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Mostrando postagens de maio, 2020

Review: Annihilator – Ballistic, Sadistic (2020)

O Annhilator sempre foi uma banda idolatrada dentro da cena thrash metal. Muito desse respeito vem dos discos iniciais dos canadenses, principalmente da dobradinha Alice in Hell (1989) e Never, Neverland (1990). No entanto, inúmeras mudanças de formação e a centralização das decisões no guitarrista e vocalista Jeff Waters fizeram com que a banda construísse uma carreira irregular, alternando ótimos discos e trabalhos esquecíveis.   Décimo-sétimo CD do Annihilator, Ballistic, Sadistic foi lançado em janeiro e é um dos mais fortes álbuns da turma de Waters. O disco ganhou edição nacional pela Hellion Records e traz dez músicas espalhadas em 45 minutos de thrash até os dentes. A profusão de riffs característica de Jeff Waters, bem como o seu apuro instrumental, estão presentes, como não poderia deixar de ser. Um dos pontos de maior destaque de Ballistic, Sadistic são os vocais, com Waters cantando de forma excelente, agressiva e violenta, porém sempre acessível. As faixas tem...

Review: Hot Breath – Hot Breath (2019)

O Hot Breath faz um hard rock de respeito e vem da Suécia, mais uma das boas bandas que o país tem revelado ao mundo. Há elementos de ícones como Heart, Motörhead, Krokus e AC/DC no caldeirão sonoro do grupo, que entrega canções repletas de energias, riffs fortes e vocais acima da média. A banda é um quarteto formado por Jenna (vocal e guitarra), Karl (guitarra), Anton (baixo) e Jimi (bateria), e sua música é um rock pesado que tem como elemento principal as guitarras. O clima é estradeiro, uma trilha na medida pra pegar a estrada com o pé no fundo e sem hora pra chegar.   A banda liberou por enquanto apenas um EP com seis músicas, mas o potencial mostrado nesse disco é tão grande que o título ganhou edição nacional através da Hellion Records, que apostou na banda trazendo o EP pra cá. A música do Hot Breath realmente vale a pena, como fica claro nas ótimas “Maniac”, “Slight Air” e “Still Not Dead”. As faixas são muito bem compostas, com arranjos bem desenvolvidos e uma perform...

Review : Heavy Feather - Débris & Rubble (2019)

No rock atual, uma banda ter como seu país natal a Suécia já chama a atenção de quem está ligado no que melhor rola no gênero. O Heavy Feather é mais um fruto do país escandinavo e não é uma exceção.  Débris & Rubble  é o disco de estreia do quarteto e foi lançado em abril de 2019 na Europa. E, para alegria de quem curte os bons sons, ganhou edição nacional pela Hellion Records. A coisa já chama a atenção pelo vocal de Lisa Lystam e pelo mergulho nos mares setentistas guiado por Matte Gustavsson (guitarra), Morgan Korsmoe (baixo) e Ola Göransson (bateria). As onze faixas do álbum trazem uma sonoridade orgânica e clara, que não escondem a inspiração no clima da década de 1970. O quarteto tem momentos em que foca sua criatividade no rock, em outras soa como um ótimo blues rock, e por aí vai entregando canções que cativam o ouvinte. As influências passam por Cream, Free e Blues Pills, o que faz da banda uma ótima pedida pra quem curte um rock atual que não tem a me...

Review: Paradise Lost – Obsidian (2020)

Produzido pela própria banda e lançado pela Nuclear Blast, o décimo-sexto trabalho de estúdio do Paradise Lost é o segundo gravado pela atual formação e consolida a volta às origens do quinteto inglês surgido em Halifax. São músicas polidas e obscuras, assim como a obsidiana, uma pedra com aparência semelhante a de um cristal e que também é chamada de vidro preto, cuja formação se dá pelo resfriamento precoce do magma de um vulcão. Em Obsidian , os mestres do doom metal transformam a negatividade em algo agradabilíssimo de ser ouvido.   No fim da década de 1990, a banda abordou uma sonoridade mais comercial e com vocais limpos, adicionando elementos de eletrônico que ajudaram a alavancar sua fama ao redor do mundo. No entanto, desde The Plague Within (2015) o grupo vem novamente inserindo de maneira gradativa os vocais guturais em sua sonoridade. Em Medusa (2017) isso foi apresentado de maneira ainda mais saliente que o antecessor, mas nesse novo registro essa técnica retorno...

Review: Hällas – Conundrum (2020)

Muito se fala da cena rock sueca, pródiga em revelar novas e excelentes bandas ao mundo há pelo menos uma década. “ Tem algo na água deles ”, dizem por aí, como se uma força mágica e sobrenatural operasse por lá. Na verdade, não tem nada de mágico. A ascensão e reconhecimento das bandas suecas passa, logicamente, pelo talento dos músicos, mas também pelo apoio do Estado à cultura, como contamos nesse texto . Bem diferente do nosso país, pra dizer o mínimo. Mas vamos ao que interessa. O Hällas é mais uma revelação vinda do país escandinavo, mais um fruto da “água da Suécia”. Formada em 2011, a banda lançou a sua estreia em 2017 ( Excerpts From a Future Past , inédito no Brasil mas disponível nos streamings) e retornou em 2020 com o segundo álbum, Conundrum , que ganhou edição nacional pela Hellion Records. A música do quinteto formado por Tommy Alexandersson (vocal e baixo), Marcus Petersson (guitarra), Alexander Moraitis (guitarra), Nicklas Malmqvist (órgão e sintetizado...

Review: Lucifer – Lucifer III (2020)

O Lucifer chega ao seu terceiro disco equilibrando os dois lados de sua personalidade. Enquanto o primeiro álbum, lançado em 2015, apresentou uma sonoridade doom embebida em doses nadas discretas de psicodelia, o segundo, que saiu em 2018, contou com o toque pessoal de Nicke Andersson na construção de um hard rock que manteve a grande influência dos anos 1970, porém com doses enormes de melodia e acessibilidade. Lucifer III , lançado na Europa dia 20 de março e logo em seguida aqui no Brasil pela Hellion Records, dosa melhor esses dois aspectos. As nove canções vão de sons pesados a calmos, sempre com detalhes bem pensados e uma forte dose de feeling. As letras seguem abordando temas sombrios e, unidas ao som que parte do doom para chegar em caminhos próprios, fazem com que a banda possa ser enquadrada na cena do occult rock, agradando apreciadores de nomes conhecidos como Ghost e cultuados como o Blood Ceremony. Além disso, as guitarras vão da sempre bem-vinda inspiração em...

As coletâneas do Iron Maiden

Compilações são sempre interessantes. Para quem não curte tão a fundo uma banda, funcionam como um item que reúne as melhores e mais conhecidas canções. E para quem é super fã e colecionador de determinado artista são títulos que, obviamente, não podem faltar na coleção. O Iron Maiden é quase uma religião aqui no Brasil. A banda foi responsável pelos primeiros passos de milhares de ouvintes no universo do heavy metal e possui com uma legião gigantesca de fãs em nosso país.  Quando o assunto são compilações, o lendário grupo inglês possui apenas seis coletâneas em sua longa discografia: Best of the Beast (1996), Ed Hunter (1999), Edward the Great (2002), The Essential Iron Maiden (2005), Somewhere Back in Time: The Best of 1980-1989 (2008) e From Fear to Eternity: The Best of 1990-2010 (2011). Não estou incluindo nesse levantamento títulos incluídos em boxes, como é o caso de Best of the 'B' Sides , que saiu em 2002 como parte da caixa Eddie’s Archive junto com o...

Não precisamos voltar ao normal

Nesses tempos de pandemia, somos inundados todos os dias por sugestões sobre o que fazer nesse período em que estamos em casa. Cursos, meditação, arrumações, culinária, limpezas, desapego: o que não faltam são dicas de como ocupar o tempo, do que assistir, ler e ouvir nesses dias estranhos. Mas se não quisermos fazer nada disso? Equilibrar as atividades do dia a dia com a interrogação que é a realidade atual é uma tarefa não muito fácil para a cabeça. Precisamos trabalhar, precisamos viver, e também precisamos aprender a conviver com a ansiedade, as incertezas e tudo que veio junto com a pandemia. Quem, como eu, pode realizar a sua atividade profissional em home office, tem as suas vantagens. A mais óbvia é não precisar sair para a rua e se expor ao vírus. Mas nossas casas, nossos apartamentos, nossos lares, não são ambientes de trabalho. Não estávamos acostumados a enxergá-los desta forma. Eles eram refúgios onde recarregávamos as energias após um dia cheio, onde relaxávamo...

Como você organiza seus discos?

Por que temos uma coleção de discos? Na prática, porque gostamos de música. E mais: porque gostamos de OUVIR música. Os CDs, LPs ou seja lá o formato que você coleciona estão em suas estantes para serem ouvidos e não para servirem de decoração de ambientes. Ainda que alguns hipsters alimentem o mercado de vinis aqui e lá fora comprando discos mesmo sem ter uma vitrola para tocá-los, o objetivo não é esse. Uma coleção precisa ser curtida, usada, ouvida, descoberta. Precisamos estar em contato com ela, e não apenas para tirar o pó de vez em quando. Precisamos ouvir nossos discos. E agora, que estamos em casa devido ao isolamento social causado pela pandemia de coronavírus, essa conexão fica ainda mais forte. Então, olha essa ideia: além de fazer o que você já está fazendo, que é ouvir seus discos e usar a música como terapia para esses tempos estranhos que estamos vivendo, que tal dar aquela arrumada geral na sua coleção? Além de ocupar o tempo, tenho certeza de que você d...

Quarentena King, o concurso que escolheu a nova voz do SoulSpell

Em uma iniciativa muito legal e até onde sei inédita aqui no Brasil, o SoulSpell, metal opera concebida e liderada pelo baterista Heleno Vale, realizou um concurso online para escolher um novo integrante para o seu grupo de vocalistas. Batizada como Quarentena King, a iniciativa contou com mais de 200 inscritos e teve etapas eliminatórias nas últimas semanas, onde tanto o público quanto um grupo de jurados escolheu os melhores participantes. A final do concurso aconteceu nessa quarta, 13 de maio, a acabou de ter o seu vencedor anunciado. Na verdade, uma vencedora. Entre os 16 finalistas, a grande vencedora foi Cacau Pinheiro. Participei como jurado e fiquei impressionado com o nível dos participantes. Muitas vozes me impressionaram consideravelmente, e uma foi a da Cacau, que gravou uma versão de “Perennial”, da banda ucraniana Jinjer, para a grande final. Alternando vocais guturais e sua voz limpa, Cacau mostrou toda a sua versatilidade e amplitude vocal e conquistou o ...

Como identificar qual prensagem do seu CD favorito possui a melhor qualidade de som

Sabe quando você coloca pra tocar os álbuns Purple (2015) ou Gold & Grey (2019), do Baroness, e percebe um incômodo no som, que parece sujo e em baixa qualidade? Outro exemplo: o play em Death Magnetic (2008), do Metallica, invariavelmente faz sair das caixas uma música meio embolada e que incomoda os ouvidos, certo? Bem, esses são exemplos frequentes da chamada loudness war (em bom português, a guerra do volume), fenômeno que se intensificou na última década e que, na prática, faz com que os discos novos (e também as novas edições de álbuns antigos) passem por mixagens e masterizações que possuem apenas um objetivo: deixar a música, literalmente, o mais alto possível. Isso faz com que a diferença entre os níveis de volume mais baixos e mais altos dos instrumentos seja cada vez menor, causando essa sensação de incômodo no ouvido que percebemos nos álbuns citados no primeiro parágrafo. O termo técnico para todo essa papo é a tal dynamic range , ou faixa dinâmica. Ao d...

O poder eterno dos discos clássicos

Estou me conectando novamente à minha coleção nessa fase de isolamento social. Com o home office, consigo trabalhar tendo sempre uma trilha sonora vinda direto das minhas estantes. E um CD que ouvi nesses últimos dias há muito tempo não frequentava meus ouvidos, e ao entrar novamente em meu sistema auditivo me fez pensar sobre algumas coisas. A questão é que os discos clássicos possuem um fascínio eterno. Foi isso que os fez conquistar milhões de admiradores mundo afora: a qualidade inquestionável, o momento de alinhamento criativo que produziu uma obra atemporal, a inspiração à flor da pele, a performance antológico, a soma de tudo isso. O álbum em questão que me fez pensar sobre esses aspectos foi Appetite for Destruction , estreia do Guns N’ Roses. Não ouvia esse disco há muitos anos. Comprei a edição dupla comemorativa lançada em 2018, e confesso que só agora fui escutá-la. E é impressionante como a força desse trabalho segue intacta. Appetite for Destruction segue ...

Os dedos mágicos e a música sublime de Booker T. & The MG’s

Booker T. Jones ainda está vivo. Nascido em Memphis, no Tennessee, em 12 de novembro de 1944, está com 75 anos. Ainda dá tempo de você descobrir um dos músicos mais incríveis do século XX. Vamos lá? Batizado como Booker Taliaferro Jones Jr., Booker T. é um multi-instrumentista norte-americano, famoso principalmente pelo seu piano e órgão, instrumentos que dominou como poucos e elevou a um status extremamente dançante e cheio de groove. Gravou ao lado de lendas reconhecidas e outras nem tanto como Otis Redding, Priscilla Coolidge, Willie Nelson, Levon Helm, Albert King, Rod Stewart, Rita Coolidge, Bill Withers, Linda Ronstadt, Richie Havens, John Lee Hooker, Elton John, Neil Young e mais um monte de gente. A lista é impressionante. Mas o ponto central da obra de Booker T. é outro. Apostando sempre na música instrumental, compôs e gravou alguns das maiores canções com essa característica. Provavelmente você já assobiou algumas de suas melodias e nem sabe disso. Clássicos com...

The Good Place, quarentena e porque estamos aqui

A princípio, The Good Place parece apenas mais uma série divertida e leve para passar o tempo durante o confinamento. Mas à medida que você mergulha nos 53 episódios que formam as quatro temporadas dessa produção da rede norte-americana NBC (e que foram adquiridos pela Netflix), percebe que os aspectos abordados são bem mais profundos. A premissa é a nossa visão de céu e inferno. Quem vive uma vida boa e “correta”, vai pro céu. Quem não é tão exemplar assim tem o inferno como destino. Escrita por Michael Schur (autor de outras comédias celebradas como The Office e Brooklyn Nine-Nine ), The Good Place tem um núcleo central de personagens formado por Eleanor (interpretada por Kristen Bell), Chidi (William Jackson Harper), Tahani (a linda Jameela Jamil), Jason (Manny Jacinto), Janet (vivida pela sensacional D’Arcy Carden) e Michael (Ted Danson em um de seus melhores papéis). Ao redor desse sexteto borbulham vários personagens secundários, e alguns ganham destaque ao longo das...

Bob Dylan anuncia novo álbum

Bob Dylan saiu do casulo e anunciou o lançamento do seu primeiro álbum com material autoral  inédito em oito anos. O trabalho tem o título de Rough and Rowdy Ways e será o trigésimo nono disco de Dylan. O álbum será lançado dia 19 de junho. Rough and Rowdy Ways é o primeiro disco a trazer canções inéditas de Bob Dylan desde Tempest , de 2012. Nesse período o lendário compositor norte-americano lançou outros três discos – Shadows in the Night (2015), Fallen Angels (2016) e Triplicate (2017) – todos com regravações de composições de outros artistas. O novo disco de Dylan, que completará 79 anos no próximo dia 24 de maio, é duplo, traz dez faixas e já teve três músicas divulgadas: o épico de 17 minutos sobre o assassinato de John F. Kennedy “Murder Most Foul”, “I Countain Multitudes” e “False Prophet”. Você pode ouvir as três abaixo.

A reconexão

Os tempos inéditos que estamos vivendo refletem de maneira diferente em cada um de nós. Eu, uma pessoa apaixonada por música, me afastei da música por um tempo durante essa quarentena. Veja só, e vai saber porque. O fato é que deixei de ouvir discos, de escutar canções, por algumas semanas. O que é estranho para quem possui quatro estantes repletas de CDs na sala de estar. A reconexão com a paixão da minha vida começou com algo que queria fazer há tempos, mas só consegui agora: cadastrar toda a coleção no Discogs . Pra quem não sabe, o Discogs é um site que funciona tanto como um banco de dados quanto como um mercado entre colecionadores. Eu o uso apenas na primeira função, cadastrando meus discos e vendo quais edições possuo, essas coisas. Após fazer todo esse processo de cadastramento durante alguns dias, voltei aos poucos ao meu esporte favorito: ouvir discos, escutar música. E fiz isso utilizando uma ferramenta que gosto muito: dentro do Discogs, com um clique vo...

Alta Fidelidade virou série, e você deveria assistir

Alta Fidelidade já foi filme, e agora também é série. A adaptação da obra do escritor inglês Nick Hornby traz Zoë Kravitz no papel principal e difere da versão cinematográfica não apenas no gênero da protagonista, mas em muitos outros aspectos. E uma curiosidade: Zoë é filha de Lenny Kravitz com Lisa Bonet, atriz norte-americana que participou da versão cinematográfica lançada em 2000 interpretando a cantora Maria De Salle, que tem um breve romance com o protagonista Rob Gordon. Produzida pelo serviço de streaming norte-americano Hulu, a série Alta Fidelidade chamou a atenção, inicialmente, por trocar o gênero de seu personagem principal. Ao invés de Rob Gordon, agora temos Robyn Brooks. E a Rob interpretada por Zoë traz um novo olhar sobre a história criada por Nick Hornby. A trama é a mesma, mas com diferenças ora sutis e outras nem tanto, que deixam a série atraente tanto para quem já leu o livro quanto pra quem também assistiu a o filme. A música segue sendo o fio cond...

Guns N’ Roses anuncia lançamento de livro infantil

Uma das bandas mais selvagens do rock, famosa por histórias cabulosas de bastidores envolvendo sexo e drogas, está lançando um livro infantil. Sim, o tempo passa, as coisas mudam e nos tornamos pessoas melhores. Sweet Child O’ Mine , o livro, foi desenvolvido pelo Guns N' Roses ao lado do escritor James Patterson. A canção mais famosa do grupo norte-americano teve a sua letra adaptada para uma história direcionada ao público infantil. O livro traz ilustrações de Jennifer Zivion e foi inspirado nas trajetórias de duas crianças, Maya e Natalia Rose, uma delas filha de Fernando Lebeis, manager do Guns, e a outra filha de sua irmã. “ Minha irmã e eu tivemos sorte de poder assistir nossas filhas crescerem enquanto estavam em turnê com os caras. Nós mesmos fazemos parte da família GNR há mais de trinta anos, e poder trazer isso para um livro infantil é verdadeiramente especial e um marco divertido em nossas vidas ”, comentou Lebeis. James Patterson também falou sobre a...