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Mostrando postagens de março, 2025

Body Count (1992): quando o metal se tornou protesto

O álbum Body Count , lançado em 1992, é a estreia da banda homônima liderada pelo rapper Ice-T. Mesclando rap, punk e metal, o disco se tornou um marco na fusão de estilos e na abordagem crítica de questões sociais, especialmente violência policial, desigualdade racial e brutalidade urbana. Musicalmente, é um exemplo contundente de rap metal, mas com uma forte raiz no hardcore punk e no thrash metal, diferenciando-se de bandas como Rage Against the Machine ou Korn, que viriam com uma abordagem mais grooveada. O Body Count, por sua vez, mantém uma sonoridade crua, com riffs agressivos, bateria acelerada e vocais falados/gritados, criando uma atmosfera de revolta e resistência. Faixas como "Body Count’s in the House" e "There Goes the Neighborhood" demonstram essa pegada energética, enquanto músicas como "Cop Killer" se tornaram emblemáticas por suas letras polêmicas. O maior destaque (e talvez o maior problema para a banda) foi "Cop Killer", q...

Planeta dos Mortos: a distopia sombria de Dylan Dog (Alessandro Bilotta, 2024-2025, Panini)

A série Planeta dos Mortos apresenta um futuro distópico dentro do universo de Dylan Dog , no qual os mortos-vivos dominam o mundo e a sociedade tenta se adaptar a essa nova realidade. Criada por Alessandro Bilotta, essa saga especial foge da estrutura clássica das histórias do Investigador do Pesadelo e aposta em uma narrativa melancólica, questionadora e repleta de simbolismo. A primeira edição, publicada originalmente em 2013 na Itália e trazida ao Brasil pela Panini em 2024, estabelece o tom da série. Dylan Dog aparece mais velho, cínico e inserido em um mundo onde os zumbis são parte do cotidiano. Ao invés de simples ameaças a serem eliminadas, os mortos-vivos são tratados como uma condição inevitável da existência, levando a questões filosóficas sobre a própria vida. A atmosfera da HQ é de desilusão, e Dylan não é mais o investigador idealista de outrora. Ele volta a trabalhar para a Scotland Yard, chefiando uma unidade que busca controlar a expansão da praga, mas o faz sem...

Ratt em alta voltagem: a evolução da banda em Invasion of Your Privacy (1985)

Invasion of Your Privacy (1985) é o segundo álbum do Ratt, e consolidou a banda como um dos grandes nomes do glam metal dos anos 1980. Após o sucesso estrondoso de Out of the Cellar (1984), o grupo californiano manteve a fórmula vencedora, com produção de Beau Hill e um som que mesclava riffs cortantes, refrãos pegajosos e a atitude característica do gênero. O álbum mantém a sonoridade marcante do Ratt, com a guitarra de Warren DeMartini brilhando em solos técnicos e melodiosos, enquanto Robbin Crosby contribui com bases pesadas e sólidas. A bateria de Bobby Blotzer e o baixo de Juan Croucier garantem uma base rítmica energética, e a voz inconfundível de Stephen Pearcy adiciona um toque sujo e provocante às faixas. A produção de Beau Hill equilibra bem os elementos, garantindo um som polido, mas sem perder a agressividade essencial para o hard rock da época. O disco abre com um petardo, "You're in Love", um hard rock direto, com riffs poderosos e um refrão grudento. ...

Reunion (1998): o antológico álbum ao vivo que reuniu a formação clássica do Black Sabbath

Lançado em 20 de outubro de 1998, Reunion marcou um momento histórico para o Black Sabbath, pois trouxe de volta a formação clássica – Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward – para um registro ao vivo e a inclusão de duas novas músicas de estúdio. O álbum foi gravado ao vivo nos dias 4 e 5 de dezembro de 1997, no NEC Arena, em Birmingham, cidade natal da banda. Após anos de separação e múltiplas formações lideradas por Tony Iommi, Reunion simbolizou o retorno dos quatro membros originais. O álbum capta a essência do Black Sabbath ao vivo, com um repertório repleto de clássicos do metal, incluindo “War Pigs”, “Paranoid” e “Iron Man”. A performance da banda é energética, e apesar do tempo afastados, o entrosamento ainda está presente. O grande destaque é a guitarra de Iommi, que aqui reafirma o seu papel como o grande maestro e mente criativa por trás do Black Sabbath. Ozzy Osbourne, conhecido por seu carisma e estilo único, entrega vocais sólidos, embora com algumas ...

Led Zeppelin em transformação: a versatilidade de Houses of the Holy (1973)

Houses of the Holy (1973) marca um ponto de transição na carreira do Led Zeppelin. Se nos quatro álbuns anteriores a banda solidificou sua identidade com um hard rock pesado e influências do blues, aqui eles expandem ainda mais os horizontes musicais, explorando novas sonoridades e incorporando elementos de gêneros musicais como o rock progressivos, o reggae, o funk e até a música orquestral. O álbum abre com a energética “The Song Remains the Same”, um turbilhão instrumental que já deixa claro que o Zeppelin estava disposto a experimentar mais com estruturas complexas e mudanças dinâmicas. Em seguida, “The Rain Song” apresenta um lado mais melancólico e sofisticado da banda, com arranjos orquestrais e um dos vocais mais emotivos de Robert Plant. Mas talvez o maior exemplo da versatilidade do álbum esteja em faixas como “D’yer Mak’er”, que flerta com o reggae, e “The Crunge”, uma brincadeira com o funk inspirado em James Brown. Essas incursões por gêneros pouco usuais para o Zeppe...

Ratt em Out of the Cellar (1984): um clássico imortal do glam metal

Out of the Cellar (1984), estreia do Ratt, é um dos álbuns mais importantes para a consolidação do glam metal na década de 1980. Foi com esse disco que o Ratt se estabeleceu como um dos grandes nomes da cena de Los Angeles, ajudando a definir a sonoridade e a estética que dominariam o hard rock mainstream nos anos seguintes. Com sua mistura de riffs explosivos, refrãos pegajosos e um visual extravagante, Out of the Cellar trouxe um hard rock acessível, mas sem perder a pegada agressiva do metal. O álbum foi um sucesso comercial imediato, atingindo o 7º lugar na Billboard 200 e conquistando certificação de platina tripla nos Estados Unidos, com mais de 3 milhões de cópias vendidas no país. Seu maior hit, “Round and Round”, chegou ao 12º lugar na Billboard Hot 100 e se tornou um dos hinos definitivos do glam metal, impulsionado pelo forte apoio da MTV. A influência do Ratt no cenário glam metal foi enorme. Ao lado de bandas como Mötley Crüe e Quiet Riot, eles pavimentaram o caminho...

Diabolus in Musica (1998): o álbum mais polêmico do Slayer

Lançado em 1998, Diabolus in Musica é um dos álbuns mais polêmicos da discografia do Slayer. Com uma abordagem mais groove e experimental, o disco marcou uma mudança no som da banda, incorporando influências do nu metal e de afinações mais graves. Esse direcionamento dividiu os fãs: enquanto alguns apreciaram a variação no estilo, outros consideraram uma traição à agressividade clássica do thrash metal que definiu a banda na década de 1980. O título Diabolus in Musica (em latim, "O Diabo na Música") faz referência ao trtono, um intervalo musical que, na Idade Média, era considerado dissonante e até mesmo demoníaco pela Igreja Católica. Esse intervalo era evitado na música sacra por sua sonoridade tensa e instável, o que reforçava sua associação com o mal e o proibido. A escolha desse nome reflete perfeitamente a estética sombria e desafiadora do Slayer, que sempre flertou com temas satânicos e anticristãos em suas letras e identidade visual. A arte da capa também segue...

About a Face (1984): a ponte entre o Pink Floyd e a carreira solo de David Gilmour

About Face é o segundo álbum solo de David Gilmour e foi lançado em 1984 , durante um período de incerteza para o Pink Floyd após a saída de Roger Waters . O disco reflete tanto as influências pessoais de Gilmour quanto seu desejo de afirmar sua identidade musical fora da banda. O álbum apresenta uma sonoridade mais acessível e voltada ao rock convencional , com influências do pop rock e do AOR dos anos 1980. A produção é mais polida do que seu trabalho solo anterior, graças à colaboração com Bob Ezrin, que já havia trabalhado com o Pink Floyd em The Wall (1979). A presença de sintetizadores e arranjos grandiosos alinha o disco à estética da época, mas a guitarra de Gilmour continua sendo o destaque, trazendo os solos expressivos e melódicos pelos quais ele é conhecido. "Until We Sleep" abre o álbum com um tom atmosférico e um groove marcante, misturando sintetizadores pulsantes com uma linha de guitarra característica de Gilmour. "Murder" é uma das música...

Paul Gilbert, Scott Travis e companhia: o retorno do Racer X em Technical Difficulties (1999)

Formado por músicos de renome no cenário do rock e metal, o Racer X sempre se destacou pelo alto nível técnico de seus integrantes. A banda conta com o virtuoso Paul Gilbert , que ganhou notoriedade mundial com o Mr. Big , e o baterista Scott Travis , que se consolidou como membro do Judas Priest . No baixo, John Alderete (também conhecido como Juan Alderete), que tocou com bandas como The Mars Volta e Marilyn Manson, traz uma pegada firme e precisa, enquanto o vocalista Jeff Martin (que possui uma carreira sólida também como baterista, tendo tocado no Badlands e com Michael Schenker) imprime sua identidade com uma voz poderosa e enérgica. Juntos, eles criaram um som que equilibra velocidade, melodia e complexidade instrumental, tornando-se uma referência para fãs de metal técnico e shred guitar. Technical Difficulties (1999) marcou o retorno do Racer X após uma década de inatividade, agora como quarteto e sem o guitarrista Bruce Bouillet. O álbum resgata a sonoridade do metal do...

Melodia, guitarras gêmeas e hard rock: Jailbreak (1976), a grande obra-prima do Thin Lizzy

Lançado em 26 de março de 1976, Jailbreak é o sexto álbum do Thin Lizzy e, sem dúvidas, um dos mais importantes da carreira da banda. Este disco não apenas consolidou o som característico do grupo liderado por Phil Lynott, mas também lhes garantiu reconhecimento internacional, especialmente nos Estados Unidos, onde alcançou vendas superiores a 500 mil cópias. O álbum apresenta um hard rock melódico, marcado pelo uso das guitarras gêmeas de Scott Gorham e Brian Robertson, uma das assinaturas sonoras mais icônicas do Thin Lizzy. A bateria cheia de personalidade de Brian Downey e o baixo pulsante e os vocais carismáticos de Phil Lynott adicionam um toque de blues e poesia urbana, tornando o som da banda reconhecível quase que instantaneamente. A faixa-título, “Jailbreak”, abre o disco com um riff marcante e letras que evocam uma história de fuga e rebeldia – uma temática recorrente na obra de Lynott. Já “The Boys Are Back in Town”, a canção mais famosa da banda, destaca-se por sua en...

Rock in Rio (2001): o álbum ao vivo que imortalizou um dos maiores shows do Iron Maiden

O álbum Rock in Rio , lançado pelo Iron Maiden em 2002, é um registro histórico de um dos momentos mais icônicos da banda. Gravado ao vivo no festival Rock in Rio, em 19 de janeiro de 2001, o show marcou o encerramento da Brave New World Tour , turnê do álbum Brave New World (2000), que trouxe de volta o vocalista Bruce Dickinson e o guitarrista Adrian Smith. Esse retorno representou uma nova era para a banda, tornando o evento uma celebração especial tanto para os fãs quanto para os próprios músicos. O espetáculo reafirmou o Iron Maiden como um dos maiores nomes do metal mundial e consolidou sua conexão com o público brasileiro. O Iron Maiden já possuía uma relação forte com o Brasil desde sua primeira passagem pelo país, em 1985, durante a turnê do álbum Powerslave . No entanto, o encerramento da Brave New World Tour no Rock in Rio elevou essa ligação a um novo patamar. Com uma plateia estimada em 250 mil pessoas, a energia do show foi única e ficou imortalizada no álbum e no DVD...

Machine Head e a fúria de The More Things Change... (1997)

Lançado em 25 de março de 1997, The More Things Change... é o segundo álbum da banda norte-americana Machine Head, sucedendo o aclamado Burn My Eyes (1994). Produzido por Colin Richardson e pela própria banda, o disco aprofunda e expande a sonoridade agressiva do debut, mantendo a essência do groove metal enquanto incorpora elementos mais sombrios e pesados. Na época do lançamento, o Machine Head já havia se estabelecido como um dos nomes mais promissores do metal moderno. Com The More Things Change... , a banda optou por uma abordagem ainda mais densa e visceral, com afinações mais graves e letras carregadas de raiva e frustração. O álbum mantém a base groove metal, mas apresenta nuances de thrash e até mesmo sludge metal em certas passagens. As guitarras de Robb Flynn e Logan Mader criam uma parede sonora robusta, com riffs pesados e cortantes. A bateria de Dave McClain, que fazia sua estreia na banda, adiciona uma dinâmica sólida e versátil, enquanto o baixo de Adam Duce refor...

Do hard rock ao AOR: 5150 (1986), o início da era Sammy Hagar no Van Halen

Lançado em 24 de março de 1986, 5150 marcou o início da segunda fase da carreira do Van Halen, sendo o primeiro álbum com Sammy Hagar nos vocais após a saída de David Lee Roth. Essa mudança trouxe uma nova sonoridade à banda, que começou a explorar um lado mais melódico e radiofônico, sem abandonar completamente o virtuosismo e a energia característicos do grupo. A entrada de Sammy Hagar não só alterou a identidade vocal da banda, mas também influenciou a composição. Diferente de Roth, que tinha uma abordagem mais performática e teatral, Hagar trouxe um tom mais melódico e um alcance vocal mais amplo. Isso se reflete nas músicas do disco, que possuem arranjos mais sofisticados, com maior ênfase nos teclados e letras mais emocionais, algo menos frequente na era Roth. Musicalmente, Eddie Van Halen continuou sua revolução na guitarra, mas agora com uma presença mais marcante dos teclados, como já havia sido indicado no álbum anterior, 1984 (1984), principalmente em "Jump", ...

Counterparts (1993) e a reinvenção do Rush nos anos 1990

Décimo quinto álbum do Rush, Counterparts (1993) marcou um retorno a um som mais pesado e direto. O disco se destacou como um dos trabalhos mais bem-sucedidos da banda nos anos 1990, alcançando o segundo lugar na Billboard 200 , a posição mais alta do Rush até então, com vendas superiores a 500 mil cópias nos Estados Unidos. Após a forte influência de sintetizadores nos álbuns da década de 1980, como Signals (1982) e Power Windows (1985), o Rush começou a voltar às suas raízes no final da década, movimento que se consolidou em Counterparts . Esse disco apresenta um som mais orgânico e denso, com guitarras mais proeminentes e uma produção menos carregada de efeitos eletrônicos. A produção ficou a cargo de Peter Collins, que já havia trabalhado com a banda em Power Windows e Hold Your Fire (1987), mas aqui ajudou a criar um som mais cru e agressivo. Neil Peart, conhecido por suas letras complexas e filosóficas, explora temas como dualidade, relações humanas e conflitos internos....

Eliminator (1983): o clássico do ZZ Top que marcou a era da MTV

Eliminator é o oitavo álbum do ZZ Top e um dos mais icônicos da história do rock. O disco marcou a transição da banda texana para um som mais moderno, misturando seu característico blues rock com sintetizadores e uma pegada eletrônica inspirada na new wave, tendência crescente na época. O resultado foi um disco que não apenas redefiniu o som do trio, mas também se tornou um dos maiores sucessos comerciais do grupo. Até o final da década de 1970, o ZZ Top era conhecido por seu hard rock de pegada blueseira e suas letras carregadas de humor e referências ao estilo de vida sulista dos EUA. Com Eliminator , Billy Gibbons (guitarra e vocais), Dusty Hill (baixo e vocais) e Frank Beard (bateria) reinventaram sua sonoridade ao incorporar elementos eletrônicos e uma produção mais polida. Essa influência pode ser sentida nos arranjos, especialmente no uso de drum machines e camadas de sintetizadores. Essa mudança, no entanto, não diluiu a essência da banda. As guitarras de Gibbons continuam ...

Van Halen II (1979): hard rock em estado puro

Após o sucesso estrondoso do álbum de estreia, o Van Halen retornou rapidamente ao estúdio para lançar Van Halen II em 23 de março de 1979. O disco seguiu a mesma fórmula de seu antecessor: um hard rock vibrante, repleto de riffs icônicos de Eddie Van Halen, a energia contagiante de David Lee Roth e uma seção rítmica poderosa comandada por Michael Anthony (baixo) e Alex Van Halen (bateria). Embora nem sempre receba a mesma aclamação do primeiro disco, Van Halen II consolidou o status da banda como uma das maiores forças do rock no final da década de 1970. O álbum abre com "You're No Good" , um cover de uma canção originalmente gravada por Betty Everett e popularizada por Linda Ronstadt. O Van Halen transforma a música em um rock pesado e sombrio, dando um tom mais agressivo ao álbum logo de início. A segunda faixa, "Dance the Night Away" , é um dos maiores sucessos do disco. Diferente do som mais cru do primeiro álbum, essa faixa tem um tom mais acessível e ...

Adolescência em ruínas: o terror e a violência de Colorado Train (Alex W. Inker, 2023, Comix Zone)

Colorado Train é uma graphic novel que adapta o livro homônimo de Thiabault Vermot para os quadrinhos. A HQ mergulha em um universo sombrio e brutal, abordando a infância, a violência e o trauma. Com uma narrativa intensa e um estilo visual marcante, Alex W. Inker constrói uma história impactante, em que a inocência infantil colide com a crueldade do mundo adulto. A trama se passa entre nos anos 1990 e acompanha um grupo de amigos que vive em uma pequena cidade nos Estados Unidos. A história se desenrola quando um crime brutal acontece, e os meninos se veem imersos em uma realidade aterrorizante, onde seus medos mais profundos ganham forma. Diferente de narrativas convencionais sobre amizade na infância, Colorado Train não romantiza essa fase da vida. Pelo contrário, a obra explora o medo, a violência e a perda da inocência, mostrando como eventos traumáticos podem marcar um grupo de crianças para sempre. Há uma atmosfera sufocante e pessimista ao longo da história, que lembra ob...

Thrash metal, peso e cultura pop: o Anthrax em Among the Living (1987)

Among the Living (1987) é o terceiro álbum do Anthrax e um dos discos mais icônicos do thrash metal. Considerado um dos pilares do gênero ao lado de clássicos do Metallica, Slayer e Megadeth, este disco consolidou o som característico da banda: rápido, agressivo e com um toque de humor e referências à cultura pop. O título e a faixa de abertura, Among the Living , foram inspirados no livro A Dança da Morte , de Stephen King. A letra faz referência ao vilão Randall Flagg, um tema recorrente na obra do autor. “A Skeleton in the Closet”, outra das canções do disco, também é inspirada em King, desta vez em O Aprendiz . Essa conexão com o universo literário e cinematográfico sempre esteve presente na música do Anthrax, algo que os diferenciava de outras bandas de thrash da época. Outra característica marcante do álbum é a influência do hardcore punk, especialmente no ritmo acelerado das músicas e nos backing vocals gritados. Isso se tornou uma assinatura do Anthrax, ajudando a definir o...