Review: UFO – Strangers in the Night (1979)


Strangers in the Night
é um álbum ao vivo monumental. Originalmente lançado em janeiro de 1979 embalado em um encarte desenhado pelo estúdio Hipgnosis, para muitos críticos e fãs supera outros registros ao vivo icônicos da década de 1970 como o lendário Live and Dangerous do Thin Lizzy e o energético If You Want Blood You’ve Got It do AC/DC, o controverso Unleashed in the East do Judas Priest e a explosão definitiva do Kiss em Alive!.

Não há momentos fracos da gravação, que foi originalmente capturada por Ron Nevison ao longo de seis noites em outubro de 1978 no coração da América enquanto os ETs do UFO abalavam Chicago, Kenosha, Youngstown, Cleveland, Columbus e Lousiville.

O plano original previa um disco simples ao vivo, no entanto, baseado nas fortes vendas de Live and Dangerous, os chefões da gravadora Chrysalis deram a Nevison luz verde para expandir Strangers in the Night para um álbum duplo. E que sacada foi essa! Como resultado, para preencher os quatro lados inteiros do vinil, "Mother Mary" e "This Kid's" foram gravadas no estúdio Record Plant e Nevison habilmente mixou o ruído gravado da multidão do show de 13 de outubro em Chicago, no International Amphitheatrer.

O resultado mostra o UFO voando a alturas inimagináveis. O setlist se beneficia de uma riqueza de canções fortes vindas dos cinco LPs de estúdio lançados pela banda nos anos 1970 pela Chrysalis, devidamente turbinadas pela experiência das turnês passadas. A formação clássica com o vocalista Phil Mogg, o guitarrista Michael Schenker, o baixista Pete Way, o baterista Andy Parker e o tecladista Paul Raymond leva cada música a um novo nível até então inédito.

Apresentando a implacável "Let it Roll", a imponente "Love to Love", a contagiante "Natural Thing", a ricamente arranjada "Out in the Street", o rock de arena "Only You Can Rock Me", o hard clássico de "Doctor Doctor", a cativante "I'm a Loser", o violento ataque de "Lights Out", a devastadora "Rock Bottom", o hino "Too Hot to Handle" e a ação final de" Shoot Shoot", Strangers in the Night é um assalto antológico de hard rock de proporções épicas.

Infelizmente, o disco marcou o fim da linha para o temperamental Michael Schenker, quando o introvertido guitarrista alemão deixou o UFO após o lançamento do LP duplo em 1979 e embarcou em sua carreira solo, com retornos ocasionais à banda.

O melhor álbum ao vivo de todos os tempos? Não sei, mas que é um forte candidato, isso é.


Comentários

  1. UFO banda subestimada ao extremo, descobri essa banda em um Pub tomando cerveja artesanal ai rolou Space Child...pqp...conquistou na hora meus ouvidos. Na segunda comprei um box com todos os álbuns, Graças a Deus.

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  2. Certamente dentre os três melhores ao vivo do rock dos anos 70. Puta disco de uma banda que não tem o reconhecimento que merece.

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  3. Éh o melhor ao vivo definitivamente

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  4. N Tem reconhecimento aqui n Brasil , pq lá fora é considerada clássica c os grandes !

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  5. Para mim o melhor disco ao vivo da historia do Rock

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