Sabbath Bloody Sabbath (1973) nasceu de um período de exaustão e bloqueio criativo que quase paralisou o Black Sabbath. Depois de anos mergulhado em um ciclo interminável de gravações e turnês, Tony Iommi se viu sem ideias, e o grupo, pela primeira vez, encarou a possibilidade real de não saber para onde ir. A saída foi abandonar a rotina desgastada e buscar inspiração em um novo ambiente: o castelo de Clearwell, na Inglaterra, cuja atmosfera úmida, silenciosa e carregada de histórias estranhas acabou desempenhando um papel fundamental na ressintonização da banda. Foi ali que o riff monumental da faixa-título surgiu, devolvendo a Iommi o impulso criativo que parecia perdido e abrindo caminho para um álbum que, mais do que marcar uma fase, redefiniu o potencial musical do Black Sabbath. O que torna Sabbath Bloody Sabbath tão especial é a maneira como o grupo expande sua estética sem abrir mão da ferocidade que o consagrou. É um disco pesado, mas essa definição isolada é insuficiente...