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Mostrando postagens de setembro, 2014

A canção de ninar do Little Feat

Provavelmente a faixa mais conhecida do Little Feat, “Willin'" veio ao mundo em janeiro de 1971, mês de lançamento do primeiro disco da banda. Balada composta pelo vocalista, guitarrista e líder da banda, Lowell George, a letra traz um olhar auto-biográfico sobre a vida de Lowell, embalada por um instrumental que funde elementos do country, folk, blues, soul, gospel e rock em um mesmo pacote. A melodia contemplativa reflete os versos, declamados por George com um indefectível feeling. Pra embalar a tarde, saudar o dia ou apenas cantar junto, “Willin'" figura fácil entre as grandes canções produzidas pelo rock norte-americano durante os anos 1970. Abaixo, a gravação original e outras versões marcantes daquela que é, pra mim, a melhor canção do Little Feat.

Streaming: Prince lança dois novos discos, e você ouve aqui

Música do Dia: Etta James - I Just Wanna to Make Love to You

Disco do Dia: Eric Lindell - Change in the Weather (2006)

Música do Dia: Wilco - Impossible Germany

Slash: crítica de World on Fire (2014)

Slash é um guitar hero. Provavelmente o último a surgir no rock. Você não precisa gostar do som que ele fez pra admitir isso. No entanto, o velho Saul sempre teve uma qualidade salutar e que o fez se destacar desde o início: ele trabalha para a música, não para alimentar o seu ego. Até mesmo em “Sweet Child 'O Mine”, a faixa mais conhecida do Guns N’ Roses (e que é, em sua essência, um grande solo), isso fica evidente. Instrumentista habilidoso e dono de um grande feeling, que sabe construir melodias marcantes em seus solos, Slash segue fazendo bonito em sua carreira. É o que se percebe em World on Fire , novo álbum do músico com a sua banda atual, encabeçada pelo vocalista Myles Kennedy e batizada como The Conspirators. A coisa segue na linha do trabalho anterior, Apocalyptic Love , de 2012: boas canções, riffs legais, baladas pra quebrar o clima e solos em profusão. Tudo bem tocado, bem composto, bem produzido. Em suma, um disco de rock bom, com momentos muito interessant...

Audrey Horne: crítica de Pure Heavy (2014)

O som da banda norueguesa Audrey Horne mudou para melhor no álbum anterior, o excelente Youngblood (2013). Deixou de ser um rock com pitadas de peso e flertes com o alternativo para se transformar em um potente, empolgante e agradável hard repleto de melodia. Este caminho segue em Pure Heavy , quinto trabalho do grupo, que acaba de chegar às lojas pela Napalm Records. São 11 faixas (mais duas bonus tracks) que, ainda que não tragam a energia onipresente em Youngblood , mostram que a banda acertou em mudar o curso de sua carreira. A própria capa já deixa claras as intenções: trata-se daquele tipo de música perfeita pra pegar a estrada sem rumo, afastando todo e qualquer pensamento da cabeça e pisando cada vez mais fundo no acelerador. As fartas doses de melodia e o uso quase cirúrgico das guitarras gêmeas seguem sendo um dos principais atrativos da música do Audrey Horne, ainda que o trabalho de composição apresentado em Pure Heavy não mantenha o mesmo brilhantismo de Youngblo...

Novo álbum do AC/DC será lançado em dezembro

Já pode anotar no calendário: dia 1 de dezembro chegará às lojas o novo disco do AC/DC, Rock or Bust . Sucessor de Black Ice (2008), o álbum será o primeiro da carreira da banda a não contar com o guitarrista Malcolm Young, que sofre de uma doença degenerativa e foi afastado do grupo por questões de saúde. Seu substituto é Stevie Young, sobrinho de Angus e Malcolm. A produção é de Brendan O’Brien e a mixagem foi assinada por Mike Fraser, a mesma dupla de Black Ice . Serão 11 faixas inéditas, e “Play Ball”, primeiro single, será disponibilizado neste sábado, 27/09, mas já rola em uma versão não autorizada por aí. Viva o rock, viva o AC/DC!

Disco do Dia: Dirty Sweet - American Spiritual (2010)

Música do Dia: Cee Lo Green - Fuck You

Disco do Dia: Joe Satriani - Surfing with the Alien (1987)

Música do Dia: Bruce Springsteen - Thunder Road

Música do Dia: Mark Knopfler - Privateering

Jimmy Page, e não se fala mais nisso

A pergunta é frequente, onipresente. Basta esticar a mão, ela está sempre no ar: qual é o melhor solo de guitarra de todos os tempos?  É fácil citar vários candidatos, todos fortíssimos: a obra-prima de David Gilmour em “Comfortably Numb”, o clássico Hendrix em “Little Wing”, a vida de Slash em “Sweet Child O’Mine”, o arregaço eterno e sempre surpreendente de “Free Bird”. E então você lembra de “Stairway to Heaven”. E de que ela foi composta por apenas uma pessoa: James Patrick Page. E que esse mesmo cara fez o arranjo, tocou aquele solo sideral, assinou a produção exemplar. E, em todas as centenas de vezes que a tocou ao vivo, jamais repetiu as mesmas notas, soando sempre único. Daí a conversa acaba, instantaneamente. Porque a resposta já foi dada, em alto e bom som.

Música do Dia: Marc Moulin - Stomp

Aprendendo com John Fogerty

Música do Dia: Charlie Daniels Band - The South’s Gonna Do It Again

Damon Albarn, torcedor do Chelsea

Enquanto os irmãos Liam e Noel Gallagher, do Oasis, são notórios torcedores do Manchester City, seu “rival” Damon Albarn, do Blur, é um ferrenho apaixonado pelo Chelsea. Mesmo antes da chegada do bilionário russo Roman Abramovich ao clube londrino, em 2003, Albarn já estampava matérias e capas de revista com a camisa do Chelsea. Presença constante em Stamford Bridge, o vocalista costuma também usar com frequência a camisa do Chelsea nos shows, como uma segunda pele que está sempre perto do seu coração.  Em uma partida beneficente realizada há alguns anos, Albarn entrou em campo usando o número 25, homenagem ao italiano Gianfranco Zola, um dos maiores ídolos do time de Londres. Abaixo, Damon em campo, tendo como parceiro de time um certo Steve:

Música do Dia: Ryan Adams - Gimme Something Good

O conto da estrada de Bob Seger

Tomei conhecimento de “Turn the Page” como você, através da versão do Metallica que está no Garage Inc . Que baita música, que ótima letra, que coisa boa! James cantando de maneira excelente, mostrando o envelhecimento de sua voz. Mas o ponto aqui é Bob Seger. O americano escreveu a canção em 1972. A banda estava viajando noite adentro, sufocada pela neve, quando parou em um restaurante pra comer alguma coisa, matar a sede e tirar água do joelho. Todos de chapéu, escondendo seus longos cabelos. Menos Mike Bruce, o guitarrista, que ostentava uma longa cabeleira. E, ao passar por um bando de caminhoneiros que também dava um tempo por ali, ouviu frases como “ é homem ou mulher? ” e coisas do gênero.  Esse foi o ponto de partida para Seger. A letra relata o ocorrido, além de deixar claro o quão cansativa e monótona pode ser a estrada. A versão original está no álbum Back in ’72 (1973). A mais conhecida, no ao vivo Live Bullet (1976). Ambas são ótimas.

Prince sendo gênio (palavras são desnecessárias)

Música do Dia: Whiskey Myers - Ballad of a Southern Man

Robert Plant, torcedor do Wolverhampton

Robert Plant não é apenas o icônico vocalista do Led Zeppelin, a definição perfeita do termo frontman. Robert é também um torcedor fanático do Wolverhampton, tradicional time inglês. Tanto que, em 2009, foi nomeado como segundo vice-presidente da equipe. Atualmente disputando a Championship, a segunda divisão inglesa (o time foi campeão da League One, a terceirona britânica, em 2013/2014), o Wolverhampton passa por uma reestruturação que tem como objetivo retomar os dias de glória do passado. Os Wolves conquistaram três vezes o campeonato inglês (1953/1954, 1957/1958 e 1958/1959), além de terem mais cinco vices no currículo. Entre os maiores momentos estão também 4 títulos da FA Cup e 2 da Copa da Liga. Plant é um frequentador assíduo do estádio de Molineux, onde costuma ir com os filhos torcer, vibrar e também sofrer com o time laranja. Uma das equipes com maior tradição na Inglaterra, o Wolverhampton Wanderers foi fundado em 1877. Atualmente, a equipe está na terceira posi...

Música do Dia: Bobby “Blue” Bland - Ain’t No Love in the Heart of the City

Led Zeppelin IV, Deluxe Edition

Buena vista, buena música, buena vida

Eles eram gigantes. Maior, apenas o talento que emanava de seus corpos, como notas musicais soltas ao vento. A música que produziam hipnotizava as pessoas. Era bela, linda, de arrepiar o coração.  Então, tudo mudou. O mundo, de repente, era outro. Da noite para o dia todos sentiram na carne o que era viver, literalmente, em uma ilha. O público minguou. Junto com o reconhecimento, com a fama, com o grana. Estavam lá, zumbis vivos que olhavam para o passado com orgulho e saudade, mas tinham que lutar dia a dia em um presente que era muito diferente. Veio então, subitamente, alguém para resgatá-los deste torpor. Para dar a todos o lugar merecido, o palco para o seu talento, o público para adorá-los, de novo e outra vez.  Ry Cooder chamou diversos artistas cubanos que haviam sido famosos décadas antes, levou-os ao estúdio e gravou um disco divino.  Buena Vista Social Club foi lançado em 16 de setembro de 1997. Lá se vão 17 anos. E continua lindo de doer. Uma mús...

Música do Dia: Shuggie Otis - Bootie Cooler

A banda de uma geração

Fui a uma festa à fantasia sábado. Em uma casa com cabana, que fica em um terreno que mais parece uma chácara. No Campeche, aqui em Floripa. Era o aniversário da mãe do Matias, a Carla, que estava de Bruxa do 71. O Chico, o pai 2 do meu pequeno, foi de Slash. E o Matias de ninja. Eu, normal. Tinha som e bandas ao vivo. E a primeira que tocou, com uma gurizada bem nova, entrou emendando três ou quatro sons do Strokes direto. Tem maneira melhor de medir o impacto de um grupo do que esse? O guitarrista parecia uma versão loura do Julian Casablancas, com cara de sono, cabelo desgrenhado e calça apertada. E tocava direitinho. Bem direitinho. O Strokes nunca me bateu muito. Mas sempre vi a galera mais nova do que eu louca pelo Is This It , disco de estreia dos nova-iorquinos, lançado em 2001, acho. No fim das contas, apesar de não curtir muito, é bom ver que uma banda que foca o seu som em guitarras, solos e afins segue firme e forte no coração de um monte de gente. Se alguém tiv...

Música do Dia: Porcupine Tree - Time Flies