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Mostrando postagens de julho, 2009

Discos Fundamentais: Thin Lizzy - Jailbreak (1976)

Por Régis Tadeu Colecionador e Jornalista Matéria publicada originalmente na edição #155 da revista Cover Guitarra Em pouco mais de 36 minutos, apenas nove canções. Em cada uma delas retratos emocionais da jovem classe média operária do Reino Unido (mas que poderiam facilmente se enquadrar em qualquer cidade do mundo ocidental), nas quais agressividade, lirismo, candura e poesia expunham uma beleza inesperada, como uma rosa encontrada no meio do lixo. Assim é composto um dos mais extraordinários discos já lançados por um grupo de seres humanos. Mas o Thin Lizzy era muito mais que uma banda de rock. Era uma espécie de antro de inteligência literária dentro de um universo que não necessariamente primava pela destreza poética - vide as fraquíssimas letras que emolduravam grandes clássicos do Deep Purple e do Led Zeppelin, só para citar os exemplos mais famosos da época. Ao contrário de seus pares, o grupo liderado pelo carismático e genial baixista/vocalista Phil Lynott praticava a união ...

Começando a coleção: Ramones

Por Ale Cubas Colecionador Collector´s Room Começando a coleção é a sessão que eu mais gosto de escrever aqui na Collector’s Room , mas devo admitir que existem algumas bandas que nos deixam em um beco sem saída na hora de escolher apenas três álbuns para representar sua discografia. O Ramones é uma delas. Mesmo dividindo sua carreira em fases distintas, alguns álbuns mais do que indispensáveis acabam ficando de fora, como foi o caso de Animal Boy (1986), Pleasant Dreams (1981), Brain Drain (1989), Too Tough to Die (1984) e End of the Century (1980), que tive que acabar deixando de lado. A banda Ramones foi fundada em Nova York, Estados Unidos, e influenciou várias gerações, com músicas simples e com poucos acordes. Seja com a formação tradicional, que contava com Jeffry Ross Hyman (Joey), John Cummings (Johnny), Douglas Glenn Colvin (Dee Dee) e Marc Bell (Marky) ou também com Richard Reinhardt aka Beau (Richie), Tamás “Thomas” Erdélyi (Tommy) ou Christopher Joseph Ward (CJ), o q...

Discos Fundamentais: The Who - Tommy (1969)

Por Régis Tadeu Colecionador e Jornalista Matéria publicada originalmente na edição #158 da revista Cover Guitarra O mundo em que vivemos não se cansa de nos quebrar a todos, mas alguns costumam ficar mais fortes exatamente nos pontos quebrados. É preciso ter tal pensamento em mente ao encarar a experiência de ouvir um disco como Tommy . Não, um simples "disco" não dá a real dimensão do que se ouve aqui. O termo correto seria "obra-prima", um trabalho musical que está no mesmo nível de importância de Sgt Peppers Lonely Hearts Club Band e Pet Sounds . Considerada como a primeira ópera-rock a ser composta - embora tal rótulo demonstre uma certa imprecisão (o mais correto seria uma " cantata roqueira") -, Tommy simplesmente inspirou 80% do rock e do pop feito a partir de 1969 (data de seu lançamento oficial), principalmente na maneira como a guitarra passou a ser encarada como instrumento principal dentro de uma composição. Ao cunhar uma série de acordes n...

11 discos para começar a gostar de soul

Por Régis Tadeu Colecionador e Jornalista Matéria publicada originalmente no site Yahoo! Pois bem, aqui está uma outra seleção, desta vez com sugestões que julgo imprescindíveis para quem quer começar a gostar de soul music. Para variar, tive muita dificuldade em escolher os onze discos, pois muitos são os álbuns essenciais do gênero e eu tive que deixar de fora trabalhos excepcionais de artistas verdadeiramente únicos. Propositalmente não coloquei nada do James Brown porque, como você já sabe a esta altura do campeonato, é primordial ouvir todos os discos do cara. Também com dor no coração tive que deixar de fora discos maravilhosos de Solomon Burke, Bobby Bland, Billy Paul, Diana Ross & The Supremes, Ray Charles (muito mais porque o seu lance era uma mistureba de r&b com outros estilos) e mais uma cacetada de gente talentosíssima. Bem, vamos lá! 1) Marvin Gaye - What´s Going On (1971) Sem dúvida alguma este é o mais importante disco da soul music de todos os tempos. A preocup...

Lançamentos interessantes chegando

The 69 Eyes - Back in Blood Lançamento: 28 de agosto Gênero: Gothic Rock Jorn - Dukebox Lançamento: 28 de agosto Gênero: Heavy Metal Siena Root - Different Realities Lançamento: 27 de agosto Gênero: Hard Rock Jet - Shaka Rock Lançamento: 25 de agosto Gênero: Rock Tim Buckley - Live at the Folklore Center 1967 Lançamento: 25 de agosto Gênero: Folk Rock Vader - Necropolis Lançamento: 21 de agosto Gênero: Death Metal U.D.O. - Dominator Lançamento: 21 de agosto Gênero: Heavy Metal Artic Monkeys - Hambug Lançamento: 19 de agosto Gênero: Indie Rock Woodstock - 40 Years On: Back to Yasgur´s Farm Lançamento: 10 de agosto Gênero: Classic Rock Behemoth - Evangelion Lançamento: 07 de agosto Gênero: Black Metal Smokey Robinson and The Miracles - The Early Albums Lançamento: 04 de agosto Gênero: Soul T he Meters - Live at Rozy´s Lançamento: 04 de agosto Gênero: Funk Robert Wyatt - Box Set Lançamento: 03 de agosto Gênero: Jazz-Rock, Progressivo

Entrevista exclusiva - Coco Montoya: "Albert Collins foi a minha maior influência, tanto na música como na vida"

Por Ugo Medeiros Colecionador e Jornalista Coluna Blues Rock Em carreira solo desde 1993, o guitarrista norte-americano Coco Montoya é hoje um dos grandes representantes do blues. Após passagens pela banda de Albert Collins e pelos Bluesbreakers de John Mayall, Coco viaja pelo mundo com sua inseparável Stratocaster e impressiona o público com sua pegada blues-rock e feeling. Após a apresentação no 7º Rio das Ostras Jazz & Blues Festival, ele bateu um papo bem descontraído conosco sobre o começo da sua carreira. Ugo Medeiros – Nos anos 70 você tocou bateria na banda do Albert Collins. A partir da relação com o bluesman você passou a tocar guitarra. Você o considera o seu grande mestre na guitarra? Coco Montoya – Com certeza! Ele foi a maior influência na forma que eu toco e na minha vida, foi como um pai para mim. Apesar de eu ter escutado outros grandes guitarristas, como Eric Clapton e os “Kings” (B.B., Albert e Freddie), Albert Collins foi o músico que mais me marcou. UM – Você d...

Castiga!: a obrigatória estreia solo de Jack Bruce

Por Marco Antonio Gonçalves Colecionador Sinister Salad Musikal Cantor de timbre vocal marcante, compositor de capacidade única e, acima de tudo, um dos maiores baixistas surgidos na face da Terra. Se você pensou em Jack Bruce, acertou em cheio. Um músico carregado de atributos que virou lenda não só pela sua passagem por combos sensacionais como Graham Bond Organization, Manfred Mann, John Mayall & The Bluesbreakers e West, Bruce & Laing, entre outros, mas evidentemente por ser parte do maior power trio inglês da história do rock, o Cream. Ao longo de seus 66 anos de idade e com uma carreira solo bem desenvolvida, Jack Bruce ostenta uma discografia com pelo menos duas dezenas de álbuns individuais. Alguns deles são obrigatórios, como é o caso deste Songs for a Tailor , sua estreia solo. Lançado pela Polydor Records em 1969, é um disco que pode causar certa estranheza nas primeiras audições, muito por conta da sonoridade dissonante e da alternância de compassos de algumas cançõ...