Preciso confessar que me enche de orgulho escrever esta frase: os Titãs, enfim, estão de volta. De nome complicado e enrolado de pronunciar, Nheengatu é um dos discos do ano no cenário fonográfico brasileiro. O melhor álbum da banda desde Titanomaquia , lançado em 1993. Herdeiro musical direto e reto de Cabeça Dinossauro . Pesado, sujo e malvado, conforme prometeu Paulo Miklos. E longe, mas muito longe das melodias pop fáceis e radiofônicas. Vejam, antes de mais nada, é preciso esclarecer: nada contra que uma banda de rock resolva esticar e testar os limites de sua sonoridade, que cruze as barreiras do pop, que se torne queridinha das paradas de sucesso. Sem problemas. Mas não deixa de ser uma pena que isso aconteça com uma banda como os Titãs, cujo potencial mostrado em Cabeça Dinossauro não poderia ser ignorado. Era uma cena triste que uma banda como a de Titanomaquia se escondesse por trás de letras baba-românticas e melodias genéricas e simplórias. Reduzidos a um quarteto com ...