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Mostrando postagens de outubro, 2019

Review: Dillo – Guitarrafrika (2019)

Amo um disco, e ele se chama Mestiço . Já com 11 anos de idade, trata-se do segundo álbum do guitarrista brasiliense Dillo D’Araújo. Após a estre ia com Crocodilo Gang , onde trilhava um caminho mais blues, Dillo encontrou o seu som em Mestiço ao unir influências de rock, blues e funk à ritmos brasileiros e gênios como Tim Maia e Jorge Ben, resultando em um som original e contagiante. Depois de Mestiço  (2008) vieram Jacaretaguá (2012) e Dillo (2016), e o recém-lançado Guitarrafrika . E aqui começo a desenvolver uma nova paixão. Desta vez Dillo gravou um álbum inspirado na música africana, banhando a sua guitarra em gêneros como o afrobeat e saindo com um trabalho instrumental absolutamente incrível. Como o próprio guitarrista diz, trata-se de “ música instrumental para dançar ”. Ao lado de Dillo estão o baixista Lucas Tufas e o baterista Robinho Batera. O trabalho é fruto de uma viagem do guitarrista pelo continente africano para pesquisar novos ritmos. O que o...

Review: Generation Axe – The Guitars That Destroyed the World (2019)

O sucesso do G3, projeto criado por Joe Satriani com o objetivo de reunir grandes guitarristas em turnês conjuntas, moldou a forma como a música instrumental dentro do rock passou a ser apresentada para o público. A primeira tour aconteceu em 1996 e trouxe Satriani ao lado de Steve Vai e Eric Johnson, rendendo um CD e um DVD excelentes. A iniciativa segue na ativa até hoje. Fazendo um pouco de exercício, podemos olhar mais para trás e identificar a ideia do G3 em outro projeto. No início dos anos 1980 os guitarristas Al Di Meola, Paco de Lucía e John McLaughlin, três dos maiores nomes do jazz e do fusion no período, reuniram forças em um álbum ao vivo chamado Friday Night in San Francisco (1981), parceria essa que seria retomada em The Guitar Trio , disco lançado no mesmo ano de 1996 em que o G3 veio ao mundo. Pois bem. O Generation Axe é o G3 de Steve Vai. O guitarrista chamou Zakk Wylde, Yngwie Malmsteen, Nuno Bettencourt e Tosin Abasi para uma turnê nos mesmos moldes d...

Review: The Rods – Brotherhood of Metal (2019)

O The Rods é uma das bandas mais cultuadas do metal norte-americano. Fundado em Nova York em 1980, o trio liderado pelo vocalista e guitarrista David Feinstein chega ao seu nono álbum, o terceiro após o retorno às atividades em 2008. Completam o time o baixista Garry Bordonaro e o baterista Carl Canedy. Brotherhood of Metal é um disco feito sob medida para headbangers das antigas, ou para quem curte a sonoridade do metal oitentista. Suas onze faixas apostam no saudosismo e não trazem nada de inovador, mas isso não é algo necessariamente importante para uma parcela de ouvintes de metal. Abre-se mão de trazer algo novo mas compensa-se isso com bons riffs, melodias de guitarra grudentas e refrãos fortes. A música muitas vezes não precisa trazer algo novo para ser cativante, e aqui temos mais uma prova disso. Feinstein, que é primo de Ronnie James Dio e foi companheiro do vocalista nos tempos do Elf, entrega um hard & heavy com pegada estradeira e que em alguns momentos...

Quadrinhos: Saga – Volume Nove, de Brian K. Vaughan e Fiona Staples (2019, Devir)

Publicada desde 2012, Saga é uma das melhores séries de quadrinhos da atualidade e já possui o status de clássico contemporâneo. Motivos para isso não faltam: o roteiro de Brian K. Vaughan é muito bem construído e bebe em arquétipos consagrados ao mesmo tempo em que conversa com narrativas marcantes da literatura, cinema e televisão. Já a arte de Fiona Staples é de cair o queixo, com um dos traços mais belos e refinados que os quadrinhos já viram. Some-se a isso uma história de amor entre planetas rivais (olha o Romeu e Julieta de William Shakespeare aí), viagens pelo espaço e encontros com personagens sempre inusitados (o design dos heróis e vilões remete à imprevisibilidade de Star Wars , com elementos que unem tecnologia ao ser humano) e uma sensação onipresente de que tudo pode acontecer com todo mundo, inclusive os protagonistas (George R.R. Martin e seu sanguinário Game of Thrones mandam lembranças), e você tem uma HQ que é simplesmente apaixonante. Este nono encadernad...

Filme: Os 3 Infernais, de Rob Zombie (2019)

Décimo filme de Rob Zombie, Os 3 Infernais ( 3 From Hell no título original) retoma a saga da família de serial killers Firefly, iniciada em A Casa dos 1000 Corpos (2003) e contada com mais detalhes em Rejeitados pelo Diabo (2005). O roteiro mostra o que aconteceu com o trio Baby Firefly (interpretada por Sheri Moon Zombie, esposa do diretor e vocalista), Otis Driftwood (vivido por Bill Moseley) e o palhaço Capitão Spaulding (um dos últimos trabalhos do ator Sid Haig, falecido no final de setembro) após o final do filme de 2005. Há um sério problema em Os 3 Infernais , e ele é na verdade um conjunto de fatores. O principal é a expectativa em relação ao filme. Rejeitados pelo Diabo é considerado, de forma unânime, o melhor trabalho de Zombie como diretor – eu também gosto muito da sua releitura para o clássico Halloween , que rendeu dois filmes lançados em 2007 e 2009 -, e o intervalo de quase quinze anos em relação à essa sequência fez com que o hype fosse lá para cima. O...

O futuro do Iron Maiden

Os próximos meses serão interessantes para os fãs do Iron Maiden. Após fazer história com a espetacular The Legacy of the Beast Tour, que trouxe para o palco o show mais teatral da carreira da banda e repassou o catálogo de clássicos do grupo, o Iron Maiden entrou em modo stand-by . Essa parada terá dois eventos que mexerão com os fãs. O primeiro é o lançamento do segundo disco do British Lion, projeto solo de Steve Harris onde o líder, baixista e principal compositor do Maiden toca ao lado do vocalista Richard Taylor, dos guitarristas Graham Leslie e David Hawkins e do baterista Simon Dawson. O quinteto lançou o seu disco de estreia, British Lion , em 2012, trazendo influências dos anos 1970 e de nomes como Wishbone Ash, Thin Lizzy e UFO, bandas que Harris sempre admirou. Com boas músicas, o álbum dividiu os fãs principalmente pela voz de Taylor, aguda e um tanto incômoda, e que destoa bastante do que os devotos do Iron Maiden estão acostumados a encontrar no timbre de Bruc...

Review: Michael Schenker Fest – Revelation (2019)

Michael Schenker chamou diversos vocalistas e músicos parceiros e ressuscitou a sua carreira com o Michael Schenker Fest, que estreou primeiramente em festivais europeus e lançou o seu primeiro disco em 2018, o competente Resurrection . A boa receptividade tanto do público quanto da crítica motivou os caras e agora temos em mãos Revelation , segundo trabalho do projeto. Novamente cercado por grandes nomes – marcam presença as vozes de Doogie White, Robin McAuley, Gary Barden, Graham Bonnet e Ronnie Romero, e a banda é completada por Steve Mann (guitarra e teclado), Chris Glen (baixo) e Simon Philip e Bodo Schopf se alternando na bateria -, Schenker aposta na sonoridade característica de sua carreira, com a guitarra sendo a protagonista (tanto nos riffs quanto nos solos) ao lado dos diversos cantores. As canções são moldadas para cada tipo de voz e para o histórico de cada convidado, variando entre faixas mais pesadas e com uma pegada bem metal e outras onde o hard rock assum...

Discoteca Básica Bizz #203: João Bosco - Caça à Raposa (1975)

Naquele tempo, 1975, havia como contar histórias. Não vai aqui só um saudosismo besta (embora haja um tanto disso), mas uma constatação de que havia, para a MPB, uma possibilidade e uma ambição de integrar uma narrativa sobre o Brasil. A possibilidade vinha da plasticidade nas formas - inauguradas pelo curto-circuito tradição-bossa nova-tropicalismo operado nos anos 1960 - e das referências intelectuais coletivas. Já a ambição vinha da ideia de fazer música como um modo de intervenção na realidade. É desse caldo de cultura que nasce  Caça à Raposa , primeiro grande disco daquela que foi uma das parcerias mais importantes da MPB: a do violonista e ex-engenheiro João Bosco com o letrista e ex-médico Aldir Blanc. Não é a estreia de Bosco em disco. Ele viria precedido, em 1972, de um "Disco de Bolso" do Pasquim, que editava num mesmo compacto um compositor consagrado de um lado e um desconhecido de outro - Tom Jobim com "Águas de Março" e João Bosco e Aldir B...

Review: Neil Young – Colorado (2019)

Neil não se juntava com a Crazy Horse desde 2012, quando lançou Psychedelic Pill, e já estávamos com saudades ... muitas saudades. Alguns dos melhores trabalhos de Young são com a banda que tem um som áspero, meio sujo, pesado, mas que pode soar delicado ainda assim. Este Colorado é o seu trigésimo nono (!) disco de estúdio e, mesmo que Neil nunca tenha soado envelhecido ou cansado, traz o cantor e compositor revigorado e focado na barulheira.  Explico: boa parte do disco, que é produzido pelo próprio Neil Young e por John Harlon, tem arranjos pesados e esporrentos com guitarras gritando no primeiro plano e fazendo tanto Neil quanto Nils Lofgren brilharem nos instrumentos. O baixo de Billy Talbot e bateria Ralph Molina completam as canções de forma não menos brilhante. “She Showed Me Love”, que remete jams matadoras de “Down by the River” ou “Cowgirl in the Sand”, ambas de Everybody Knows This is Nowhere (1969), é a prova cabal disso. A música passa fácil dos treze m...

Quadrinhos: Bone, de Jeff Smith (2019, Todavia)

Como é bom viver em um mundo onde podemos ler Bone completo. Depois de 3 editoras brasileiras publicarem o título sem o concluírem, agora a editora Todavia lança a obra completa em três edições parrudinhas, em cores e caprichadas.                                         O americano Jeff Smith lançou Bone em 1991 de maneira independente e o quadrinho logo se tornou um clássico instantâneo (se é que isso existe mesmo). Smith escreveu e desenhou todas as edições da série, que chegou ao seu fim em 2004. E Bone realmente solidificou o seu status de clássico da nona arte ao longo dos anos.   Ainda mais se notarmos que nesse meio tempo não houve edições, extras, expansão de universo e nem nada disso - se bem que a Netflix anunciou uma animação de Bone . Bom, se não estragarem muito já es...

Review: Hollywood Vampires – Rise (2019)

Depois da estreia auto intitulada lançada em 2015, o Hollywood Vampires mostra em seu segundo disco a cara que a banda realmente possui em termos artísticos. Tendo como integrantes centrais Alice Cooper e Joe Perry, dois dos maiores nomes do rock, e o ator Johnny Depp, um dos mais conhecidos rostos de Hollywood e que aqui assume a sua persona rock and roll como guitarrista, o Hollywood Vampires é rock direto e sem firulas. Como diriam Mick Jagger e Keith Richards: “ It’s only rock and roll, but I like it ”. Rise foi produzido por Tommy Henriksen, guitarrista do grupo e parceiro de longa data de Cooper. O álbum traz dezesseis faixas em seus 56 minutos, sendo que apenas três são covers: “You Can’t Put Your Arms Around a Memory” de Johnny Thunders, “Heroes” de David Bowie e “People Who Died” da The Jim Carroll Band. Aqui já começa a diferenciação com o debut: ao invés de dar o seu toque para músicas de outros artistas, agora o Hollywood Vampires investe na criação de seu própr...

Samsung Best of Blues: entrevista com Kenny Wayne Shepherd

"Estou realmente muito ansioso para os shows. É minha primeira vez por aí e certamente vamos levar o nosso melhor até São Paulo e Porto Alegre" É assim, sem esconder a empolgação, que o guitarrista Kenny Wayne Shepherd fará sua estreia no Brasil no próximo final de semana. Sem cerimônias e num clima de informalidade, o músico cedeu entrevista aos sites Memorabilia, Passagem de Som e Collectors Room. O artista norte-americano será uma das principais atrações da edição 2019 do Samsung Best of Blues, que ainda tem como destaque o virtuoso guitarrista Zakk Wylde (Black Label Society e Ozzy Osbourne) e a dupla brasileira formada por Tatiana e Nina Pará. O Samsung Best of Blues será realizado em eventos gratuitos nas duas capitais – Porto Alegre no sábado (26), no Anfiteatro Pôr do Sol, e São Paulo no domingo (27), na plateia externa do Auditório Ibirapuera. Na capital gaúcha, soma-se a abertura do grupo Stones Blues Band + Luciano Leães.   Certamente grande parte das p...

Review: Alter Bridge – Walk the Sky (2019)

Quem não lembra do final dos anos 1990 e início da década passada, em que o rock ainda fazia sucesso comercial? Nessa época houve a explosão do Creed, uma banda norte-americana de pós-grunge que gerou um misto de admiração e irritação entre o público. Após o seu término, os seus três instrumentistas se uniram ao vocalista Myles Kennedy e montaram um combo sônico mais forte e virtuoso chamado Alter Bridge, o qual trouxe agora em seu sexto álbum, Walk the Sky , um estilo ainda mais distante daquele outro grupo. Aqui, Kennedy não apenas atinge uma maior versatilidade em seu típico vocal agudo como também entrelaça suas emoções com as guitarras furiosas e catárticas de Mark Tremonti. E a cozinha de Brian Marshall (baixo) e Scott Phillips (bateria) traz coesão e grooves na medida certa, sem exibicionismos. Enquanto o som é mais sombrio e exótico do que de costume, as letras conferem maior dose de força e esperança para vencermos as batalhas contra nossos demônios internos, algo bem...

Review: Arnaldo Baptista – Loki? (1974)

O ano era 1974. Seu casamento havia acabado e ele havia largado sem maiores explicações a banda que fundara em meados dos anos 1960 e que agora seguia por outros caminhos. A perspectiva de uma carreira solo se esvaia como uma alucinação das montanhas de ácido lisérgico que consumia. O futuro nunca lhe parecera tão incerto como quando entrou na sala de Roberto Menescal, então diretor artístico da Philips. Queria apresentar um projeto para um disco solo, mas encontrava dificuldades em falar com André Midani, o chefão da companhia. Menescal se dispôs a ir com ele e ouvir o material composto. Notou então que as músicas, assim como o compositor, tinham um tom triste, muito longe do garotão irreverente que conhecia desde 1969. Cantava como se cada música tivesse o poder de extravasar a dor e a confusão que sentia. Ao voltar para o escritório, Menescal comunicou a André Midani que estava disposto a fazer um disco com aquele sujeito. Apesar de ser muito corajoso quando o assunto...

Review: Rhapsody – Dawn of Victory (2000)

Em 2000, o quinteto italiano Rhapsody era um dos principais nomes do power metal em todo o mundo. No Brasil, a banda arrebanhava uma multidão de fãs tanto pela música que fazia, inegavelmente original, quanto pela presença constante nas páginas da Rock Brigade, principal revista especializada em metal na época e também responsável por lançar os discos do grupo por aqui. Foi nesse cenário que desembarcou nas lojas Dawn of Victory , terceiro álbum da banda formada pelo vocalista Fabio Lione, pelo guitarrista Luca Turilli, pelo baixista Alessandro Lotta, pelo tecladista Alex Staropoli e pelo baterista Alex Holzwarth. Produzido novamente pela dupal Sasha Paeth e Miro, que havia assinado os dois primeiros trabalhos do grupo, Dawn of Victory traz em suas dez canções o exemplo mais bem acabado dessa primeira fase do quinteto italiano. Estão aqui as letras contando batalhas épicas, feitos heroicos e contos grandiosos, tudo amparado pela eficiente mistura entre metal melódico, músic...

Review: Kadavar – For the Dead Travel Fast (2019)

Uma das bandas mais interessantes da cena pesada atual, os alemães do Kadavar acabam de lançar seu mais novo álbum, For the Dead Travel Fast . É o quinto disco de estúdio do grupo, que volta mais hard (doom metal, dizem os fãs) com uma rifferama infernal, mas com o nariz apontado para o pop. Pop? Sim ... ma mesma pegada em que o Ghost aponta seu futuro.   Basta ouvir a grudenta “Children of the Night” para constatar. E isso não é ruim. Os barbudos não lançavam nada novo desde Rough Times (2017), em que, pessoalmente, senti uma produção um tanto modernosa demais, que deixou o disco um pouco abaixo dos anteriores. Não que o álbum fosse ruim, mas não ombreava com os dois primeiros, Kadavar e Abra Kadavar , 2012 e 2013 respectivamente, que sempre que ouço abro um sorriso de orelha a orelha e, mesmo com a idade, ainda dou umas bangeadas. Em For the Dead Travel Fast o grupo liderado por Christoph “Lupus” Lindemann (guitarra e vocal) investe novamente no peso e n...

Quadrinhos: Exorcismo – O Ritual Romano, de El Torres, Jaime Martínez e Sandra Molina (2019, Darkside Books)

Exorcismo – O Ritual Romano é um quadrinho escrito pelo roteirista El Torres e ilustrado por Jaime Martínez, com cores de Sandra Molina – todos espanhóis. A obra foi publicada entre setembro de 2014 e abril de 2015 em quatro edições lançadas pela Amigo Comics. O título chega ao Brasil em uma edição em capa dura que compila toda a obra e traz a excelência gráfica tradicional da Darkside Books em um livro de 128 páginas, formato 17x26 centímetros e papel pólen. Como o próprio título da HQ indica, é um quadrinho de terror e trata sobre possessão demoníaca. O “ritual romano” mencionado faz alusão ao livro litúrgico que contém os rituais oficiais da Igreja Católica que devem ser empregados por um sacerdote quando ele for realizar um exorcismo. O roteiro de Torres traz referências a obras clássicas sobre o tema como O Exorcista , livro escrito por William Peter Blatty em 1971 e adaptado para o cinema em 1973, e filmes contemporâneos como a saga Invocação do Mal , baseada nos relatos...

Playlist: o discografia solo de Bruce Dickinson

Bruce Dickinson gravou seis álbuns solo. A solidez permeia esses discos, que apesar da inegável qualidade não são muito comentados e até mesmo pouco conhecidos pelos fãs do Iron Maiden. Explorando influências que vão desde o hard rock dos anos 1970, passam pela música alternativa e chegam até um metal moderno, atual e com muito peso, Bruce possui um catálogo de canções de inegável respeito em sua carreira solo. Para ajudar você a se aventurar pelo sexteto formado por Tattooed Millionaire (1990), Balls to Picasso (1994), Skunkworks (1996), Accident of Birth (1997), The Chemical Wedding (1998) e Tyranny of Souls (2005), preparamos uma playlist com trinta músicas imperdíveis. Vale mencionar, como curiosidade, que o primeiro desses álbuns – Tattooed Millionaire – foi gravado quando ele ainda fazia parte do Iron Maiden e foi motivado pelo sucesso do single “Bring Your Daughter ... To the Slaughter”, presente na trilha do filme A Hora do Pesadelo 5 . E o mais recente disco...

Quadrinhos: Astro City – Corações em Conflito, de Kurt Busiek, Brent Anderson e Alex Ross (2019, Panini)

Ainda que Watchmen permaneça como o título mais lembrado quando relacionamos o universo dos super-heróis com a vida real, a obra de Alan Moore, espetacular e profundamente influente, é auto-contida dentro de seus doze volumes originais – eu sei, a DC Comics lançou Antes de Watchmen e agora está publicando O Relógio do Juízo Final , mas ambas não mantém a abordagem original de Moore. Nesse aspecto, de imaginar uma realidade onde os super-heróis e seus inimigos não só fazem parte mas também estão intimamente ligados ao cotidiano das pessoas comuns, não existe nada como Astro City , série escrita por Kurt Busiek (autor de outra obra-prima do realismo super-heróico, a clássica Marvels ), ilustrada por Brent Anderson e com capas e concepção visual de Alex Ross (parceiro de Busiek em Marvels e um dos autores, ao lado de Mark Waid, de Reino do Amanhã , outra excelente obra com essa pegada). Sou fã da criação de Busiek, Anderson e Ross. Acompanho a série há mais de uma década...