Dance of Death (2003) ocupa um lugar curioso na discografia do Iron Maiden. Veio logo após Brave New World (2000), álbum que marcou a volta triunfal de Bruce Dickinson e Adrian Smith, e carregava a responsabilidade de provar que a reunião não era apenas um sopro de nostalgia, mas um novo fôlego criativo para a Donzela. Gravado novamente com Kevin Shirley na produção, o disco mostra uma banda mais confortável e disposta a ousar, misturando seu heavy metal clássico com estruturas longas, progressivas e, por vezes, inesperadas. O contexto favorecia o Maiden: o metal tradicional vivia um renascimento no início dos anos 2000, e a banda seguia como referência absoluta do gênero. Ao mesmo tempo, Bruce Dickinson, Steve Harris, Dave Murray, Janick Gers, Adrian Smith e Nicko McBrain estavam em sintonia após a turnê mundial do álbum anterior, prontos para expandir ainda mais as fronteiras de seu som. Musicalmente, Dance of Death é um álbum de contrastes. Ele abre com “Wildest Dreams”, uma ...