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Mostrando postagens de fevereiro, 2024

Quadrinhos: Hellnoir, de Pasquale Ruju e Giovanni Freghieri (2021, Editora 85)

Hellnoir é uma minissérie publicada entre outubro de 2015 e janeiro de 2016 na Itália pela Sergio Bonelli Editore, lançada no Brasil em um único volume pela Editora 85, trazendo a história completa. A trama gira em torno de um detetive particular que vive na cidade que intitula a série, local esse cheio de particularidades bem interessantes. Escrita por Pasquale Ruju ( Cassidy, Dampyr, Dylan Dog ) e ilustrada por Giovanni Freguieri ( Dylan Dog, Martin Mystère ), Hellnoir apresenta ao leitor um mundo sombrio e demoníaco. A cidade que dá nome ao quadrinho é o local para onde vão as pessoas que perderam a vida de forma violenta, uma dimensão onde elas, mesmo mortas, ganham uma espécie de nova vida que é espelhada em suas experiências anteriores. O personagem principal, o detetive particular Melvin Soul, exemplifica isso: assassinado por um matador de aluguel na frente da filha pequena, carrega consigo as dores de partir de forma abrupta enquanto enfrenta dia após dia no mesmo papel qu...

Review: U2 – War (1983)

Terceiro álbum do U2, War foi produzido por Steve Lillywhite e lançado em 28 de fevereiro de 1983 pela Island Records. O disco é considerado o primeiro trabalho abertamente político do U2, principalmente por causa de canções como “Sunday Bloody Sunday” e “New Year's Day”, bem como pelo título, que reflete a percepção da banda sobre o mundo na época. Enquanto os temas centrais dos dois álbuns anteriores, Boy (1980) e October (1981) - ambos também produzidos por Lillywhite -, eram primordialmente a adolescência e a espiritualidade, War focou tanto nos aspectos físicos da guerra quanto nos efeitos emocionais posteriores. Musicalmente, também é mais áspero e agressivo que os dois primeiros LPs do quarteto, o que levou muitos jornalistas a definirem War como o disco onde o U2 transformou o próprio pacifismo em uma cruzada. Essa abordagem política ficou muito clara em todo o álbum, e suas duas principais músicas são exemplos disso. Em agosto de 1982, Bono e sua esposa Alison passaram...

Review: Queen – The Works (1984)

Décimo primeiro álbum do Queen, The Works chegou às lojas em 27 de fevereiro de 1984 e trouxe a banda britânica tentando apagar a impressão nada positiva de seus dois trabalhos anteriores, a trilha para Flash Gordon (1980) e, principalmente, Hot Space (1982). Ainda que a década de 1980 tenha começado bem para o quarteto com The Game (1980), era hora de mostrar que o Queen ainda continuava relevante e criativo. The Works deixou de lado o excesso de sintetizadores de Hot Space e retomou a pegada rock do grupo, abordagem essa liderada pelo guitarrista Brian May e pelo baterista Roger Taylor. Há também momentos de aproximação com o nascente pop eletrônico, com a banda não abdicando totalmente da experimentação e de seu lado aventuresco. O álbum foi gravado em Los Angeles e em Munique, entre agosto de 1983 e janeiro de 1984, com produção de Reinhold Mack e da própria banda. Após a turnê de Hot Space o Queen deu uma pausa, o que proporcionou tempo para colaborações e para o dese...

Review: Scorpions – Lovedrive (1979)

Lovedrive marcou o início da segunda fase da carreira do Scorpions, com a banda  adotando um som mais acessível após a saída do guitarrista Uli Jon Roth. Lançado em 25 de fevereiro de 1979, o sexto álbum dos alemães chegou às lojas cerca de um ano após o “Hendrix alemão” deixar o quinteto. Para o lugar de Roth a banda chamou Matthias Jabs, dando início à formação que é considerada a mais clássica de sua história: Klaus Meine, Rudolf Schenker, Matthias Jabs, Francis Buchholz e Herman Rarebell. Há um ingrediente a mais em Lovedrive , no entanto. Michael Schenker, irmão de Rudolf e então recém desligado do UFO, participou do álbum em uma situação não muito bem resolvida, flutuando entre convidado e integrante definitivo. Michael tocou em cinco das oito faixas, com a sua guitarra sendo ouvida em “Another Piece of Meat, “Coast to Coast”, “Holiday”, “Loving You Sunday Morning” e na música título. O resultado foi tão bom que a banda chegou a pensar em seguir com Michael e romper a entã...

Review: Pantera – Vulgar Display of Power (1992)

Por mais que o Pantera tenha lançado quatro álbuns com uma sonoridade mais voltada para o glam metal em seus primeiros anos de carreira, foi a partir de 1990 que o quarteto texano escreveu o seu nome na história. Cowboys From Hell , estreia por uma grande gravadora, apresentou uma mudança significativa na sonoridade, com a banda explorando um metal repleto de groove e com muito mais peso e agressividade do que os discos anteriores. A receita foi aprimorada e chegou ao estado de arte em  Vulgar Display of Power . Lançado em 25 de fevereiro de 1992 pela Atco Records, Vulgar Display of Power é o sexto álbum do Pantera e o segundo trabalho que o mundo todo efetivamente ouviu, já que os quatro primeiros discos entraram para a história mais como itens curiosos do que pelo seu valor musical. A produção foi novamente de Terry Date, peça fundamental na mudança radical presente em Cowboys From Hell , e que produziria também os discos seguintes, Far Beyond Driven (1994) e The Great Southe...

Quadrinhos: Morgan Lost 1 e 2, de Claudio Chiaverotti (2020/2021, Editora 85)

A oferta de títulos da Sergio Bonelli Editore aumentou consideravelmente no Brasil nos últimos anos. Muito além de Tex , fomos apresentados a séries inéditas e outras que foram retomadas em nosso mercado, em um movimento que envolveu várias editoras. Um dos melhores exemplos desse cenário renovado é Morgan Lost , que é, ao mesmo tempo, um dos mais interessantes quadrinhos da editora italiana e um dos títulos menos comentados desse contexto todo. Escrito por Claudio Chiaverotti, Morgan Lost conta a história de um caçador de serial killers. O cenário da trama é um mundo alternativo altamente burocratizado, localizado no tempo entre as décadas de 1940 e 1950. A arquitetura desse mundo equilibra a estética das primeiras décadas do século XX com elementos do Egito Antigo, e a cidade onde a história se passa, chamada Nova Heliópolis, é um pródigo berço de assassinos seriais gerados, em sua maioria, pela forma como a sociedade está organizada. Um ponto que chama a atenção imediatamente e...

Review: Miles Davis – A Tribute to Jack Johnson (1971)

Lançado em 24 de fevereiro de 1971, A Tribute to Jack Johnson é um dos álbuns mais curiosos de Miles Davis. O disco foi composto por Miles como trilha para um documentário sobre a vida do boxeador Jack Johnson. Vale mencionar que o próprio trompetista era um praticante e entusiasta do box. O álbum traz apenas duas músicas, ambas com mais de vinte e cinco minutos de duração e presentes, cada uma, em um dos lados do LP original. As gravações aconteceram nos dias 18 de fevereiro e 7 de abril de 1970, em Nova York, e, segundo Davis, a inspiração veio da questão política e racial da saga de Johnson, primeiro boxeador negro a conquistar o cinturão de campeão mundial dos pesos pesados. Além disso, o próprio Miles declarou que o álbum foi bastante influenciado pelo rock e pelo funk da virada dos anos 1960 para a década de 1970, o que fez com que muitos críticos definissem o disco como o trabalho de Miles Davis onde o rock foi ao encontro do jazz. Além do trompetista, tocam em A Tribute to...

Review: Yngwie Malmsteen – Facing the Animal (1997)

Décimo álbum do guitarrista sueco Yngwie Malmsteen, Facing the Animal chegou às lojas em 23 de fevereiro de 1997. O trabalho foi o sucessor do disco de covers Inspiration (1996) e, de certa maneira, o início de uma nova fase na carreira de Malmsteen, já que contrasta bastante com a sonoridade de seus icônicos álbuns iniciais como Rising Force (1984) e Trilogy (1986), e também de discos de meados de sua carreira como Odyssey (1988) e The Seventh Sign (1994). A grande diferença de Facing the Animal em relação aos demais trabalhos tanto anteriores quanto posteriores de Yngwie é o peso. Com uma formação inédita que contava com músicos que só colaboraram com o guitarrista neste trabalho, como o vocalista sueco Mats Léven (Candlemass, Therion) e o lendário baterista inglês Cozy Powell (Rainbow, Black Sabbath, Whitesnake), o álbum foi produzido pelo guitarrista ao lado do renomado produtor Chris Tsangarides (King Diamond, Angra, Judas Priest) e contou também com o tecladista Mats Olau...

Quadrinhos: Batman & Dylan Dog – A Sombra do Morcego, de Roberto Recchioni, Werther Dell'Edera e Gigi Cavenago (Panini, 2024)

Um é um dos personagens mais conhecidos dos quadrinhos e da cultura pop. O outro é um nome celebrado entre um dos públicos mais fieis das HQs, os leitores da editora italiana Bonelli. E os dois são detetives. O primeiro, o autoproclamado melhor do mundo. O segundo, carregando o título de detetive do pesadelo. Batman e Dylan Dog são dois ícones para públicos distintos, e agora estão juntos em um crossover que uniu as suas duas editoras. Apesar da popularidade muito maior do Cavaleiro das Trevas, a iniciativa foi liderada pela Bonelli, inclusive com a escalação da equipe criativa, composta pelo roteirista Roberto Recchioni ( Monolith, Tex, Chanbara ) e pelos ilustradores Werther Dell'Edera ( Alguma Coisa Está Matando as Crianças ) e Gigi Cavenago ( A Ordem Mágica, Cassidy ), com cores do próprio Cavenago, Giovanna Niro e Laura Ciondolini. Recchioni, Dell'Edera e Cavenago são autores muito habituados com o universo de Dylan Dog, tendo trabalho em diversas edições do personagem. ...

Review: Led Zeppelin – Remasters (1990)

Primeira compilação da carreira do Led Zeppelin, Remasters foi lançada em outubro de 1990 em diversos formatos, sendo os principais um box com 4 CDs trazendo 54 músicas (também foram disponibilizadas versões com 6 LPs e 4 fitas-cassete) e um CD duplo com 26 faixas. A caixa incluiu duas gravações inéditas, versões ao vivo gravadas em 1969 para a BBC de “Travelling Riverside Blues” e “White Summer/Black Mountain Side”. Essas gravações fariam parte, alguns anos mais tarde, do álbum BBC Sessions , lançado pela banda em 1997 reunindo dezenas de performances para a rádio estatal inglesa. Todas as canções presentes em Remasters foram escolhidas por Jimmy Page, o lendário guitarrista, compositor, produtor e líder do Led Zeppelin. Page também supervisionou o processo de remasterização, procedimento até então inédito no catálogo da banda e o principal atrativo do lançamento. O box chegou às lojas em 8 de outubro de 1990, enquanto o CD duplo saiu uma semana depois, dia 15/10.  O tracklist...

Review: Van Halen – Van Halen III (1998)

Sammy Hagar saiu do Van Halen por diversos motivos. A tensão entre o vocalista e os irmãos Eddie e Alex cresceu ao longo dos anos, culminando na saída de Sammy após a gravação das canções que entraram na trilha sonora do filme Twister (1996). Um dos pontos de discórdia foi justamente “Humans Being”. Eddie ficou insatisfeito com a letra de Hagar, mexeu no título e nas melodias. A outra canção prevista no contrato acabou nem tendo a participação do vocalista, com os irmãos Van Halen gravando sozinhos a instrumental “Respect the Wind”. E daí foi um furacão de desinformação, com Sammy afirmando que havia sido demitido e Eddie dizendo que Hagar tinha pedido para sair. Na mesma época, a banda trabalhava na compilação Best Of – Volume 1 (1996), e a ideia de Sammy Hagar era que ela saísse em dois volumes, um dedicado ao período com David Lee Roth e outro ao seu. Porém, a opinião de Eddie Van Halen era diferente e isso acabou levando a um rompimento definitivo. No mesmo processo, Eddie entr...

Quadrinhos: Aquaman & Flash – Canção do Vazio, de Collin Kelly, Jackson Lanzing e Vasco Georgiev (2023, Panini)

O universo cinematográfico da DC chegou ao fim de forma melancólica com os filmes do Flash e do Aquaman, ambos lançados em 2023. A aventura da editora das lendas no cinema foi resetada e agora será reiniciada pelas mãos do diretor James Gunn, que fez seu nome em uma das melhores franquias da Marvel nas telonas, a trilogia Guardiões da Galáxia. Canção do Vazio é fruto direto de tudo isso. Publicada para aproveitar o hype – se é que existiu algum – dos filmes do Soberano de Atlântida e do maior velocista do mundo, une Aquaman e Flash em uma trama para salvar o planeta de uma invasão alienígena. Escrita pela dupla Collin Kelly e Jackson Lanzing e com arte de Vasco Georgiev, a história saiu em três edições nos Estados Unidos e foi compilada em um encadernado de 160 páginas pela Panini. É tudo bem feitinho. O roteiro de Kelly e Lanzing segue as regras: apresenta os problemas dos heróis, revela a ameaça que os une, insere divergências entre os dois protagonistas e encerra a história de ...

Review: Yes – The Yes Album (1971)

The Yes Album é o terceiro álbum da banda inglesa de rock progressivo Yes e foi lançado em 19 de fevereiro de 1971 pela Atlantic Records. Foi o primeiro disco do grupo com o guitarrista Steve Howe, que substituiu Peter Banks em 1970, e também o último com o tecladista Tony Kaye até o seu retorno em 90125 , de 1983. A banda passou grande parte do ano anterior ensaiando o novo material em uma fazenda no interior da Inglaterra, e as novas composições foram gravadas no Advision Studios, em Londres, durante o outono. Todos os músicos contribuíram com ideias, e as canções foram estendidas para permitir o desenvolvimento pleno de todas as músicas e proporcionar momentos de destaque para todos os instrumentistas. O disco foi um grande sucesso de crítica e um enorme passo comercial para o Yes, sendo muito bem recebido pelo público. Isso foi muito importante, pois a banda corria o risco de ser dispensada pela Atlantic devido às baixas vendas de seus dois primeiros álbuns. The Yes Album che...

Review: Bruce Dickinson – Skunkworks (1996)

Skunkworks é o terceiro álbum solo do vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, e chegou às lojas em 19 de fevereiro de 1996. O trabalho foi o único gravado com os músicos reunidos por Dickinson para a turnê do disco anterior, Balls to Picasso (1994): o guitarrista Alex Dickson, o baixista Chris Dale e o baterista Alessandro Elena. Esse mesmo quarteto registrou também o ao vivo Alive in Studio A , lançado em 18 de outubro de 1994. Essa formação se separou no final de 1996. Bruce Dickinson pretendia que Skunkworks fosse o álbum de estreia de uma nova banda com o mesmo nome, marcando um recomeço de sua carreira e deixando para trás o passado no heavy metal clássico ao lado do Iron Maiden. No entanto, a gravadora Castle afirmou que não colocaria o disco no mercado se ele não fosse creditado a Bruce. Musicalmente, o trabalho marca uma mudança gritante em relação ao metal que consagrou Dickinson e até mesmo aos seus dois álbuns solo anteriores, com o vocalista explorando um metal alte...

Quadrinhos: Sociedade da Justiça da América – A Nova Era de Ouro Vol. 1, de Geoff Johns e Mikel Janin (2024, Panini)

Não sou o maior conhecedor da cronologia da DC Comics, mas isso não me impediu de curtir muito a leitura de Sociedade da Justiça da América: A Nova Era de Ouro , escrita por Geoff Johns e ilustrada por Mikel Janin e outros artistas. Explico: a SJA foi o primeiro supergrupo de super-heróis, inaugurando um conceito que seria muito popular nos anos seguintes e daria origem a reuniões como a Liga da Justiça, Vingadores e outros. Criada em 1940, realizou o sonho dos leitores ao juntar em uma mesma equipe os heróis mais poderosos da Era de Ouro da DC, muitos desses personagens hoje esquecidos ou suplantados por versões modernas de seus antepassados. Johns bebe nessa cronologia para contar uma história atual e que não precisa de um mergulho profundo na história da DC para ser entendida. As 192 páginas de Sociedade da Justiça da América: A Nova Era de Ouro Vol. 1 contextualizam com precisão tudo que é necessário para o leitor entender a trama, e, feito isso, apresentam uma história que acom...

Quadrinhos: Cassidy Omnibus Vol.2, de Pasquale Ruju (2023, Editora 85)

Cassidy foi publicada na Itália entre maio de 2010 e outubro de 2011, totalizando dezoito edições e fechando a história de um ladrão profissional com treinamento militar que executa seus crimes com meticulosidade. A trama apresenta o último ano e meio da vida do personagem, ferido mortalmente e, à beira da morte, salvo por um misterioso bluesman que lhe concede um tempo extra para que ele possa acertar todas as pontas soltas de sua vida. O material está sendo publicado no Brasil pela Editora 85 em três omnibus com 600 páginas, cada um reunindo seis edições da série. Li o volume 1 em janeiro, e acabei de devorar o segundo. É preciso iniciar este review elogiando o formato dos omnibus da Editora 85, que passam longe dos trambolhos gigantes, pesadíssimos e com capa dura que tomaram conta do mercado. Aqui, as seiscentas páginas de cada um dos três volumes vêm no formato 15x21, padrão da editora original, a italiana Bonelli, com capa brochura e orelhas. Cada capítulo é precedido por um t...

Review: Death – Spiritual Healing (1990)

Terceiro álbum do Death, Spiritual Healing foi lançado em 16 de fevereiro de 1990 pela Combat Records. É o único disco da banda com a participação do guitarrista James Murphy (Obituary, Testament) e do baixista Terry Butler (Obituary, Six Feet Under), e o último com o baterista Bill Andrews (Massacre). Há uma mudança lírica em Spiritual Healing em relação aos dois primeiros álbuns, com as letras do vocalista, guitarrista e líder Chuck Schuldiner se afastando dos temas sangrentos e de terror dos trabalhos anteriores e passando a abordar assuntos da sociedade e do horror da vida real, incluindo assassinos em série, vício em drogas, reconstrução genética, falsos profetas e curandeiros milagrosos. A mudança aconteceu também em termos estéticos, pois esta foi a última capa de um álbum do Death pintada pelo artista norte-americano Ed Repka, responsável pelas ilustrações da estreia  Scream Bloody Gore  (1987) e  Leprosy  (1988). Produzido por Eric Greif, manager ...

Review: Rush – Fly by Night (1975)

Segundo álbum do Rush, Fly by Night foi lançado em 15 de fevereiro de 1975 pela Mercury Records. Foi o primeiro disco do trio a apresentar elementos do rock progressivo pelos quais a banda se tornou conhecida. O álbum marcou a estreia do baterista Neil Peart, que substituiu o baterista original John Rutsey no verão anterior, pouco antes da primeira turnê norte-americana da banda. Peart assumiu como principal letrista do Rush, e a abundância de temas fantásticos e filosóficos em suas composições contrastou muito com o hard rock mais simples do álbum de estreia do grupo. John Rutsey adoeceu após complicações com diabetes e teve que ficar de fora dos shows, enquanto o grupo continuava com um substituto temporário chamado Jerry Fielding. Rutsey chegou a retornar para a banda por um breve período, antes de Alex Lifeson e Geddy Lee decidirem que era melhor ele sair devido à dificuldade em administrar sua saúde durante a turnê e às diferenças musicais. O Rush testou então cinco baterista...