As bandas clássicas e veteranas ainda podem nos entregar álbuns condizentes com as suas histórias?

O brasileiro adora metal clássico. O pessoal aqui gosta de rock antigo, produzido há décadas atrás. Idolatra sempre as mesmas bandas, sempre os mesmos discos, olhando com um preconceito enorme para tudo que é considerado “novo” - entre parênteses mesmo, já que esse rótulo enquadra bandas com quase duas décadas de vida, como o Slipknot, por exemplo, um dos maiores nomes da história do metal e que por aqui é visto por desconfiança ainda devido às suas inovações e experimentos sonoros, a ponto de alguns questionarem a classificação da banda como heavy metal.

Esse cenário é comprovado pela mídia especializada que cobre o hard rock e o metal aqui no nosso não tão justo país tropical. Basta dar uma olhada nas bandas mais acessadas do Whiplash, maior site brasileiro dedicado ao gênero, para ver como os fãs de som pesado olham pelo retrovisor e, raramente, para frente. Ao mesmo tempo, uma cena efervescente transborda com grupos atuais e no auge de sua criatividade, que passam praticamente batidas pela maioria dos leitores de sites e revistas nacionais. Nomes que são idolatrados lá fora, como o Mastodon, por exemplo, e que por aqui não conquistaram um público ainda maior em grande parte pelo fato deste público não fazer nem ideia que a banda existe, ou, os que sabem, ficarem com um pé atrás sem ao menos ouvir a sua música. É nesse aspecto que o papel da imprensa especializada é fundamental, levando ao conhecimento dos fãs trabalhos diferenciados e que merecem ser conhecidos, o que, com raríssimas exceções, não acontece no nosso mercado dominado por sites e revistas com linhas editoriais antiquadas.

Tendo tudo isso em mente, vale a pena pensar se as bandas clássicas do hard e do metal ainda estão produzindo material que condiz com as suas histórias. Ou, sendo mais direto: os veteranos ainda tem combustível para queimar? Para tentar responder essas perguntas, analisamos abaixo como andam as carreiras de vinte dos maiores nomes da música que tanto amamos. Levamos em conta somente os discos com músicas inéditas lançados pelas bandas nos últimos anos, e, em cima do que nos foi entregue nesses trabalhos, chegamos a conclusões sobre cada um dos casos. Vamos a eles:


O culto à bandas como os Beatles e o Led Zeppelin é perfeitamente compreensivo. Apesar de não estarem mais na ativa há décadas, ambas fazem parte da vida de milhões de pessoas. E mais: são portas de entrada para as novas gerações conhecerem o universo do rock. O que incomoda é o fato de, em pleno 2014, ainda termos indivíduos insistindo em uma reunião do grupo. Isso nunca irá acontecer, e a razão fica clara ao ler qualquer livro mais aprofundado sobre a história do quarteto, como o fenomenal Quando os Gigantes Caminhavam Sobre a Terra, escrito por Mick Wall. Robert Plant é contra, e assim será até o fim dos tempos. E, enquanto os saudosistas dispensam energia sonhando com isso, Plant grava um álbum melhor que o outro nos últimos anos. Page, por sua vez, é o próprio Led Zeppelin em pessoa, e segue fuçando no arquivo da banda. Em 2014 o grupo voltará ao noticiário com o relançamento de toda a sua discografia, que, segundo Page, conterá com muito material inédito. O fato é que o Led Zeppelin não teve tempo para gravar algo que maculasse a sua quase perfeita discografia. Quando dava sinais que desceria ladeira abaixo com o mediano In Through the Out Door (1979), encerrou as suas atividade devido à morte do baterista John Bonham. Desde então, periodicamente itens inéditos e especiais do grupo chegam às lojas, saciando momentaneamente o apetite de sua imensa legião de fãs.


Após quase duas décadas gravando discos, no máximo, simpáticos, o Deep Purple retomou o rumo em 2013 com o surpreendente Now What?!, seu melhor trabalho desde Purpendicular, de 1996. Com integrantes beirando os setenta anos e renovado pelos “jovens” Steve Morse e Don Airey, o Purple segue na estrada porque a música é vital não apenas para os seus fãs, mas, sobretudo, para o trio Ian Gillan, Roger Glover e Ian Paice. Se pararem, a razão de suas existências se extinguirá. É a banda que os mantém vivos e ativos, mental e fisicamente. O que não dá para entender é pessoas que cobram que o grupo grave, em pleno século XXI, trabalhos à altura de clássicos como Machine Head, In Rock e Burn. Isso não acontecerá, por mais difícil que seja colocar essa verdade na cabeça dos mais fanáticos. Mantendo-se no ótimo nível que alcançaram com Now What?!, o Purple ainda se mostra capaz de oferecer grandes momentos musicais para os seus admiradores.


Após 35 anos de espera, o Black Sabbath finalmente gravou um novo disco com Ozzy. 13 surpreendeu por mostrar a banda além da expectativa, com um álbum excelente e que fez jus à clássica discografia do grupo, soando superior até mesmo a trabalhos medianos lançados durante a década de 1970 como Technical Ecstasy (1976) e Never Say Die! (1978). Depois disso, tudo que vier será lucro. Pelos sinais emitidos, é muito provável que 13 tenha sido o último álbum de estúdio do Black Sabbath, fechando a sua influente carreira. E foi um encerramento em alto nível.


O Kiss atravessou diversas fases em seus quarenta anos de vida. Foi hard seminal nos anos 1970, flertou com o pop e a disco, virou glam na década de 1980 e ensaiou uma volta às origens nos anos 1990, concretizada, pelos menos musicalmente, somente em seus dois últimos discos. Tanto Sonic Boom (2009) quanto Monster (2013) trouxeram a banda de volta ao hard rock básico, simples e sem firulas, calcado em melodias fortes e refrãos grudentos. O bom momento atravessado pela atual formação aponta para mais alguns anos de diversão para quem curte rock. Só nos resta torcer para que a indicação ao Rock and Roll Hall of Fame não dê combustível para um novo retorno de Ace Frehley e Peter Criss. Isso seria o pior que poderia acontecer a essa altura do campeonato para a banda, vide o ótimo nível de seus dois últimos discos.


O AC/DC está repousando em berço esplêndido desde 1995, saindo da toca apenas para intervenções certeiras de tempos em tempos. Tanto Stiff Upper Lip (2000) quanto Black Ice (2008) foram álbuns excelentes, que mostraram que a banda dos irmãos Young ainda é capaz de se manter no alto nível de seus tempos áureos. A julgar pelo longo intervalo entre cada novo disco, é de se esperar que o próximo, se algum dia sair, mantenha a qualidade lá em cima. Vamos ligar os amplificadores novamente, Angus?


O Judas Priest vive apenas de turnês nos anos recentes. A saída do guitarrista original K.K. Downing, substituído por Richie Faulkner, parece ter renovado a banda, e é a esperança para que o grupo saia da fase sem inspiração que vive desde o retorno de Rob Halford, em 2003. Os dois discos gravados desde então, o mediano Angel of Retribution (2005) e o megalomaníaco e fraquíssimo Nostradamus (2008) fazem com que todos os prognósticos apontem para as piores expectativas, apesar da eterna esperança dos fãs. O próximo álbum está sendo gravado neste momento, e se repetir o que a banda mostrou em seus dois últimos discos, será a prova irrefutável de que o Judas não tem mais nada de relevante a entregar para os seus admiradores.


Dizem que Ramones, AC/DC e Motörhead gravam sempre os mesmos discos. Não há problema algum nisso, desde que tais álbuns sejam bons. E a banda de Lemmy se mostrou afiadíssima em seus dois últimos trabalhos, The Wörld is Yours (2010) e Aftershock (2013). Com o veterano vocalista e baixista bigodudo dobrando o cabo da boa esperança devido a problemas de saúde cada vez mais graves e frequentes, cada novo álbum do Motörhead pode ser o último. Talvez por isso, a banda tem se mostrado mais visceral do que o costume em suas gravações recentes. Lemmy já declarou que gostaria de morrer no palco. Seus problemas cardíacos não combinam com a extenuante turnê que a banda programou, com 18 shows entre o início de fevereiro e meados de março. Não brinque com fogo, Lemmy ...


Aqui temos um caso exemplar de como a demanda de mercado pelo chamado classic rock pode redefinir a carreira da uma banda. Após mais de 20 anos de brigas com David Lee Roth, o Van Halen voltou à ativa em 2012 com A Different Kind of Truth, seu primeiro álbum com canções inéditas em 14 anos. Apesar de que o termo “inéditas” não se aplica muito bem à maioria das faixas do disco, já que metade eram composições antigas retrabalhadas e apresentadas para o público após décadas de sua criação. O Van Halen explora com precisão o saudosismo de seu público, tocando exaustivamente nos Estados Unidos e não fazendo a menor questão de sair do país. Enquanto isso, devido à boa aceitação de ADKOT, deve seguir a mesma receita nos álbuns que, espera-se, lance nos próximos anos.


O que acontece com o Iron Maiden é um caso a ser estudado. Os últimos discos da veterana banda inglesa, principalmente The Final Frontier (2010), mostram o grupo seguindo e experimentando novos caminhos sonoros. Mas, é claro, essa atitude não foi bem aceita por uma parcela dos fãs e jornalistas brasileiros, que parecem esperar que a banda grave um novo The Number of the Beast a essa altura do campeonato. The Final Frontier foi aclamado na Europa, enquanto aqui no Brasil, salvo raras exceções, levou pedradas de todos os lados. Apesar disso, é inegável que o Maiden mantém-se ativo e criativo nos últimos anos, deixando o lado clássico em suas turnês e investindo no novo em seus discos, e deve continuar provocando seus admiradores com trabalhos surpreendentes - para descontentamento da maioria deles, diga-se de passagem.


A carreira solo de Ozzy sempre primou pela inovação e pelo desejo de sair do lugar comum. Porém, o Madman parecia ter perdido a mão nos últimos anos. A saída do guitarrista Zakk Wylde e a entrada do prodígio Gus G. em sua banda solo renovou o apetite do vocalista, que lançou em 2010 um dos seus melhores álbuns, o ótimo Scream. Com todo o gigantismo que envolveu o retorno do Black Sabbath e a indefinição sobre o futuro da banda, ainda não se sabe quando Ozzy retomará a sua carreira solo. Mas o que se espera é que, mais uma vez, o Príncipe das Trevas mostre que está atualizado com o que anda acontecendo no cenário musical.


Saudado com críticas positivas, Sacrifice (2013) conseguiu apagar a má impressão deixada por Call to Arms (2011). Os veteranos da NWOBHM vem de uma boa fase, gravando discos consistentes nos últimos anos. Por isso, soa estranho o lançamento do projeto Unplugged and Strung Up, que relê sons clássicos do grupo. Olhar para trás em detrimento de focar os olhos no presente é sempre prejudicial. Torcemos para que essa decisão não reflita no bom momento vivido pelo Saxon.


O que acontece com o Accept é atípico. Desde que retornou à ativa com o vocalista Mark Tornillo em 2009, a banda alemã lançou dois dos melhores discos de sua longa carreira - Blood of the Nations (2010) e Stalingrad (2012). O momento mágico vivido pelo grupo tem tudo para durar um longo período, visto que agora estão livres das rusgas com o baixinho invocado Udo Dirkschneider. Renovado, o Accept teve um novo começo com Tornillo, e parece estar disposto a tirar o melhor dessa situação.


O desastre de St. Anger (2003) refletiu de maneira pesada sobre o Metallica. A banda se manteve afastada dos estúdios durante cinco anos, período em que os sempre astutos Lars Ulrich e James Hetfield entenderam que deveriam focar seus shows nos discos clássicos lançados durante a década de 1980 e o best seller álbum preto. Esse direcionamento foi aplicado em Death Magnetic, lançado em 2008 e que foi saudado pelos sedentos e saudosistas fãs como uma volta ao passado. Competente, o disco mostrou ao Metallica um novo caminho mercadológico, que deve ser seguindo nos próximos anos com a criação de novas fórmulas para vender o mesmo produto, como o tão falado show ocorrido na Antártida. Até porque, ao investir mais uma vez em sua inquietude e sede criativa no belo Lulu, gravado ao lado de Lou Reed, a banda foi execrada pelos fãs, em uma prova concreta de que a maioria dos admiradores do quarteto quer mais do mesmo eternamente.


O Slayer sofreu dois duros baques em 2013. Primeiro, perdeu o baterista Dave Lombardo em uma lavagem pública de roupa suja. Depois, a morte do guitarrista Jeff Hanneman encerrou a trajetória do principal compositor do grupo. Seus substitutos, Gary Holt e Paul Bostaph, por mais competentes que sejam, trazem uma mudança na mecânica da banda que será refletida no novo álbum do quarteto, ainda sem data para ser lançado. Os dois últimos discos do Slayer foram bastante celebrados pelos fãs. Christ Illusion (2006) olhou para o maior clássico do grupo, Reign in Blood (1986), e partiu dele para construir grandes canções. E World Painted Blood (2009), mesmo não repetindo a boa performance do álbum anterior, foi um trabalho convincente. Não sei o que esperar deste novo Slayer no estúdio, então aqui o caso é pagar para ver.


O Anthrax possui uma das trajetórias mais erráticas da história do metal. Era para a banda ser enorme, popular ao extremo - afinal, suas excelentes canções praticamente suplicam por isso -, mas as inúmeras e muitas vezes equivocadas mudanças de formação derrubaram tudo o que estava sendo construído, fazendo o grupo recomeçar várias vezes. A última aconteceu em 2011 com o lançamento de Worship Music, álbum que marcou o retorno do vocalista Joey Belladonna e foi muito bem recebido tanto pela crítica quanto pelos fãs. A boa fase tinha tudo para ser mantida, mas os recentes problemas pessoais do baterista Charlie Benante e a saída do guitarrista e produtor Rob Caggiano (que foi para o Volbeat), substituído por Jon Donais, do Shadows Fall, abalaram um pouco as estruturas. O lançamento do morno EP de covers Anthems (2013), que surpreendentemente alcançou um resultado muito inferior a Worship Music, deixou todo mundo com a pulga atrás da orelha. Resta esperar e torcer para que a banda retorne com força total em seu novo disco, ainda sem data de lançamento definida.


Dave Mustaine é um dos maiores compositores e músicos da história do metal. Sua banda, o Megadeth, vinha de bons discos com a dobradinha Endgame (2009) e Thirteen (2011), mas cometeu em 2013 um dos seus piores álbuns, o vexatório Super Collider. Por essa razão, é puro exercício de adivinhação tentar prever qual será o próximo passo do grupo. Mustaine, cabeça-dura como sempre foi, pode querer insistir na sonoridade do último disco e lançar mais um trabalho na mesma linha. Ou, como já fez inúmeras vezes, pode se renovar e voltar com um dos melhores discos do grupo. Façam suas apostas!


Sério que alguém ainda espera alguma coisa do Guns N’ Roses? Os últimos trabalhos dignos de nota da banda - a dupla Use Your Illusion - foram lançados há 23 anos. Em pouco mais de duas décadas dá para uma pessoa nascer, crescer, conhecer o amor de sua vida, ter filhos e fazer um monte de coisas. O Guns, no entanto, desafiou o tempo e não produziu nada digno de nota durante todo esse período. E, a julgar pela alta demanda de público para os shows do grupo, exemplificado pela histeria provocada pelo anúncio da turnê brasileira nos próximos meses, seguirá nesse marasmo por longos anos. Afinal, pra que entrar em estúdio se os fãs se contentam em ouvir versões requentadas das mesmas músicas?


Sem a disputa criativa com Max Cavalera, Andreas Kisser tomou as rédeas do Sepultura e conduziu a banda por caminhos sonoros intrigantes nos últimos anos. Um dos maiores e mais criativos músicos da história do metal, Kisser é a mente criativa por trás de ótimos discos como Dante XXI (2006), Kairos (2011) e The Mediator ... (2013). Enquanto os fãs choram sem sentido pelas mudanças ocorridas em 1996 - há quase 20 anos, já está na hora de superar as mudanças, né não? - e o próprio Max se mostra incapaz de se desapegar da banda (apesar dos bons trabalhos que lançou com o Soulfly, notadamente Enslaved, de 2012), o Sepultura segue inovando e soando surpreendente a cada ano. Um caso clássico de uma banda que faz muito bem em ignorar uma considerável parcela de seus fãs e acreditar em seus próprios instintos criativos.


O Helloween foi o responsável maior pelo nascimento de um dos gêneros mais populares da música pesada, o power metal. O nome da banda está gravado na história através de clássicos como os Keepers lançados na década de 1980. No entanto, refletindo a estagnação vivida pelo power, a banda também passou por momentos de pouca inspiração nos anos recentes. A eterna briga das viúvas de Michael Kiske com seu substituto Andi Deris não faz sentido algum, já que Deris está no grupo há mais de vinte anos - já passou da hora de superar isso, não meninos? Tentando se reinventar criativamente, o Helloween lançou o ótimo The Dark Ride em 2000, mas não seguiu investindo na intrigante sonoridade sombria apresentada no álbum. Ao invés disso retomou o cansativo “happy happy Helloween”, caminho que se mostra obstruído há anos. Por mais que os discos recentes do grupo apresentem bons momentos - como é o caso de Straight Out of Hell, de 2013 -, a banda vive uma fase bastante inferior ao que produziu em sua carreira.


Os alemães do Blind Guardian pariram uma das sonoridades mais originais e apaixonantes do metal em álbuns hoje clássicos como Imaginations from the Other Side (1995) e Nightfall in Middle-Earth (1998), trabalhos fenomenais que entregaram a trilha-sonora perfeita para as histórias criadas por J.R. Tolkien. A banda mostrou força para se renovar em A Night at the Opera (2002), mas essa faísca criativa foi ficando mais fraca nos discos subsequentes, A Twist in the Myth (2006) e At the Edge of Time (2010), que, apesar de bons, apresentaram alguns momentos bem cansativos. Após quatro anos de silêncio o grupo lançará o seu novo álbum este ano, e espera-se que a pausa tenha feito bem para o quarteto.


Protagonista de uma das mudanças de formação mais traumáticas dos últimos anos, o Dream Theater perdeu o seu líder, fundador, porta-voz e um dos principais compositores, o baterista Mike Portnoy, em 2010. Enquanto Mike se reinventou em bandas como o Flying Colors, Adrenaline Mob e The Winery Dogs, o gigante do metal progressivo aos poucos vai retomando a força. A Dramatic Turn of Events (2011) mostrou que havia vida sem Portnoy, enquanto o auto-intitulado álbum lançado em 2013 é uma afirmação da força da atual formação, que conta com o extremamente técnico (porém pouco criativo) Mike Mangini no lugar de Portnoy. Ainda dá um caldo, mas é bom ficar atento nos próximos anos.

A conclusão de tudo isso é que as bandas clássicas não ostentam esse título à toa. Tudo o que fazem chama a atenção, afinal a sua música está no alicerce de tudo o que se faz no heavy metal. No entanto, enquanto algumas ainda se desafiam criativamente - casos de Iron Maiden, Accept e Sepultura -, outras estão em um preocupante motor no automático - como o Metallica, Van Halen e Slayer. E, claro, há os casos em que a aposentadoria cresce como uma sombra inevitável, que é o que encontramos no Megadeth, Helloween e, principalmente, Judas Priest.

É preciso sempre ouvir os maiores nomes de um determinado gênero musical. A razão é óbvia: suas carreiras apresentam inegável qualidade e se desenvolvem por caminhos que se tornam referência para os demais. Por isso continuamos a escutar os novos trabalhos do Maiden, do Sabbath, do Purple: porque queremos saber o que nossos heróis estão fazendo e como estão soando. No entanto, é preciso também encontrar um espaço nos seus ouvidos para o que está acontecendo agora, neste instante, em todo o planeta. As listas de melhores do ano que publicamos recentemente são um ótimo caminho para sacar o que está rolando, pois estão recheadas de bandas que são poucos divulgadas aqui no Brasil.

O excesso, seja para um lado ou para o outro, nunca faz bem. Equilibre o seu cardápio musical com o clássico e o atual, e você alimentará de maneira saudável o seu paladar.

Conte com a gente para colocar ainda mais sons novos no pedaço. Esse é o nosso principal objetivo durante todo 2014.

Por Ricardo Seelig

Comentários

  1. Discordo que o Iron Maiden esteja ativo e criativo. O show do RiR foi de uma passividade incômoda e os últimos discos são formulaicos, soando todos iguais - chatos, chatos e chatos. Os caras se detestam e parecem ter perdido muito do tesão pelo arte (mesmo problema do Metallica na época do St. Anger). Já pelo dinheiro...

    Não quero que a banda grave um novo TNOTB. Gostaria mesmo é que dessem um tempo e fossem curtir a vida. Quem sabe o Bruce não lançasse um disco novo? Faz uns 25 anos que a carreira solo dele é mais interessante que a Donzela mesmo...

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  2. Os discos solo do Steve e do Adrian - com o Primal Rock Rebellion - mostram sonoridades interessantes, principalmente o do Adrian, que é muito atual.

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  3. Tenho a sensação de que bandas pertencem a um momento, ao clima de determinado período que sempre acaba, e depois a continuidade das bandas passa a ter pouco ou nenhum sentido.

    Essa sensação não é absoluta. Brave New World é um dos meus álbuns preferidos (mas, fora isso, eu parei com Iron Maiden no início dos anos 90, porque não gostei dos álbuns seguintes). Posso citar também meu gosto por Just Push Play, que Aerosmith lançou mais ou menos na mesma época, um de seus últimos álbuns (e eu nem sou fã da banda). Já o idolatrado 13, de Black Sabbath, eu detestei, e adoro a banda (pelo menos me propus a ouvir).

    É uma questão complicada. Não se pode determinar exatamente até quando bandas devem continuar. No mínimo isso depende da qualidade do trabalho realizado.

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  4. Sacada ótima do artigo.
    Tem os meus cumprimentos.

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  5. Sobre a resistência a bandas novas... Sempre me irrito com quem diz que hoje nada presta, então só pode ouvir música antiga. Como se o talento pra fazer música tivesse simplesmente se esgotado. E eu aqui com 14 álbuns de 2013 no celular...

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  7. Excelente matéria, pois é algo de muita relevância e que sempre estamos a pensar e conversar.

    Não posso discordar de nenhuma vírgula sobre o que disse do público ser tão reticente ao novo (e claro, apegado ao antigo).
    Porém, eu ainda acho que faltam bandas para ocupar o posto dos dinossauros. E o Dream Theater tá aí para mostrar que é possível. Uma banda que surgiu para o mundo em 1992. O Machine Head teve seu debut em 1994, e até hoje é tido como da safra nova, como representante das novas bandas, novos sons, como um candidato a ser um dos dinossauros no futuro, etc... Enquanto o Dream Theater, um contemporâneo, já está na lista de bandas clássicas e veteranas. Enfim, não discordo da opinião sobre o público, como já disse, mas creio que as bandas têm sua parcela de responsabilidade.

    Sobre a situação das bandas veteranas, é curioso como para algumas, parece que as pessoas se cansam e permanecem apenas uma parcela menor e fiel. Muito se fala da estagnação do power metal, que concordo. Mas quase não falam da mesma estagnação do Thrash Metal, com discos mais do mesmo. Ou da eterna estagnação de ACDC e Motorhead, que sim, sempre gravam o mesmo disco. Enfim, para uns é problema, para outros parece que não.

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  8. Alípio, falamos sobre a estagnação do thrash em uma longa matéria publicada em julho de 2012: http://www.collectorsroom.com.br/2012/07/estagnacao-criativa-do-thrash-metal.html

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  9. Acho interessante vasculhar a internet pra descobrir bandas novas que a gente goste de ouvir, sejam lá quais forem, e não ficar esperando por bandas que alcancem grande destaque e prometem se tornar futuros clássicos.

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  10. Ricardo eu lembro dessa matéria, pois foi muito bom ler sobre isso na CR, pois essa estagnação do Thrash ainda não é muito vista pelo público, por isso comentei ali em cima. Já vi, várias vezes, as mesmas pessoas tratando sobre a estagnação criativa do Power Metal ao mesmo tempo que achavam que o Thrash vai muito bem obrigado.

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  11. Ótimo texto, ótima reflexão.
    Discordo com você Ricardo quando se trata do Iron Maiden, pelas minhas audições do The Final Frontier, sinto um disco mediano, cansativo e previsível no andamento das músicas. Mas depois de ler esse texto irei revisitar o álbum.
    13 pra mim, pelo que vi das resenhas do Whiplash e desse site, senti em alguns momentos uma receptividade morna e algumas vezes injusta. Pois vi no álbum 13, um PUTA álbum. Sim, considero "God Is dead?'', "End of the Beginning" grande canções da banda. E "Age Of Reason" uma música criativa e poderosa. Considero obrigatória a audição desse álbum, em detrimento de Never Say Die e Techinal Ecstasy.
    O que mais me deixou alegre e entusiasmado com o álbum 13, foi o fato de soar Sabbath até a última faixa, sem deixar nenhuma influência dos últimos discos do Ozzy, que considero medianos para bons.
    De resto, vejo o rock muito bem, com bandas novas geniais como Rival Sons, Graveyard, Anjo Gabriel, entre outros. E seus veteranos fazendo bons discos, alguns fazendo cagadas, mas isso é bom também, mostra uma vontade dos velhos de inovarem.

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  12. Elogiamos bastante o 13 e inclusive o elegemos disco do ano, Rafael. Não entendi a crítica.

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  13. Excelente texto. Tenho 39 anos e gosto praticamente de todas as bandas citadas acima, mas também gosto de conhecer bandas novas. Pela Collectors eu conheci: Rival Sons, Barones, Tedeschi Trucks Band, The Night Flight Orchestra, The Winery Dogs, Tame Impala e etc....
    A magia da coisa está no equilíbrio.

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  14. Ricardo, errei em relacionar esse site com outros, realmente foi um erro, desculpe.
    Mas o sentimento que acabou me dando foi esse. Não pela repercussão do álbum, mas pelas notas, pelos muitos comentários de comparação entre 13 e os outros discos do Sabbath.
    Senti que algumas pessoas, admitiam um disco bom, mas não queriam o elogiar muito e entravam no senso comum, do "o disco é bom, mas não chega aos pés dos clássicos.'' Como se 13 fosse o primo pobre dos álbuns sabáticos.
    Sinto isso com qualquer novo disco de uma banda veterana. Penso que é quase uma blasfêmia para algumas pessoas dizerem que, "o novo disco é tão bom quantos os clássicos".


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  15. Belo texto, Cadão. A análise está bem precisa quanto ao momento de todos esses gigantes.

    Só uma coisa pra você pensar: será que o Metallica realmente merece ser incluído na parte de quem está "no automático"? Porque, do meu ponto de vista, eles passaram os anos 90 inteiros se afastando do som que os revelou e consagrou. Depois de St. Anger, que sabemos como foi concebido, a banda completou o ciclo e, incentivada por Rick Rubin, voltou ao seu som original. E se contarmos o disco com Lou Reed, então vemos o quanto o Metallica ainda tem muita lenha criativa pra queimar, independente da opinião dos fãs. Prova disso é a votação do Metallica by Request, que no mundo todo, está um fiasco. Parece que o povo quer realmente apenas "mais do mesmo".

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  16. Mais uma matéria fantástica. Como dissea própria matéria, o importante é o equilíbrio. Inclusive julgo a collector's room uma das minhas referências ao pesquisar sobre novas bandas.

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  17. Mais uma matéria fantástica. Como dissea própria matéria, o importante é o equilíbrio. Inclusive julgo a collector's room uma das minhas referências ao pesquisar sobre novas bandas.

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  18. A Collectors posa com esse "compromisso com o novo", mas isso só se dá até certo ponto. Louvável abrir a mente das pessoas para dizer que a cena metálica mundial vai além da Roadie Crew, mas e daí?

    (até acertam um Orphaned Land ou um Mastodon, o que é obrigatório, mas param quase que por aí mesmo)

    Ao ver o que de melhor e mais inovador eu ouvi em 2013, percebi nas reviews do site que NEM metade dos discos constaram do blog durante o ano.

    Acabo de ver a sessão 14 bandas brasileiras. Já vi muito daquele "novas caras do metal". E penso, que novas caras??? Alguns poucos mencionados de fato inovadores, uma tonelada de bandas fantásticas sendo IGNORADAS... e muito, mas muito MAIS DO MESMO sendo citado. Gente copiando essa galera "clássica" aí do texto.

    Acho que a pior coisa que se pode ouvir é que uma banda segue a linha AC/DC, a linha Sabbath, a linha Led... se eu quiser ouvir essas bandas, elas JÁ POSSUEM trabalhos clássicos. Das novas, quero o que o nome pede: novo - INOVAÇÃO!

    E tem MUITO por aí, a despeito da preguiça deste e de outros veículos já muito citados aqui (whiplash, RC, e daí pra baixo).

    Sobre as bandas clássicas, aí o assunto é OUTRO. Dividiria em 3 categorias:

    a) ou a banda sempre foi inovadora e inquieta, e o que muitos chamam de "queda de produção", de fato é a banda procurando, com justiça, com erros ou acertos, modos de se renovar, e isso é SEMPRE algo positivo;

    b) ou a banda se acomodou. Foi inovadora apenas em seu início, possui sua cota de clássicos e repousa na fórmula plástica do sucesso. Sobrevive de turnês;

    c) ou ainda, algumas bandas são tão clássicas que transcenderam um pouco essa coisa da renovação. Acho que ver um Steve Harris, Lemmy ou Iommi em ação é algo icônico, respeitável demais, então isso supera qualquer coisa. Tem seu lado bom (respeito ao ídolo que se mantém na ativa, dou MUITO valor a isso, torço sempre por turnês de meus ídolos), MAS tem um lado péssimo (discos ABSOLUTAMENTE mais do mesmo sendo considerados discos do ano, tipo "13" ou "Aftershock", o que em pleno 2013 considero triste).

    Nem todos seguem essa última regra... saindo do metal, Bowie e Nick Cave se renovam na nova década com discos sublimes, que soam NOVOS, revigorados, em nada acomodados com a discografia já vitoriosa.

    Claro que as 3 opções acima não são estáticas. São dinâmicas. O IRON ora inova, ora decepciona. O (os?) QUEENSRYCHE sempre foi inovador, foi muito injustiçado em seus últimos discos, mas redundou nesses 2 fraquíssimos registros de 2013. Algo parecido com o DREAM THEATER, inovador com Portnoy, e cópia de si mesmo após a saída do batera. O melódico de HELLOWEEN e BLIND GUARDIAN estavam no auge criativo em 2000, e na completa estagnação a partir de 2010. Nada é ciência exata...

    certeza, só uma: não pode haver má vontade e preconceito ao procurar o novo.

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  19. Fiquei BASTANTE curioso para ouvir as "toneladas de bandas GENIAIS" esquecidas pelos meios de comunicação (esse incluso), mencionadas pelo Scobar.

    Porém, continuei lendo e já não tenho tanta certeza assim. A parte da injustiça quanto aos últimos albuns do Queensryche (antes da separação) mostra inequivocamente que pensamos de forma muito distinta. Ouvi várias vezes todos esses discos e eles são simplesmente horríveis. Discordo completamente sobre o Dream Theater, que julgo que melhorou muito após a saída do Portnoy, cuja presença no DT foi brilhante até o Six Degrees, e depois uma linda ladeira abaixo, piorando cada vez mais, até chegar nos tremendamente ruins Systematic Chaos e Black Clouds (albuns hoje em dia impossíveis de serem escutados na íntegra).

    Enfim, permaneço curioso, mas com um circo inteiro de pulgas atrás da orelha kkkkkk

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  20. Caramba, esse foi um dos melhores textos que eu já li no Collectors Room (e em qualquer outro lugar sobre o assunto)! Achei bastante precisa a análise que o Ricardo fez sobre a atividade e criatividade de alguns veteranos de um lado (notadamente, na minha opinião, do Sabbath, Ozzy, Motörhead e Maiden) e do marasmo puramente comercial e mercadológico de outros (principalmente o Metallica). O parágrafo conclusivo não poderia ser melhor.

    Muito bom mesmo Ricardo! Valeu!

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  21. Muito bom o texto, refletiu tudo o que da pra sentir hoje na cena, pelo menos a brasileira. Esses dias mesmo, ouvi um podcast no wikimetal do Walcir Chalas, um dos caras que super ajudou no desenvolvimento da cena em São Paulo com a loja Woodstock, uma das coisas que me deixou surpreso foi o fato de ele citar um álbum do Dream Theater de 90, como sendo a ultima coisa que ele ouviu da cena que o surpreendeu! E de la pra ca, quantas bandas inovadoras surgiram? Quantos álbuns desafiadores e criativos apareceram? É realmente muito estranho como uma certa parcela do público ainda fica presa ao passado.

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  22. Caras, acho que o conservadorismo não é exclusivo do ouvinte brasileiro. Fãs de rock/metal, em geral, são conservadores em todo canto, alguns até preguiçosos.

    Justiça seja feita, se hoje eu escuto algo como Cartola (pra ficar no Brasil) ou Chet Baker (pra ficar na gringa), por incrível que pareça, foi por causa do interesse pelo diferente que o rock n roll me trouxe. Mas aí, EU que me dispus a ler, pesquisar, ouvir, me agradar ou não de coisas 'novas'. E confessemos, nem todo mundo faz esse 'corre' (embora os leitores do CR passem uma impressão de serem mais cabeça-aberta). Conheço gente que me indicou coisas do rock há uns 15 anos e talvez esteja ouvindo as mesmas coisas hoje.

    No entanto, na minha opinião, esses dinossauros terão sempre uma mídia considerável por que em algum momento da história eles abriram portas, derrubaram barreiras, inventaram gêneros musicais. Gostemos ou não, eles SEMPRE serão vistos como referência e como fonte de curiosidade. Tem gente se tornando gigante, como o Machine Head, mas a tendência é que esse 'altar' tenha cada vez menos adesões no futuro. O mercado de música hoje é totalmente diferente do mercado de 30, 50 anos atrás.

    Meu conselho é: corra atrás de novos sons, e não se importe se um dia ninguém entender a playlist da sua festa! =]

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  23. Oi Scobar !!!
    Coloca aí a lista das bandas fodas !!! Apesar de eu não concordar com sua visão sobre o que é novo, bom e interessante...sempre aprendi muito com seus comentários e conheci coisas novas....
    Apareça mais aí...nem que seja pra "brigar" com gente !
    Abraços

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  24. Ótimo texto, espero que tenha uma continuação dia destes, seja com veteranos ou bandas mais novas. Aliás, espero a ponto de já ter feito uma lista de bandas que poderiam ser comentadas xP

    Aerosmith
    Alice Cooper
    Angra
    Bon Jovi
    The Cult
    Def Leppard
    Dr. Sin
    Edguy
    Faith No More
    Gamma Ray
    Grave Digger
    Hammerfall
    Hangar
    Kamelot
    Kreator
    Mr. Big
    Nightwish
    Pain Of Salvation
    Queensrÿche
    Rush
    Sonata Arctica
    Stratovarius
    Symphony X
    Testament
    Whitesnake

    Deve ter faltado banda, mas sempre falta.

    Por fim, deixando extravasar meu lado fã-xiita, COMO ESQUECERAM DE COLOCAR O RUSH? Lado fã-xiita extravazado, espero que continuem com o excelente trabalho e apresentando cada vez mais novas bandas fodas.

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  25. Acho que Bon Jovi devia ter aproveitado o fim do Hair Metal pra acabar junto. Mas do ponto de vista comercial obviamente teria sido uma má ideia.

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  26. Eu escuto tantas bandas novas boas, ou mesmo bandas velhas que eu não tive a oportunidade de ouvir antes, que, sinceramente, não perco meu tempo com Kiss, Iron Maiden ou Led Zeppelin. Nada contra, cada um sabe o que quer ouvir, mas o mundo da música é muito vasto pra gente ficar só na superfície, né? Parabéns pela matéria!

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  27. O amigo não conhece rock, definitivamente. Escrever que o Deep Purple fez, nos últimos anos, discos "simpáticos", é de lascar. Sugiro aos caros leitores - aqueles que ainda não o ouviram, bem entendido - que ouçam Rapture to the Deep, o penúltimo do DP.Trata-se de uma aula de rock and roll. Eu tinha ouvido ene vezes o CD. Agora, escutando mais atentamente, me dei conta: discaço!Talvez superior ao novo - Now What!.
    Escreve aqui alguém que ouve o Purple desde os 11 anos ( tenho 53).

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  28. Este comentário foi removido pelo autor.

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  29. O Aerosmith mandou um mais ou menos também. O Testament, o Rush e o The Cult mandaram muito bem também. Mencionando algumas das bandas citadas... O Accept soa cada vez melhor. O Saxon nunca me decepciona, o Deep Purple me surpreendeu positivamente, o Black Sabbath achei um pouco meia boca, O Van Halen eu não ouvi muito para opinar, o Kiss eu achei fraco, o AC/DC continua sendo o AC/DC, o Motörhead sempre mandando boas pedradas, o Megadeth destruiu no End Game e os outros dois foram até bonzinhos, o Sepultura tá mandando muito bem, Ozzy mnandou bem em sua carreira solo també... O resto eu nem quero comentar.

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  30. O The Final Frontier juntamente com o Brave New World estão entre os melhores álbuns do Iron, assim como o Systematic Chaos está entre os melhores do Dream Theater, para o meu gosto. Parabéns pelo texto!

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  31. Não esperei o Guns N' roses gravar um AFD parte 2,muito menos um Ilussion 3, resultado ? Achei o chinese muito bom, a banda tem uma discografia curta,e ao vivo nunca foi grande coisa,vide os solos errados,axl morrendo sem ar,etc...
    porém,de album fraco,apenas o Spaghetti incident e o Lies mesmo.
    Chinese é um album de rock de outro estilo,não hard rock,porém isso não o faz ser ruim. Sobre as bandas atuais,creio que falta gás, vontade de quebrar tudo no palco,de ser o numero 1, garra mesmo, o que vejo(não em todas as bandas claro) é um monte de maluco comportado tocando o que já foi tocado há milenios e de forma pior. Quando tenta modernizar parece que só querem vender pra mais público,aí complica.

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  32. Bem, as pessoas criam suas preferências e as mantem com o tempo. De fato, a banda mais recente que passei a ouvir com frequencia é o Biohazard. Mas isso não quer dizer que seja preconceito ou que esteja fechado a algo novo. Apenas o som que me faz querer bater a cabeça contra a parede é feito por pessoas, no mínimo, uma geração anterior à minha. Estou satisfeito, musica não é consumível, musica faz parte da personalidade. Vai que um dia viro lambadeiro; isso só o tempo dirá. Mas por hora, aumenta que é rock n roll.

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