wolverine Blues (1993) -, o grupo sueco fez o gênero conversar com o rock de garagem no início dos anos 1990, dando origem a um novo estilo batizado como death ‘n’ roll. Além disso, seus integrantes exploraram outros gêneros e atividades, como o baterista, guitarrista e vocalista Nicke Andersson com o The Hellacopters, o Imperial State Electric e o Lucifer, e o vocalista Orvar Säfström, que se transformou em um respeitado jornalista especializado em cinema e vídeo games.

Clandestine, segundo álbum dos caras e um dos melhores discos da história do death, foi revisitado pela banda em um show que celebrou os 25 anos do trabalho. O disco traz as nove faixas originais e mais a clássica “Left Hand Path” no encerramento, todas tocadas pela atual formação do Entombed: o trio original Nicke na bateria e a dupla de guitarristas Alex Hellid e Uffe Cederlund, mais Robert Andersson no vocal (irmão do baterista) e o baixista Edvin Aftonfalk, ambos também da banda de death metal sueca Morbus Chron.

Os andamentos são ligeiramente mais rápidos e percebe-se uma agressividade mais latente. Os timbres densos e as pequenas mudanças no modo de executar alguns trechos refletem a maturidade e a experiência adquiridas em mais de um quarto de século na estrada. Apesar de ser um registro ao vivo a fidelidade técnica salta aos olhos, com as canções não soando sujas e nem desleixadas ou confusas, como alguns discos ao vivo de bandas mais extremas costumam soar. Mérito da produção, feita pela própria banda.

Live Clandestine está sendo lançado no Brasil pela Hellion Records em uma edição que traz encarte com todas as letras e o cuidado gráfico e respeito com o colecionador e com a parcela do público que segue adquirindo mídia física, características sempre marcantes no trabalho da gravadora.

Se você é fã de death metal, um item obrigatório. Se coleciona metal, uma adição de respeito ao seu acervo. E se é aficionado pelo Entombed, uma peça indispensável!