Review: Haken – Virus (2020)


Este é o primeiro álbum do Haken a não "evoluir" o som, no sentido de que não introduz nada realmente novo que não tenhamos ouvido nos discos anteriores da banda inglesa. Como se trata de uma sequência direta do último disco, Vector (2018), faz sentido que seja assim.

Na verdade, os dois álbuns funcionam extremamente bem juntos. Tudo o que foi feito em Vector é intensificado aqui, com o grupo mergulhando no djent e até em algumas influências de thrash metal. Pode-se dizer que Virus é ainda mais denso, embora um pouco mais longo. Trata-se de um trabalho sem nada desnecessário e fora de lugar, um disco sem frescuras e que é apenas um belo e bem dado soco no rosto do ouvinte.

Algumas faixas se destacam: o belo trabalho vocal de “Invasion” merece menção, o labirinto de sons apresentado em “Carousel” e os mais de dezessete minutos da suíte de cinco partes “Messiah Complex”.

Ao lado de nomes como o Caligula’s Horse, Leprous, Thy Catafalque, Ne Obliviscaris, Between the Buried and Me e alguns outras, o Haken conduz o prog metal por caminhos que mantém o estilo interessante ao associá-lo com outros gêneros sem abrir mão de sua essência.

A nova década do metal progressivo começou em altíssimo nível e merece um brinde em alto e bom som.


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