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Mostrando postagens de abril, 2021

Review: Pink Floyd – Pulse (1994)

Segundo álbum ao vivo do Pink Floyd, Pulse também é o mais emblemático registro em cima de um palco da lendária banda inglesa. Uma prova da força da terceira encarnação do grupo, liderada por David Gilmour e sem a presença de Roger Waters. O Pink Floyd foi o centro de uma gigantesca batalha judicial em meados dos anos 1980, quando Gilmour e Waters lutaram nos tribunais pelos direitos pelo nome da banda. Essa guerra teve como vencedor o guitarrista, que passou a ser o dono do nome Pink Floyd, enquanto o baixista garantiu para si os direitos de The Wall (1979) e do característico porco da capa de Animals (1977), que costumava voar sobre a plateia durante os concertos. O primeiro movimento desse novo Pink Floyd, agora reduzido a Gilmour, ao tecladista Richard Wright e ao baterista Nick Manson – além de vários músicos de apoio -, foi o mediano A Momentary Lapse of Reason , que chegou às lojas em 1987 e foi seguido pelo primeiro álbum ao vivo da carreira da banda, Delicate Sound of ...

Review: Jack Slamer – Keep Your Love Loud (2020)

A banda suíça Jack Slamer consegue se destacar do enxame de grupos que investe no revival do hard rock setentista ao equilibrar a poeira setentista com o brilho da década de 1980, tudo embalado em uma sonoridade muito bem construída. O Jack Slamer entrega melodias e grooves que tornam o seu som bastante agradável, além de trilhar por andamentos e atmosferas que dão um ar solto e até mesmo um pouco psicodélico para as faixas. As dez músicas formam um conjunto de canções gostoso de ouvir, onde os destaques são “Favorite Enemy”, “Lost”, a balada “War of Words”, a grooventa “Magic Woman” e “Bouquet of Decibels”. As guitarras ganham destaque em todas as composições, seja através de riffs ou solos, enquanto a voz de Florian Ganz conduz a banda por caminhos sinuosos. Como curiosidade, vale mencionar que a edição brasileira lançada pela Shinigami Records possui uma falha no encarte, com a foto do vocalista Florian Ganz não sendo impressa de forma individual com as dos demais músicos, e o c...

Review: Nazareth – Hair of the Dog (1975)

Fundado em 1968 na Escócia, o Nazareth possui uma legião de fãs no Brasil – o que inclusive rendeu uma turnê pelo interior do país nos anos 2000 – e uma longa discografia. Ainda assim, raramente a banda é citada quando se fala do hard rock dos anos 1970. No entanto, ao menos um dos álbuns do quarteto merece ser colocado entre os grandes discos da história do rock pesado. Lançado em 30 de abril de 1975, Hair of the Dog é o sexto álbum de Dan McCafferty (vocal), Manny Charlton (guitarra e sinterizador), Pete Agnew (baixo) e Darrell Sweet (bateria). Produzido pelo próprio Charlton, é um disco decisivo na carreira da banda, já que transformou o Nazareth de um sucesso local em um fenômeno de alcance mundial. Até então, a banda tinha no currículo bons trabalhos como Razamanaz (1973) e Loud ‘n’ Proud (1973), além de alguns singles de destaque como “Bad Bad Boy” e “This Flight Tonight”, cover de Joni Mitchell. Porém, ainda faltava "O" álbum na trajetória dos escoceses, e ele vei...

Review: Eternal Idol – Renaissance (2020)

Fabio Lione possui vários empregos. Além de vocalista do Angra e da sua versão do Rhapsody ao lado do guitarrista Luca Turilli, participa de inúmeros projetos como convidado especial. E mais: ele também é vocalista do Eternal Idol, banda italiana formada em Vicenza em 2016 e que conta, além de Lione, com a vocalisa Claudia Layline, com o guitarrista e tecladista Nick Savio, com o baixista Andrea Buratto e com o baterista Enrico Fabris. O primeiro disco, The Unrevealed Secret , saiu em 2016, e o segundo, Renaissance , chegou às lojas em 2020. O que chama a atenção no Eternal Idol é a união muito bem feita de power metal e metal sinfônico com características de AOR e melodic rock. Isso faz com que Renaissance mostre ao mundo uma faceta pouco explorada de Fabio Lione, que canta de forma bem menos épica e grandiosa da que estamos acostumados, além de explorar aspectos até então pouco conhecidos de sua musicalidade. O álbum conta com dez faixas e surpreende muito positivamente pelo alt...

Review: Perfect Plan – Time For a Miracle (2020)

A gravadora italiana Frontiers Records é conhecida pelo seu foco nos gêneros mais melodiosos e "açucarados" do rock e metal, e confesso que essa é uma praia que não me atrai muito. De modo geral, a grande maioria dos lançamentos da gravadora não conversa com meu gosto pessoal. Por esse motivo, fui ouvir o segundo álbum do Perfect Plan com uma certa ressalva. A banda sueca tem em Time For a Miracle o seu segundo disco, sucessor de All Rise (2018), que recebeu elogios da crítica e do público. Formada por Kent Hilli (vocal), Rolf Nordström (guitarra), Leif Ehlin (teclado), Mats Byström (baixo) e Fredrik Forsberg (bateria), o quinteto executa um som que varia entre um vigoroso AOR e momentos mais melosos que lembram nomes como o Foreigner. Há uma dose de peso muito bem-vinda, e a maioria das canções tem aquele clima de “Hollywood, o sucesso” (série de propagandas do cigarro homônimo que apresentaram nomes como Kansas, Asia, Peter Frampton, Whitesnake e outros para o público b...

Review: Greta Van Fleet – The Battle at Garden’s Gate (2021)

A evolução: ela chegou. O que tanto se cobrava em relação ao Greta Van Fleet, e como era previsto pelos menos afobados, aconteceu em The Battle at Garden’s Gate , segundo disco do quarteto de Michigan. E o resultado é um álbum com potencial para silenciar a legião de haters do grupo que possuam o mínimo de senso crítico – aqueles que criticam só por criticar seguirão fazendo o mesmo dentro de seus quartos enquanto suas mães trazem seu pãozinho e café com leite. Um dos pontos que salta de imediato aos ouvidos em The Battle at Garden’s Gate é o clima mais sombrio e contemplativo do trabalho. A grande maioria das canções é densa e com letras reflexivas, segundo a banda refletindo as diferentes realidades que os músicos tiveram contato ao viajar pelo mundo durante a turnê de Anthem of a Peaceful Army (2018) – há até mesmo uma música inspirada na passagem da banda pelo Brasil e o seu contato com as favelas de nosso país, “Tears of Rain”. Uma característica que intensifica essa percepção...

A caçada infinita

A mente de um colecionador funciona de maneira curiosa. Além de obter os itens que deseja, de organizar a sua coleção frequentemente e de ouvir seus discos, quem coleciona CDs, LPs e outros formatos possui também uma característica em comum: a caçada constante por novos títulos. Faz parte da personalidade de pessoas como eu e você deixar o alerta sempre ligado em busca de novos discos. Sabemos exatamente onde estão as lojas e sebos ao nosso redor, conhecemos seus acervos mais profundamente que seus próprios donos, e reservamos um tempo semanal para garimpar novos "soldados para nossos exércitos sonoros". E isso vale também para o mundo online, com sites devidamente favoritados e que recebem visitas quase diárias. Uma das coisas que mais curto aqui na minha Collectors Room é sentar, tomar um café e colocar um CD pra rodar. De maneira completa e sem pular nenhuma faixa, obviamente, pois é assim que se ouve um álbum. Por mais que muitos não acreditem nisso, os discos foram f...

Livro: Ninguém Sai Vivo Daqui, de Jerry Hopkins e Danny Sugerman (2021, Belas Letras)

Fui apresentado aos Doors pelo filme de Oliver Stone, lançado em 1991 e que trouxe Val Kilmer em uma ótima interpretação de Jim Morrison. A banda, e especialmente Morrison, tiveram grande influência sobre mim. As músicas, as letras, as histórias e a atmosfera que cercava toda a mitologia do quarteto natural de Los Angeles impactaram profundamente uma fase importante da minha vida, quando havia saído da adolescência e dava os primeiros passos na casa dos vinte e poucos anos. Mais tarde, descobri que o filme de Stone foi inspirado no livro Ninguém Sai Vivo Daqui , biografia de Jim Morrison escrita pela dupla Jerry Hopkins (autor de diversas outras obras sobre a vida de rockstars) e Danny Sugerman (assessor da banda e amigo pessoal de Jim). Apontada como uma das grandes biografias da história do rock, o livro foi publicado originalmente em 1980, e agora em 2021 ganhou uma nova edição brasileira pela editora Belas Letras. Com 440 páginas e tradução de Renato Rezende, trata-se do document...

Review: Judas Priest – Painkiller (1990)

Painkiller redefiniu o som do Judas Priest para a década de 1990. A banda vinha de dois discos controversos, Turbo (1986) e Ram It Down (1988), que dividiram os fãs e não foram bem aceitos pela crítica. Percebendo a necessidade de se reinventar, o quinteto inglês pisou fundo no peso e na agressividade e gravou um de seus trabalhos mais celebrados e marcantes. Décimo-segundo álbum do grupo, Painkiller foi gravado entre janeiro e março de 1990 em dois estúdios – o Miraval, localizado na cidade francesa de Morrens, e o Wisseloord em Hilversum, na Holanda – e chegou às lojas em 3 de setembro daquele ano trazendo dez canções inéditas, todas compostas pelo trio Rob Halford, Glenn Tipton e K.K. Downing. O produtor Chris Tsangarides (Thin Lizzy, Helloween, Angra) foi responsável pela única exceção no tracklist, assinando com Halford, Tipton e Downing a autoria de “A Touch of Evil”. Previsto para ser lançado inicialmente no primeiro semestre de 1990, Painkiller foi adiado para 3 de set...

Review: Phil Campbell and The Bastard Sons – We’re the Bastards (2020)

A morte de Lemmy Kilmister em dezembro de 2015 levou ao inevitável fim do Motörhead, e seus companheiros de banda seguiram caminhos distintos. Enquanto Mikkey Dee assumiu a bateria do Scorpions, o guitarrista Phil Campbell focou na produção de material autoral. O resultado foi um ótimo disco solo – Old Lions Still Roar (2019) – e uma banda formada ao lado dos filhos, a Phil Campbell and The Bastard Sons. O quinteto traz Phil ao lado dos filhos Todd (guitarra), Tyla (baixo) e Dane (bateria), além do vocalista Neil Starr (que tocou na banda galesa Attack! Attack!). Musicalmente, o som é o que temos de mais próximo do universo do Motörhead, o que é absolutamente natural, afinal Campbell foi o principal parceiro de composição de Lemmy por mais trinta anos, integrando a banda entre 1984 e 2015. Porém, o guitarrista também dá passos adiante, resultando em um álbum que agradará tanto os órfãos de sua ex-banda quanto quem só quer ouvir um bom rock and roll. Há de se destacar o belo timbre...

Review: Orianthi – O (2020)

Orianthi chamou a atenção quando tocou com Michael Jackson na turnê This Is It e integrou a banda de Alice Cooper entre 2011 e 2014. Nessa época, a cantora e guitarrista australiana já possuía três discos gravados ( Violet Journey de 2007, Believe de 2009 e Heaven in This Hell de 2013). O quarto trabalho, porém, só veio ao mundo após um intervalo de sete anos. Batizado apenas como O , o novo álbum de Orianthi foi lançado no segundo semestre de 2020 e é, musicalmente, uma mistura entre rock e pop. A guitarra ganha uma atenção especial, logicamente, mas não se trata de um disco instrumental. Orianthi entrega dez canções que trazem parcerias com nomes como Nikki Sixx, por exemplo. Os melhores momentos estão em faixas como “Sinners Hymn” e “Impulsive”, repletas de groove. “Rescue Me” é uma balada com um bem encaixado tempero meio blues, meio country, e um refrão pra lá de grudento. O disco perde um pouco da sua força na etapa final, notadamente por apostar em canções que trazem um...

Livro: Iron Maiden para Crianças, de Stjepan Juras (2020, Estética Torta)

O Iron Maiden faz parte daquele grupo de artistas que, além de um som cativante, possui também um universo visual igualmente fascinante. E essa força estética, cujo elemento central é o mascote Eddie e as capas incríveis criadas pelo ilustrador Derek Riggs, foi um dos motivos de a banda atrair tantos fãs durante a sua carreira, muitas vezes pessoas que nem sabiam do que se tratava o som mas ficaram encantadas com o mundo sombrio habitado por Eddie. De certo modo, esse é o tema central de Iron Maiden para Crianças , do escritor e colecionador croata Stjepan Juras (autor também de vários livros “adultos” sobre a banda, só pra constar). Publicado no Brasil pela editora Estética Torta, a obra conta com 128 páginas e foi montada de maneira inteligente: cada par de páginas foca em uma canção, traz uma ilustração relativa à música em questão e curiosidades sobre o tema abordado. Na verdade, o “para crianças” do título pode ser ampliado, sem muito esforço, para “todas as idades”, pois muitas...

Análise da discografia do Iron Maiden em vídeo

Nosso canal no YouTube possui quase 400 vídeos e diversas playlists, e uma das mais legais é a série em que analiso todos os discos do Iron Maiden em vídeos individuais. No total são dezesseis vídeos, um para cada álbum de estúdio da lendária banda inglesa, onde conto a história, contexto, curiosidades e faço um review de cada um dos álbuns da banda. Dê play abaixo, os vídeos estão na ordem cronológica dos discos, e você pode maratonar essa playlist e também se inscrever no canal da Collectors no YouTube, caso ainda não seja inscrito.

Review: Edguy – Rocket Ride (2006)

Você deve ter lido várias resenhas ressaltando a aproximação do Edguy  com o hard rock em seu sétimo álbum, Rocket Ride . Isso realmente ocorre, mas o que poucos disseram é que a excelência, a qualidade e o talento inegáveis que o grupo sempre mostrou na execução do power metal melódico que o levou à fama foram mantidas, intactas, neste novo direcionamento. Esta influência de hard rock e AOR ainda é um pouco tímida aqui, em doses homeopáticas o suficiente para não afastar os fãs mais antigos, e seria intensificada nos trabalhos seguintes. Prova disso é a excelente "Sacrifice", que abre o álbum e segue a linha que consagrou o grupo, ou seja, metal melódico grudento e de muito bom gosto, na linha dos clássicos Keeper of the Seven Keys do Helloween . Os timbres utilizados no riff de "Rocket Ride" me levaram de volta aos álbuns lançados pelo Rainbow e pelo Deep Purple nos anos 1970. Já "Wasted Time" faz uso da influência - e herança - melódica do já citad...

Review: Ricky Warwick – When Life Was Hard and Fast (2021)

Ricky Warwick fez história com o The Almighty e está escrevendo outra bela trajetória com o Black Star Riders. O vocalista e guitarrista norte-irlandês, porém, não se limita às suas bandas mais conhecidas e possui uma já considerável carreira solo, que acabou de ganhar um novo álbum em 2021. When Life Was Hard and Fast é o quinto disco solo de Warwick, saiu no Brasil pela Shinigami Records e traz participações de Joe Elliot (Def Leppard), Andy Taylor (Duran Duran), Luke Morley (Thunder) e Dizzy Reed (Guns N’ Roses), além de uma banda formada pelo guitarrista Keith Nelson (do Buckcherry, que é co-autor das faixas e assinou a produção), pelo baixista Robbie Crane (Black Star Riders) e pelo baterista Xavier Muriel. As onze faixas entregam um rock honesto e descontraído, com Ricky tocando ao lado dos amigos canções agradáveis e que montam um belo tracklist. O universo repleto de melodia do Black Star Riders é o habitat da música que batiza o disco, enquanto a estradeira e grudenta “Yo...

Review: Rainbow – Live in Munich 1977 (2021, reedição)

O Rainbow foi uma das melhores e mais influentes bandas da história do rock e metal, principalmente na encarnação que trazia Ronnie James Dio no vocal. A banda pós-Deep Purple do guitarrista Ritchie Blackmore marcou época ao unir elementos de música clássica ao rock pesado como ninguém havia feito antes, além de ter sido pioneira em estilos como o power metal. Live in Munich 1977 foi lançado originalmente em 2006 e traz o show realizado pelo quinteto formado por Dio, Blackmore, pelo tecladista Dave Stone, pelo baixista Bob Daisley e pelo baterista Cozy Powell no dia 20 de outubro daquele ano na cidade alemã, durante a turnê de promoção do primeiro registro ao vivo do grupo, o antológico On Stage  (1977). A apresentação foi gravada e transmitida pelo programa Rockpalast e disponibilizada em CD duplo e DVD pela primeira vez em 2006, inclusive no Brasil, onde ambos os formatos foram lançados naquele ano pela ST2 Records. Pois bem: quinze anos depois, a Shinigami Records trouxe...

Review: Alice Cooper – Detroit Stories (2021)

Do alto dos seus bem vividos 73 anos, Alice Cooper atravessa um dos melhores momentos de sua carreira. Seus discos recentes estão entre os melhores trabalhos de sua longa trajetória, como Welcome 2 My Nightmare (2011) e Paranormal (2017), e a boa fase é mantida em Detroit Stories . O vigésimo-primeiro álbum de Alice é diversão do início ao fim, regada ao bom e velho rock and roll. Produzido pelo parceiro de longa data Bob Ezrin (que assinou clássicos como School’s Out e Billion Dollar Babies ), Detroit Stories é uma espécie de disco conceitual focado não em uma história, mas sim em uma cidade: Detroit, onde Vincent Damon Furnier nasceu em 4 de fevereiro de 1948 e se transformou em Alice Cooper, e também um dos grandes berços do rock norte-americano, terra de ícones como The Stooges, MC5, Bob Seeger, Cactus e inúmeras bandas. A cena era tão prolífica que inspirou um dos maiores clássicos do Kiss, a imortal “Detroit Rock City”. Alice revisita toda essa atmosfera em um disco que con...

Como é a realidade de produzir conteúdo sobre heavy metal no Brasil

Produzir conteúdo sobre heavy metal no Brasil não é das tarefas mais fáceis. Acima de tudo, é preciso paixão. É isso que moverá seus dias. Dinheiro? Pouco, e de forma esporádica. E a razão para isso passa por vários fatores. Primeiro, e obviamente, o público de metal em nosso país, apesar de grande, não sustenta uma mídia especializada e autossustentável. Você pode tirar essa dúvida tanto com jornalistas de mídia impressa quanto online, com donos de selos e gravadoras, com produtores de conteúdo, com promotores de shows, managers de bandas e os próprios músicos. A paixão é imensa, mas a receita que ela gera é limitada. Outro ponto está no próprio perfil do público. Há uma divisão em nosso país, e ela não está apenas no espectro político. O perfil do público brasileiro consumidor de metal é extremamente conservador, no sentido de se apegar de forma demasiada às bandas do passado (e, principalmente, aos discos do passado, ignorando a produção atual de gigantes do gênero) e ignorar os...