Por Régis Tadeu Colecionador e Jornalista Matéria publicada originalmente na edição #155 da revista Cover Guitarra Em pouco mais de 36 minutos, apenas nove canções. Em cada uma delas retratos emocionais da jovem classe média operária do Reino Unido (mas que poderiam facilmente se enquadrar em qualquer cidade do mundo ocidental), nas quais agressividade, lirismo, candura e poesia expunham uma beleza inesperada, como uma rosa encontrada no meio do lixo. Assim é composto um dos mais extraordinários discos já lançados por um grupo de seres humanos. Mas o Thin Lizzy era muito mais que uma banda de rock. Era uma espécie de antro de inteligência literária dentro de um universo que não necessariamente primava pela destreza poética - vide as fraquíssimas letras que emolduravam grandes clássicos do Deep Purple e do Led Zeppelin, só para citar os exemplos mais famosos da época. Ao contrário de seus pares, o grupo liderado pelo carismático e genial baixista/vocalista Phil Lynott praticava a união ...