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Mostrando postagens de novembro, 2020

Os 10 melhores discos de 2020 segundo a Time Magazine

A Time foi fundada em 1923 e é publicada ininterruptamente há mais de 97 anos. Principal revista semanal de notícias dos Estados Unidos, se transformou em referência para publicações semelhantes em todo o planeta. Como acontece tradicionalmente, a revista publicou a sua lista de melhores discos do ano e a matéria pode ser lida aqui . Como estamos falando de uma publicação direcionada ao público em geral e não a um gênero musical específico, as escolhas abrangem diversos estilos. Esses foram os dez melhores discos de 2020 na opinião da Time: 10 Tiwa Savage – Celia 9 Grimes – Miss Anthropocene 8 Gil Scott-Heron & Makaya McCraven – We’re New Again: A Reimagining by Makaya McCraven 7 Gabriel Garzón-Montano – Agüita 6 Perfume Genius – Set My Heart on Fire Immediately 5 Lil Uzi Vert – Eternal Atake 4 The Chicks – Gaslighter 3 Fiona Apple – Fetch the Bolt Cutters 2 Chloe x Halle – Ungodly Hour 1 Taylor Swift - Folklore

Review: Judas Priest – Turbo (1986)

Lançado em 14 de abril de 1986, Turbo é um dos discos mais polêmicos do Judas Priest. Na época em que chegou às lojas, a chocante mudança de sonoridade motivou reações extremas como a queima dos álbuns anteriores da banda e a venda de coleções completas do grupo por fãs mais radicas. Enfim, o típico comportamento eternamente infantil de uma parcela de fãs de metal, que mesmo passando dos 40 anos seguem agindo como meninos mimados de 4 anos que não suportam serem contrariados. Décimo álbum do Judas Priest, Turbo foi produzido por Tom Allom – que havia assinado a produção do trio de clássicos British Steel (1980), Screaming For Vengeance (1982) e Defenders of the Faith (1984) – e traz a banda apostando pesado nas guitarras sintetizadas, uma mania em meados da década de 1980. Fazendo uma comparação com outro disco lançado naquele mesmo ano, Somewhere in Time do Iron Maiden, a reação do público foi muito mais negativa em relação ao Judas do que ao Maiden. O disco da turma de Steve ...

Ozzy Osbourne: a entrevista do Madman para a GQ Magazine

Ozzy está na capa da nova edição da versão britânica da GQ Magazine. Em uma longa entrevista, o Madman fala sobre diversos assuntos de maneira informal e reveladora. Como está sua saúde no momento, Ozzy? Ozzy Osbourne: A cirurgia que eu fiz me deixou totalmente louco. Mas eu quebrei meu pescoço em um acidente de quadriciclo [em 2003] e quando isso sarou apertou minha coluna vertebral, então eu estava tendo todos os tipos de coisas estranhas acontecendo comigo. Eu estava no palco e de repente recebi um forte choque em um lado do meu corpo. Então, uma noite, 18 meses atrás, fui ao banheiro no escuro e simplesmente caí no chão. Eu disse: "Sharon, estou no chão", e ela disse: "Bem, levante-se então!". Mas eu não consegui. Quando você chega aos 70 anos, as comportas se abrem e tudo desmorona. Veja bem, eu já escapei por um longo tempo. O que mais o está deixando para baixo em 2020? Devo minha vida à América, mas vi o país enlouquecer. E Trump, ele é um mentiroso ...

Os 25 melhores discos de 2020 segundo a Revolver Magazine

A Revolver é a principal revista de heavy metal dos Estados Unidos e é publicada desde 2000. Ela não se limita a apenas um subgênero da música pesada e cobre toda a variedade de estilos do universo do metal. A lista de melhores do ano da revista, com comentários sobre cada um dos discos escolhidos, pode ser lida aqui . E abaixo você conhece os 25 melhores álbuns de 2020 na opinião da Revolver:   25 Imperial Triumphant – Alphaville 24 Touché Amoré – Lament 23 The Acacia Train – Slow Decay 22 Ozzy Osbourne – Ordinary Man 21 Avatar – Hunter Gatherer 20 Necrot – Mortal 19 Puscifer – Existential Reckoning 18 Mrs. Piss – Mrs. Piss 17 Mr. Bungle – The Raging Wrath of the Easter Bunny Demo 16 Nothing – The Great Dismal 15 Gulch – Impenetrable Cerebral Fortress 14 Lamb of God – Lamb of God 13 Marilyn Manson – We Are Chaos 12 Poppy – I Disagree 11 Higher Power – 27 Miles Underwater 10 Ghostemane – Anti-Icon 9 Killer Be Killed – Reluctant Hero 8 Spirit ...

Eddie, Diego e o “número 2”

Os últimos meses foram de grandes perdas em um ano de muitas perdas. Eddie Van Halen faleceu em 6 de outubro após uma longa luta contra o câncer. Diego Maradona partiu em 25 de novembro depois de sofrer uma ataque cardíaco. Eddie tinha 65 anos. Maradona, 60. Ambos já eram, em vida, ícones em suas áreas. Com a morte, transformaram-se naquilo que muitos já acreditavam serem quando os dois ainda estavam por aqui: figuras imortais. Eddie e Diego também compartilhavam uma curiosa associação. Quando falamos de guitarra, Eddie Van Halen é apontado como um dos músicos mais inovadores, criativos e influentes da história. Para muitos, ele só fica atrás de Jimi Hendrix na cronologia do instrumento. Já Maradona é considerado o autor do gol mais bonito de todas as Copas do Mundo – aquele em que ele dribla quase todo o time da Inglaterra em 1986 -, ganhou a Copa do México naquele mesmo ano quase sozinho, encantou o mundo com dribles impossíveis e performances que maravilharam milhões. Ma...

Por que todo mundo adora falar mal de Lars Ulrich?

Lars Ulrich é um dos músicos mais celebrados do rock e do heavy metal. Fundador do Metallica e líder da banda ao lado do seu parceiro James Hetfield, construiu uma carreira de enorme sucesso que levou o quarteto a se transformar no maior nome da história do metal quando analisamos o número de vendas, receitas e tudo que envolve o universo do Metallica. Mas, de uns tempos pra cá, virou moda falar mal de Lars. O mais comum é dizer que ele não sabe tocar, que é um músico preguiçoso e outras "verdades" absolutas que de verídicas possuem muito pouco. Por que isso aconteceu? Qual o motivo para tanto ódio de Lars? Por que, afinal de contas, todo mundo odeia o Lars? Tento entender isso no vídeo abaixo, e já convido você a também se inscrever no canal da Collectors Room no YouTube e deixar o seu comentário.

Review: Guns N’ Roses – Chinese Democracy (2008)

Sexto disco do Guns N’ Roses, Chinese Democracy ficou marcado pelo enorme tempo que levou para ser lançado. Foram quinze anos entre ele e o trabalho anterior da banda norte-americana, o álbum de covers The Spaghetti Incident? , que saiu em 1993. E se contarmos em relação ao disco autoral anterior do grupo – as duas partes de Use Your Illusion , lançadas em 1991 -, teremos dezessete anos de diferença. Mas Chinese Democracy é muito mais que apenas isso, evidentemente. O disco é   todo centralizado em Axl Rose e o único da banda sem o guitarrista Slash e o baixista Duff McKagan. Slash saiu do Guns em 1996 e Duff em 1997. O baterista Matt Sorum também deixou o grupo em 1997, enquanto o guitarrista Gilby Clarke, que era um músico contratado, foi mandado embora em 1994. As razões que levaram à saída de todos esses músicos envolvem o relacionamento com um Axl Rose cada vez mais controlador e também os direitos sobre o nome da banda, que foram assumidos pelo vocalista ainda nos primeir...

Review: Heaven and Hell – The Devil You Know (2009)

The Devil You Know é um dos discos menos comentados da discografia do Black Sabbath. Sim, do Black Sabbath, apesar de o álbum ter sido lançado pelo Heaven and Hell. Isso se deu por uma razão muito simples: como o Sabbath com Ozzy também estava fazendo shows no mesmo período – a segunda metade da década de 2000 -, Tony Iommi decidiu batizar a reunião com Ronnie James Dio com o nome do LP que marcou a estreia do falecido vocalista na banda, lançado em 1980. A razão era que os shows do Heaven and Hell não contavam com canções presentes nos discos gravados com Ozzy, e isso facilitaria os fãs na hora de escolher  que assistir. Aclamada pelos fãs, a fase Dio no Black Sabbath deu ao mundo os clássicos Heaven and Hell (1980) e Mob Rules (1981), além do ao vivo Live Evil (1982), em um primeiro período. O vocalista deixou o grupo em 1982 e retornou em 1991, e esse retorno gerou mais um disco, Dehumanizer (1992).  O Heaven and Hell teve origem na compilação The Dio Years , lançad...

Review: Iron Maiden – Nights of the Dead, Legacy of the Beast: Live in Mexico City (2020)

O Iron Maiden entendeu a realidade atual da música como poucas bandas foram capazes de compreender. Com a diminuição do consumo de mídia física em todo o mundo – com o Brasil na vanguarda do atraso, como sempre -, a banda inglesa passou a focar no lançamento de itens direcionados exclusivamente para a sua enorme e fanática legião de convertidos. Nights of the Dead, Legacy of the Beast: Live in Mexico City , décimo-terceiro álbum ao vivo do sexteto, é mais um exemplo disso: um souvenir feito sob medida para os fãs guardarem na coleção um registro da excelente turnê Legacy of the Beast. Quem não coleciona itens da banda achará o CD duplo totalmente desnecessário – e, para esse público, este review acaba exatamente aqui. Nights of the Beast foi gravado nos dias 27, 29 e 30 de setembro de 2019 na Cidade do México, e traz o mesmo show que passou pelo Brasil no Rock in Rio e hipnotizou o público da Cidade do Rock em 4 de outubro do ano passado. Os pontos fortes da Legacy of the Beast fo...

Review: Larking Poe – Self Made Man (2020)

As irmãs Lovell chegam ao seu quinto disco e mostram porque são apontadas como uma das novas forças e referências do blues rock. Naturais de Nashville, Rebecca (vocal, guitarra e diversos outros instrumentos) e Megan (guitarra, lap steel, teclados e vocais de apoio) lançaram Self Made Man em junho, e o disco foi direto para o primeiro lugar da parada de blues da Billboard. O álbum traz onze faixas em pouco mais de 35 minutos, com a dupla sendo acompanhada pelo baixista Brent “Tarka” Layman e pelo baterista Kevin McGowan. Rebecca é a grande estrela e força criativa do grupo, dividindo a autoria das canções com a irmã e cantando de maneira cativante. Seu timbre é grave e profundo, e sua interpretação é um dos destaques do disco. Musicalmente a banda caminha pelo blues rock contemporâneo, investindo sem medo em grooves ao mesmo tempo que mantém a sua música conectada às origens do estilo. O resultado é um trabalho muito bem feito que apresenta um leque de influências que vai do Led Zep...

A excelente estreia solo de Bruce Dickinson

Em 1990, Bruce Dickinson surpreendeu o mundo ao lançar o seu primeiro álbum solo, que veio após a sequência perfeita de discos que o Iron Maiden entregou ao mundo entre a sua estreia (1980) e Seventh Son of a Seventh Son (1988). Mas não só isso: Tattooed Millionaire apresentou uma outra faceta da musicalidade de Bruce, distanciando-se do metal e mostrando o cantor explorando as suas influências de hard rock. Conto toda essa história, analiso o álbum e mostro curiosidades sobre Tattooed Millionaire no novo vídeo do canal da Collectors Room no YouTube. E já convido você a se inscrever no canal , conhecer nosso  grupo de membros  e acompanhar o meu trabalho também pelo  Instagram  e pelo   grupo da CR no Facebook . Assista ao vídeo, deixe o seu comentário, compartilhe, mande para os amigos e coloque a excelente estreia solo de Bruce pra rodar enquanto faz tudo isso.

Review: Philip Sayce – Spirit Rising (2020)

Veterano, porém praticamente desconhecido fora do circuito de fãs de blues, o galês/canadense Philip Sayce faz por merecer uma pausa para ouvir o seu mais recente disco. Spirit Rising saiu em abril e traz treze faixas explosivas e excelentes. O álbum é o sucessor de Influence (2014), foi produzido por Michael Nielsen e é uma dica certeira para quem curte um blues rock totalmente orientado para a guitarra. Com inegável influência de Stevie Ray Vaughan e Gary Moore, o disco é de uma beleza acachapante, como demonstra a linda “Once”, que certamente colocou um sorriso em SRV, seja lá onde o bluesman texano esteja atualmente. Há ecos, até pelas referências mencionadas, ao legado de Jimi Hendrix, e isso já fica claro na intro que abre o trabalho, a instrumental “Warning Shot”. Sayce não economiza na ferocidade dos solos, que vêm sempre com muito feeling e um senso de melodia profundo. Seu vocal é agradável e limpo, e as composições não se perdem em excessos desnecessários. Todos esse ...

Bruce Dickinson faz unboxing do novo ao vivo do Iron Maiden

O Iron Maiden postou em seu canal no YouTube um vídeo onde o vocalista Bruce Dickinson faz um unboxing mostrando as diferentes versões de Nights of the Dead, Legacy of the Beast: Live in Mexico City , novo álbum ao vivo da lendária banda inglesa que será lançado dia 20 de novembro – e, para alegria dos fãs, o disco terá uma edição brasileira, na contramão do que vem ocorrendo com os trabalhos recentes de diversas grandes bandas, que não ganharam edições nacionais. Bruce mostra as diferentes versões em que o título será disponibilizado – CD duplo digipack, CD deluxe e LP triplo – em um vídeo sob medida para os fãs do Maiden. Assista – com o uso do seu babador, é claro – abaixo:

Os 75 melhores discos de 2020 segundo a Mojo

A Mojo é a revista de música mais vendida da Inglaterra e é publicada mensalmente desde outubro de 1993. Seu foco é o rock clássico e o pop, e é uma excelente dica para quem quer saber mais sobre o mundo da música. A lista de melhores discos do ano da Mojo foi publicada na sua mais recente edição, e matéria original pode ser lida aqui . Abaixo você confere quais foram os 75 melhores discos de 2020 na opinião da Mojo: 75 Rolling Blackouts Coastal Fever – Sideways to New Italy 74 U.S. Girls – Heavy Light 73 Jason Isbell & The 400 Unit – Reunions 72 Wire – 10:20 71 Field Music – Making a New World 70 Angel Olsen – Whole New Mess 69 The Psychedelic Furs – Made of Rain 68 The Homesick – The Big Exercise 67 Jeff Parker – Suite for Max Brown 66 Bonny Light Horseman – Bonny Light Horseman 65 Beck – Hyperspace 64 The Lemon Twigs – Songs for the General Public 63 Car Seat Headrest – Making a Door Less Open 62 Ren Harvieu – Revel in the Drama 61 Chris Forsyth ...

Review: AC/DC – Power Up (2020)

A Rolling Stone saudou Power Up como o melhor disco do AC/DC em trinta anos. Exageros à parte ou preguiça (e desconhecimento) do autor do texto, o fato é que o décimo-sétimo álbum da banda australiana agradará sem muito esforço os fãs. E só para constar e explorar esse lance das três décadas, Stiff Upper Lip (2000) e, principalmente, Black Ice (2008), também são excelentes discos. Power Up é uma celebração à vida tanto de Malcolm Young (creditado como co-autor de todas as músicas) quanto dos próprios fãs. O fato é que em um período tão singular como esse que estamos vivendo, onde todo o contexto que o rock carrega junto com a música e o faz ser tão legal – reunir os amigos, beber, festejar, celebrar, curtir e, com sorte, conseguir uma boa companhia para a cama – tornou-se ilegal devido à interminável pandemia, o AC/DC nunca soou tão vital e essencial para a própria vida como agora. Muitos dos riffs presentes nas doze músicas de Power Up foram compostos durante as sessões de Bl...

Os 75 melhores discos de 2020 na opinião da Uncut

Uma das mais tradicionais revistas sobre música da Inglaterra, a Uncut é publicada mensalmente desde maio de 1997. Focada no rock, no pop e na música em geral, sua lista de melhores do ano é uma das mais respeitadas pelo mercado fonográfico. A matéria original pode ser lida aqui . E vai a dica de sempre: ao invés de reclamar por um disco estar ou não na lista da revista, use-a para pesquisar novos sons. Esses são os melhores álbuns de 2020 segundo a Uncut: 75 Kelly Lee Owens – Inner Song 74 Jeff Parker – Suite for Max Brown 73 Doves – The Universal Want 72 Tamikrest – Tamotaït 71 Andy Bell – The View From Halfway Down 70 Bill Fay – Countless Branches 69 Honey Harper – Starmaker 68 Steve Earle & The Dukes – Ghosts of West Virginia 67 Matt Berry – Phantom Birds 66 Six Organs of Admittance – Companion Rises 65 Garcia Peoples – Nightcap at Wits’ End 64 Nadine Shah – Kitchen Sink 63 H.C. McEntire – Eno Axis 62 Aoife Nessa Frances – Land of No Junction 6...