O Blind Guardian é mais um caso de uma banda que ficou presa à sua própria fórmula. Explico: os alemães alcançaram o topo do mundo e se transformaram em uma das maiores bandas de metal do planeta com os clássicos Imaginations From the Other Side (1995) e Nightfall in Middle-Earth (1998), álbuns brilhantes que apresentaram um som intrincado, épico e grandioso, banhado por doses generosas de melodia e agressividade e adornado por letras inspiradas no universo fantástico de J.R.R. Tolkien, o genial escritor inglês autor da trilogia O Senhor dos Anéis . No entanto, é preciso admitir que, após esses dois discos, o Blind Guardian caminhou em direção a um som que ficou mais grandiloquente a cada disco, indo do excelente A Night at the Opera (2002) até Beyond the Red Mirror (2015), período onde, ainda que a banda continuasse lançando bons álbuns, a fórmula musical dos alemães foi se mostrando cada vez mais desgastada e, em certos aspectos, até mesmo esgotada. A cereja do bolo, pelo meno...