Review: Children of the Sün – Flowers (2019)



O Children of the Sün é um septeto sueco que tem como objetivo trazer de volta a sonoridade e o clima Flower Power dos anos 1960. Traduzindo para quem não entendeu: a ideia da banda é resgatar a atmosfera hippie em todos os sentidos, do figurino à música, passando logicamente pelas boas vibrações.

Flowers, disco de estreia da "família", saiu em julho de 2019 na Europa e chegou ao Brasil no final do ano passado pela Hellion Records. O álbum traz oito músicas com influências de ícones como Janis Joplin, Renaissance e Joni Mitchell, sempre com os vocais de Josefina Ekholm Berglund em primeiro plano. Percebe-se também elementos das aventuras agrestes do Led Zeppelin na canção que dá título ao disco, onde a guitarra bebe diretamente da veia de Jimmy Page, além de ecos de Crosby, Stills, Nash & Young aqui e ali.

A questão é que, por todas essas características mais atmosféricas, psicodélicas e hippies, Flowes acaba sendo um disco que conversa com um nicho muito específico de ouvintes. Sua sonoridade, que traz inegavelmente bons momentos em músicas como “Hard Workin Man”, acaba soando bastante hermética para quem não está habituado a esse clima mais bicho grilo.

Relaxante em alguns momentos e cansativo em outros, Flowers acaba soando como um primeiro álbum apenas mediano de uma banda que possui potencial para crescer, mas precisa, sem dúvida, aprimorar a sua música e torná-la mais eficiente e atrativa.

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