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Mostrando postagens de janeiro, 2025

Cross Purposes (1994): um dos álbuns mais subestimados do Black Sabbath

Cross Purposes , lançado em 31 de janeiro de 1994, marcou um momento peculiar na trajetória do Black Sabbath. Com Tony Martin nos vocais e a formação composta por Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo), Bobby Rondinelli (bateria) e Geoff Nicholls (teclados), o disco trouxe um som mais melódico, mas ainda carregado de peso e com a identidade marcante da banda. Após a saída de Ronnie James Dio e a dissolução da formação do álbum Dehumanizer (1992), o grupo trouxe de volta Tony Martin, que já havia trabalhado com a banda nos discos The Eternal Idol (1987) e Headless Cross (1989). Com a permanência de Geezer Butler no baixo, Cross Purposes ganhou uma sonoridade distinta, mesclando o peso clássico do Black Sabbath com melodias mais acessíveis. "I Witness" abre o álbum de forma energética, com riffs poderosos de Iommi e um refrão marcante. "Cross of Thorns" é um dos momentos mais épicos do álbum, começando de forma melancólica e evoluindo para um peso dramát...

Beyond Magnetic (2011): o Metallica em seu estado mais cru e agressivo

O EP Beyond Magnetic foi lançado digitalmente em 13 de dezembro de 2011 como uma surpresa para os fãs do Metallica. Composto por quatro faixas, o material foi originalmente gravado durante as sessões de Death Magnetic (2008), mas acabou ficando de fora da versão final do álbum. Posteriormente, em 30 de janeiro de 2012, o EP recebeu um lançamento físico. Lançado durante as celebrações do 30º aniversário da banda no Fillmore, em São Francisco, Beyond Magnetic chegou como um presente especial para os fãs. As músicas funcionam como uma ponte entre o Metallica do final dos anos 2000 e seu desejo de resgatar as raízes do thrash metal, especialmente após a recepção negativa de St. Anger (2003). As faixas foram divulgadas gradualmente nos shows comemorativos, recebendo uma recepção positiva, o que incentivou a banda a lançá-las oficialmente em formato digital e, posteriormente, físico. Um dos destaques do EP, "Hate Train" abre com um riff intenso e direto, remetendo ao estilo...

Slide It In (1984), o álbum que transformou o Whitesnake

Slide It In marca um ponto crucial na trajetória do Whitesnake, sendo um disco de transição entre o hard rock/blues britânico que a banda fazia nos anos 1970 e o som mais polido e comercial que os tornaria superstars no final dos anos 1980. Lançado na Europa em 20 de janeiro 1984 e na América do Norte em 16 de abril do mesmo ano, Slide It In foi o sexto álbum da banda, e sua produção teve duas versões. A versão original britânica foi produzida por Martin Birch, conhecido por seu trabalho com o Deep Purple e o Iron Maiden. Essa versão tem um som mais cru e com um peso mais puxado para o blues. Após assinar com a Geffen Records, o álbum foi remixado para o mercado dos EUA, com John Kalodner supervisionando a mixagem e adicionando novas gravações de guitarra e baixo. Isso tornou o som mais limpo, com mais peso e aproximando o som do hard rock típico dos anos 1980. Essa mudança foi parte da estratégia do vocalista David Coverdale para fazer a banda conquistar o público americano, alg...

The Astonishing (2016): a ambiciosa ópera rock do Dream Theater

Lançado em 29 de janeiro de 2016, The Astonishing é o décimo terceiro álbum do Dream Theater e um dos projetos mais ambiciosos da banda. Trata-se de uma ópera rock conceitual com uma narrativa densa e um escopo grandioso, que divide opiniões entre fãs e críticos. A banda, liderada pelo guitarrista John Petrucci e o tecladista Jordan Rudess, concebeu The Astonishing como uma verdadeira epopeia musical. A história, criada por Petrucci, se passa em um futuro distópico onde a música humana foi substituída por máquinas sonoras chamadas NOMACS. A trama segue a jornada de Gabriel, um jovem com o dom de criar música de forma natural, que se torna a esperança de um povo oprimido contra um império autoritário. A estrutura do álbum é dividida em dois atos e conta com 34 faixas, o que reforça sua natureza operística. A influência de trilhas sonoras de filmes e musicais da Broadway é evidente, tornando-o um álbum diferente de tudo que a banda já havia produzido. Musicalmente, The Astonishing ...

Seventh Star (1986): um testemunho da resiliência de Tony Iommi

Seventh Star , lançado em 28 de janeiro de 1986, marca um momento peculiar na carreira do Black Sabbath. Originalmente concebido como um álbum solo de Tony Iommi, foi lançado sob o nome da banda devido a pressões da gravadora. Este contexto molda a identidade do disco, que se distancia do som clássico do Sabbath e abraça elementos mais próximos do hard rock e do blues rock, típicos da cena dos anos 1980. O vocalista Glenn Hughes, ex-Trapeze e Deep Purple, imprimiu ao álbum um tom melódico e cheio de soul, marcando uma ruptura significativa com os estilos mais sombrios e ásperos de Ozzy Osbourne e Ronnie James Dio. A formação da banda nesta fase era transitória, com Tony Iommi como o único membro original do Black Sabbath, ao lado de Geoff Nicholls (teclados), Dave Spitz (baixo) e Eric Singer (bateria, que mais tarde entraria no Kiss, banda onde está até hoje). O álbum foi produzido por Jeff Glixman, trazendo uma sonoridade mais limpa e polida. Musicalmente, incorpora riffs cara...

Elements Part I (2003): a obra-prima sinfônica do Stratovarius

Lançado em 27 de janeiro de 2003, Elements Part I é o oitavo álbum da banda finlandesa Stratovarius. Este disco representa um dos momentos mais ambiciosos da banda, com uma sonoridade épica e arranjos grandiosos, destacando-se pelo uso de elementos sinfônicos que enriquecem o já característico estilo melódico do grupo. O álbum explora temas universais como natureza, espiritualidade e a luta interna do ser humano, que se refletem tanto nas letras quanto na atmosfera musical. A segunda parte do projeto, intitulada Elements Part II , chegou às lojas em novembro do mesmo ano. A temática dos elementos da natureza permeia o disco, com músicas que evocam sentimentos de conexão com o universo e introspecção. "Eagleheart" é uma abertura poderosa, um dos singles mais populares do Stratovarius. A música combina riffs melódicos, um refrão marcante e uma energia otimista que encapsula o espírito do power metal. É uma celebração de liberdade e coragem. Com uma abordagem mais sombria e ...

Review: Angra – Acoustic Live At Ópera de Arame (2024)

A teatralidade que Fabio Lione imprime às canções originalmente gravadas por Andre Matos e Edu Falaschi raramente funciona. Desde sua entrada no Angra, essa abordagem tem gerado estranheza, ainda que seja parcialmente compensada nos shows elétricos tradicionais pelo peso das guitarras, baixo e bateria. No entanto, em um formato acústico, onde a instrumentação é mais minimalista, essa sensação se intensifica, gerando momentos desconfortáveis ao longo do álbum. “Make Believe” , uma das mais belas e emocionantes músicas do Angra, especialmente após ser entoada pelos fãs em homenagem a Andre Matos, carece de emoção nesta nova interpretação. Embora tecnicamente impecável, a performance de Lione não transmite o mesmo impacto emocional. O álbum parece tentar imprimir uma seriedade desnecessária às músicas, característica que elas já possuem de forma natural. A nova versão de “ Nova Era” , que abre o disco em um arranjo mais lento, soa desnecessária, assim como “ Carry On” , que encerra o ...

Who Do We Think We Are (1973), a despedida da formação clássica do Deep Purple

Who Do We Think We Are , lançado em 26 de janeiro de 1973, é o sétimo álbum do Deep Purple. Ele marca o final da formação Mark II (Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord e Ian Paice) até sua reunião em 1984, com o lançamento de Perfect Strangers . É um disco significativo, mas também polêmico, dado o contexto de tensões internas que culminaram com a saída de Ian Gillan e Roger Glover após seu lançamento. Durante as gravações, a banda enfrentava dificuldades devido ao desgaste causado por uma agenda intensa de turnês e disputas internas, especialmente entre Gillan e Blackmore. Isso afetou a dinâmica criativa e o processo de produção, resultando em um álbum menos coeso que seus antecessores, como Machine Head (1972) ou In Rock (1970). A abertura com "Woman from Tokyo" traz uma das faixas mais conhecidas da banda, com uma introdução icônica e riffs marcantes de Blackmore. A música celebra a turnê japonesa do grupo, que gerou o clássico ao vivo Made in Japan...

Review: Midgard – Verdugos (2024)

O Midgard foi formado em 1999. Pioneira do doom metal brasileiro, a banda lançou o seu álbum de estreia, From Ashes ..., em 2005. Mudanças de formação levaram a um hiato, com a banda retornando apenas em 2021, com novos músicos ao lado dos integrantes originais Marco F.L.Y. (vocal e baixo) e Omar Rezende (guitarra). Completam a banda a vocalista Paula Jabur, o tecladista Miño Manzan e o baterista Júlio Della Togna Neto. Verdugos , lançado em 2 de novembro de 2024, é o segundo disco da banda e reúne canções antigas ao lado de novas composições. O álbum foi disponibilizado pela Som do Darma nos streamings e em CD. O álbum nove canções que apresentam um doom metal com elementos de metal tradicional, resultando em uma sonoridade agradável e que varia entre momentos mais calmos e outros mais extremos. Os vocais, prioritariamente de Paula, contam com intervenções bem encaixadas do gutural de F.L.Y., como pode ser ouvido em “Last Sanctuary”. O trabalho de composição é bem feito e resulta e...

Quadrinhos: Mágico Vento Vol. 1, de Gianfranco Manfredi (2024, Editora 85)

As cinco primeiras histórias da série Mágico Vento apresentam uma introdução rica e cativante ao universo criado por Gianfranco Manfredi. Combinando elementos de faroeste, misticismo e terror, cada história contribui de forma única para estabelecer o clima da série, desenvolver seus personagens principais e explorar temas fundamentais. Fort Ghost serve como a fundação para o universo de Mágico Vento . A história estabelece o tom híbrido da série, que mescla o faroeste clássico com o sobrenatural, apresentando Ned Ellis, um soldado que se transforma em Mágico Vento após um acidente traumático. Sua conexão com o espiritual é imediatamente explorada, enquanto eventos misteriosos em um antigo forte militar definem o tema de investigação entre os mundos físico e místico. Mágico Vento é introduzido como um protagonista multifacetado, cuja jornada pessoal é tanto externa quanto interna. Poe, o jornalista cético, atua como um contraponto lógico, criando uma dinâmica interessante que se torn...

Review: Bad Company – Run With the Pack (1976)

Ainda que não seja tão celebrando quanto os dois primeiros álbuns do Bad Company, o debut autointitulado (1975) e Straight Shooter (1975), Run With the Pack , terceiro trabalho da banda, é inegavelmente um belo disco. No entanto, fica um pouco prejudicado devido ao contraste entre suas duas metades. Enquanto as primeiras músicas apostam no hard rock classudo que se tornou marca registrada da banda, a parte final explora uma sonoridade mais contemplativa carregada pelas influências de soul music do vocalista Paul Rodgers. Lançado em 30 de janeiro de 1976, Run With the Pack levou adiante o sucesso do quarteto, chegando ao número 4 nas paradas do Reino Unido e na 5ª posição nos Estados Unidos. Produzido pela própria banda, traz dez canções que formam um tracklist que poderia ser mais homogêneo. Enquanto as faixas iniciais apresentam o hard contagiante de “Live for the Music”, a espetacular balada “Simple Man”, o groove de “Honey Child”, a arrepiante “Love Me Somebody” e a contagiante ...

Review: Brujeria – Matando Güeros (1993)

Matando Güeros , lançado em 1993, marca a estreia da banda mexicano-americana de grindcore e death metal Brujeria. O álbum tornou-se um ícone do underground pela sua agressividade sonora e pelo conteúdo lírico provocativo e polêmico. O título, que significa "matando brancos", é intencionalmente incendiário, representando a resistência de minorias marginalizadas contra o colonialismo, racismo e exploração. Apesar de sua abordagem extrema, as letras funcionam como um grito de revolta contra opressões históricas, com um foco particular nas tensões entre México e Estados Unidos. A obra gerou controvérsia ao abordar temas explícitos como violência, narcotráfico e confrontos raciais, desafiando normas culturais e sociais. Musicalmente, o álbum é uma explosão de brutalidade e intensidade. Os riffs de guitarra são rápidos e pesados, acompanhados por linhas de baixo densas, blast beats insanos e vocais guturais carregados de raiva e, em muitos momentos, extremamente teatrais através...

Review: Angra – Temple of Shadows 20 Years Anniversary Edition (2024)

Temple of Shadows , lançado em 2004, é considerado um dos álbuns mais ambiciosos e emblemáticos do Angra. Ele combina power metal, elementos progressivos e influências da música brasileira, resultando em um trabalho conceitual de grande profundidade musical e temática. O álbum narra a história fictícia de The Shadow Hunter, um cavaleiro das Cruzadas que começa a questionar os dogmas da Igreja e os princípios de sua própria fé. A narrativa explora temas como religião, fanatismo, moralidade e livre-arbítrio, inserindo-se em um debate profundo sobre os impactos das ideologias humanas ao longo da história. Musicalmente, mistura power metal rápido e técnico com elementos progressivos, orquestrações e passagens acústicas inspiradas na música brasileira. A combinação de ritmos brasileiros, como baião e samba, em faixas como "Late Redemption" e "The Temple of Hate", dá uma identidade única ao trabalho. As performances são excepcionais, com destaque para Kiko Loureiro e ...

Review: Yan Vol. 1 a 3, de Chang Sheng (2024, Comix Zone)

Yan , do taiwanês Chang Sheng, é uma obra que harmoniza elementos tradicionais da cultura chinesa com uma narrativa moderna repleta de ficção científica e ação. Publicado no Brasil pela editora Comix Zone em três volumes, o mangá cativa tanto pela excelência visual quanto pelo enredo complexo, pontuado por reviravoltas e sustentado pelo carisma de seus personagens bem construídos. O traço de Chang Sheng é primoroso, com um detalhamento impressionante e um uso excelente de luz e sombra, que amplifica a atmosfera imersiva da obra. Os personagens ganham vida por meio de expressões marcantes, enquanto as cenas de ação são coreografadas com uma energia vibrante que salta das páginas. O autor também domina o ritmo narrativo, equilibrando momentos grandiosos com sequências introspectivas, o que resulta em uma experiência de leitura fluida e cativante. A trama segue Yan Tiehua, uma jovem que se vê imersa em uma jornada de vingança e redenção após uma tragédia familiar devastadora. Temas un...

Review: Black Sabbath – Born Again (1983)

Nunca fui o maior fã de Born Again , um dos álbuns mais controversos do Black Sabbath. Este disco polariza opiniões como poucos: é amado por uns e rejeitado por outros, e eu costumava me enquadrar no segundo grupo. No entanto, motivado pelos ares de renovação que acompanham o início de um novo ano, decidi revisitar o álbum em 2025. Surpreendentemente, minha percepção mudou bastante. Lançado em 9 de setembro de 1983, Born Again ocupa um lugar peculiar na discografia do Black Sabbath. Após a saída de Ronnie James Dio, a banda enfrentava uma fase de instabilidade e, como solução, recrutou Ian Gillan, ex-vocalista do Deep Purple, que também atravessava um momento difícil em sua carreira solo. A junção dessas duas forças gerou uma mistura inusitada de estilos e interpretações que desafia expectativas. O álbum marcou um período de experimentação para o Black Sabbath. A formação contou com Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo), Bill Ward (bateria) e Ian Gillan (vocal). Apesar das ...

Review: Deep Purple – In Rock (1970)

O mundo conheceu o Deep Purple de verdade com In Rock . Embora a banda já tivesse lançado três álbuns antes – Shades of Deep Purple (1968), The Book of Taliesyn (1968) e Deep Purple (1969), além do experimento ao vivo Concerto for Group and Orchestra (1969) –, foi com a chegada de Ian Gillan e Roger Glover (que já haviam participado do Concerto ) que o quinteto inglês encontrou seu som definitivo. A fase com Rod Evans nos vocais é interessante, dialoga com o rock dos anos 1950 e flerta com o psicodelismo, mas o peso que marcaria a identidade do Deep Purple só veio de fato com In Rock . Lançado em 5 de junho de 1970, o álbum surgiu no mesmo ano dos dois primeiros trabalhos do Black Sabbath e após o Led Zeppelin ter colocado no mercado seus dois primeiros discos. Com In Rock , a tríade sagrada do rock pesado dos anos 1970 estava completa. As sete faixas do álbum mostraram que o Purple havia se transformado completamente e soava como outra banda. Essa mudança fica evidente logo na i...

CD quântico, a novidade que pode revolucionar o mercado de mídia física

Pesquisadores da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo uma tecnologia revolucionária que pode revitalizar o mercado de CDs em grande escala. Embora o formato ainda seja consumido por um público nichado – como colecionadores apaixonados, entre os quais me incluo, com uma coleção de quase 3 mil títulos – o consumidor médio migrou para plataformas de streaming, deixando os CDs em segundo plano. Essa nova tecnologia, no entanto, promete mudar esse cenário, tornando o formato mais atrativo e relevante para o público em geral. A pesquisa resultou na criação de um modelo de memória óptica que armazena até mil vezes mais dados do que os CDs convencionais. Esse avanço é possível graças ao uso de partículas quânticas, conhecidas como qubits, que servem para o armazenamento das informações. Diferentemente dos bits binários, os qubits podem representar múltiplos estados simultaneamente, permitindo a compactação de uma quantidade muito maior de dados em um espaço menor....

Livro: Criança de Domingo – Uma Biografia Musical de Chico Science, de José Teles (2023, Belas Letras)

Criança de Domingo: Uma Biografia Musical de Chico Science é uma obra que se propõe a explorar a trajetória de um dos maiores ícones da música brasileira, Chico Science, pioneiro do movimento Manguebeat. Escrito por José Teles, o livro oferece um mergulho profundo na vida e na arte do cantor e compositor, destacando não apenas sua genialidade artística, mas também o contexto cultural, político e social que moldou sua obra. O livro se desenrola de forma biográfica, traçando a trajetória de Chico desde sua infância em Recife até sua ascensão como líder do movimento Manguebeat. A narrativa é construída a partir de entrevistas, pesquisas e registros históricos, permitindo uma visão íntima e detalhada do artista. José Teles contextualiza o surgimento do Manguebeat nos anos 1990, uma época de forte efervescência cultural e política em Pernambuco. O autor descreve como Chico e sua banda, Nação Zumbi, fundiram elementos da música tradicional nordestina, como maracatu, com influências do roc...